6-Ciúmes

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Pov's Dag

- Porque a Seeylfe tá namorando o Vinícius!?! - questionei incrédulo enquanto dirigia - Não foi ele que passou a mão nela naquela festa?

- As pessoas mudam - Astrid fez pouco caso - E às vezes fazem escolhas inesperadas.

- Essa escolha dessa Seeylfe é muita estúpida, isso sim - afirmei aborrecido - Ela merece coisa melhor que o Vinícius.

- Isso não diz respeito à você. É apenas o professor dela - alertou e então arregalou os olhos, se virando pra mim - Perai Dag! Você tá com ciúme?

- O que!?! Claro que não! - neguei alterado - Seeylfe é apenas uma pirralha, assim como você!

- É, mas a pirralha da minha amiga é bem atraente e está pra deixar você louco - comentou.

Bufei frustrado e decidi não falar mais nada. Felizmente, Astrid também não falou durante todo o trajeto.

(...)

Mais tarde...

Pov's Seeylfe

- "Funcionou Seeylfe - confirmou Astrid - Dag está morrendo de ciúmes".

- YES! - comemorei me sentando na cama e ajeitando o telefone na minha orelha - Meu plano deu certo!

- "Honestamente, eu não achei que seu plano iria funcionar, mas até que você se saiu muito bem - riu - Como é namorar Vinícius Galaham?".

- Argh! É nojento! - reclamei enojada - Toda a vez que ele me beija, tenho vontade de vomitar. O engraçado foi a revolta do Soluço - ri  - Ele disse: Vou te amarrar numa camisa de força porque você enlouqueceu de vez!

Ela gargalhou, até que parou imediatamente.

-"Vai contar pro seu irmão sobre você e Dag?"- indagou preocupada.

Suspirei.

- Eu ainda estou criando coragem, mas não precisa se preocupar - alertei - Nunca houve segredos entre mim e Soluço, e não é agora que isso vai acontecer.

- "Ainda bem. Mas e aí? O que vai fazer agora?" - perguntou curiosa.

Sorri marota.

- Não é óbvio? Mais ciúmes! - respondi divertida.

(...)

Dias depois...

Pov's Dag

Toda a vez que eu encontrava Seeylfe, ela estava com Vinícius. Às vezes abraçava ele ou o beijava na minha frente, o que me fazia ferver de ódio, só não entendia porque.

Eu escrevia o exercício no quadro, enquanto os alunos copiavam, me acompanhando.

Foi então que eu percebi, que haviam sussurros pela sala.

Virei, curioso e não gostei nada ao ver Seeylfe rindo, enquanto Vinícius beijava sua orelha.

- Sr.Galaham e Srta.Strondus - chamei sério me aproximando dos dois e atraindo a atenção de todos - Sabem muito bem que é proibido namoro na sala de aula. Sr.Galaham, troque de lugar com a Srta.Snow.

Ele rolou os olhos entediado e se levantou, começando a recolher suas coisas e eu me virei para me afastar.

- Babaca - xingou Vinícius num tom baixo, o que fez meu sangue ferver na hora.

Virei-me na hora, com a expressão bem séria.

- Do que me chamou? - questionei.

Ele arregalou os olhos, ficando pálido.

Apontei para a porta.

- Não vou tolerar gracinhas na minha sala! Pra fora! AGORA! - gritei fazendo-o saltar assustado e se afastar rapidamente - E acaba de ganhar uma detenção de um mês!

Pude jurar que vi Seeylfe tentando não sorrir, mas decidi ignorar e voltei para o quadro.

(...)

Assim que acabou a aula, todos foram saindo devagar e percebi que Seeylfe era a única que tinha ficado.

Ela riu boba.

- Eu estava torcendo para que você tivesse uma reação negativa ao meu namoro com Vinícius - declarou me fazendo arregalar os olhos - Mas expulsar ele da sala, realmente me surpreendeu!

Arfei incrédulo.

- Você quis me fazer ciúmes! - deduzi revoltado.

- E funcionou, comparando a sua cara fechada esses dias e a reação de hoje - alertou sorridente se aproximando.

- Você foi muito infantil, isso sim! - afirmei irritado.

Ela riu irônica.

- Você expulsou o Vinícius da sala por ciúmes e eu é quem sou infantil? - questionou arqueando uma sobrancelha.

- Eu não expulsei o Vinícius por ciúmes! - rebati.

- Deixa de ser hipócrita! - se irritou - Você me quer, mas é covarde demais para admitir!

- Eu não sou covarde! - me defendi -Ficarmos juntos é errado!

Ela franziu a testa irritada.

- Errado, é mentirmos um pro outro que a gente não se deseja - relatou.

- Seeylfe... - pedi.

- Eu não sou nenhuma criança! Eu sou uma mulher e o que eu sinto por você jamais senti por mais ninguém! - afirmou alterada - O sentimento entre nós é recíproco e você sabe disso!

Pus as mãos sobre a mesa e a encarei profundamente.

- Como você tem tanta certeza que eu não quero apenas "pegar" você? - desafiei.

- Se quisesse só me "pegar", teria feito na sua casa, naquela aula particular - rebateu ríspida.

Engoli o seco.

- Não! Não podemos! - neguei recuando - Você... É um fruto proibido!

Ela sorriu marota.

- Não pode fugir de mim para sempre - avisou antes de se afastar e sair da sala.

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