7 dias com você. [ TOM HOLLAND ]

Desmaiada.

O grande dia. O dia mais esperado do ano tinha finalmente chegado e eu levantei cedo pois queria ser a primeira a por os pés na CCXP. Minha mãe estava em casa dando um banho no nosso cachorro Spike, que dorme na varanda e em dia de chuva e dias extremamentes frios dorme no meu quarto, ou melhor na minha cama. Ele se trata de um vira-lata porte grande que estava muito encardido por ter cavado um - novo - buraco no quintal mas desta vez quem ficou de dar banho nele foi a Dona Luisa.
Fui até a lateral da casa dizer a ela que estava saindo, e me deparei com cena engraçada dela levando um caldo do Spike, em vez dela estar dando o banho nele quem estava dando era ele, nela. Sai rindo e ouvindo alguns gritos e sermões que a medida que eu distanciava iam ficando mais baixos. Sermões do tipo, não chegue muito tarde se não seu pai te põem te castigo.

Castigo aos 19 anos seria engraçado, mas eu não ouso duvidar da palavra da minha mãe. Ela costuma as vezes levar a sério o que normalmente ela fala só por falar. Então sim, eu faria o máximo pra não chegar muito tarde.

Me encontrei com o Caio Cesar no terminal e lá ele me pegou de carro. Fiquei surpresa ao vê-lo dirigindo pois ele tinha acabado de fazer a carteira de motorista. Acredito que tinha pegado sua carteira a uns 3 dias só.

—Entra aí, chorona! — disse ele abaixando o vidro do seu carro branco enorme que não sei a "marca"

—Quê! Caio Cesar! Tá de carro? — falei surpresa.

—Sim. Entra mano. Rápido! — ele sinalizava com a mão pra eu entrar.

—Eu não vou entrar não. Caio, você tirou sua carteira não faz três dias. — eu olhava pra ele com os olhos arregalados e fazia uma voz cômica. — Eu tenho amor a vida, tá?

—Entra aí, cagona. Não vou pedir de novo. Prefere ir apé? Ok... — ele foi abaixando o vidro e eu comecei a ficar nervosa.

—Tá! Tá. Caio. — abri a porta e entrei.

Me sentei no banco ao lado e comecei a analisar todo o carro por dentro.

—Uau. O carro é seu? — falei com meus olhos observando cada compartimento e botão do carro.

—Sim. Quer dizer, é do meu pai mas ele vai me dar um dia. Até lá eu pego quando eu quero. — eu o fuzilei com os olhos, tinha ranço da vida boa dele.

Conseguimos chegar vivos na CCXP, Caio levou aproximadamente uns 10 minutos para estacionar o carro e eu só sabia rir da situação. Quando nos deparamos com a fila enorme que ele tinha me prometido que não ia ter pois tinha comprado o ingresso que a gente teria passe livre pra entrar, eu quase o matei. Mas ainda bem que não demorou muito e já estávamos dentro do evento. Ainda era cedo e o movimento ainda não era tão grande mas não demorou muito e foi lotando. O painel da Marvel que teria a presença do Tom Holland e Sebastian Stan seria as 17:00hrs. E depois poderíamos tirar a tão sonhada foto com ele.
A gente tinha uma credencial e isso nos dava alguns livres acessos pelo backstage. Nada que envolvesse camarins ou coisas relacionadas aos artistas famosos.
Comprei muita coisa com o dinheiro que ganhei com os desenhos e que economizei não precisando comprar o ingresso. Tiramos fotos com muitos cosplays e participamos de muitas coisas fantásticas.

Caio Cesar estava aparentemente já entediado perto das 16:00 quando comiamos no burguer King que ficava  bem afastado da grande movimentação de pessoas do evento, e ficava perto de uma porta com a escrita: entrada permitida somente de funcionários e com um um segurança alto e bombado na frente da porta.

—Cara. O Tom já deve estar aqui junto do Sebastian Stan. Não exatamente aqui, mas ele está em algum lugar por aí bem perto de nós  — eu disse com uma animação moderada pois não queria olhares tortos.