Flutuada.

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Ele pelo contrário não tinha ficado nem um pouco vermelho, acredito que deve ser acostumado a receber elogios ou como ator sabe disfarçar muito bem. Ele na hora desconversou e partiu pra outro assunto.
Ficamos conversando sobre a comida que eram muito boas por sinal, não eram comidas típicas brasileiras como arroz e feijão. Algo chamado como Aligot, prato típico da França e é preparado com purê de batatas, queijo gruyere e minas padrão. Tudo muito delicioso mas assumo que preferia um belo prato de lasanha ou uma pizza bem recheada. Tom disse não ser chegado em massas e nem em algo que vai queijo, então claro que o prato principal dele foi uma salada gourmet com arroz e frango.
Notei que os irmãos dele eram bem tímidos e não falaram muito comigo mas não economizaram nas gentilezas. Sam por exemplo me serviu o vinho duas vezes e Harry me explicou algumas coisas sobre filmagens quando eles falavam sobre isso e eu curiosa o perguntei.
Eu pela primeira vez estava conseguindo descontrair e me sentir leve perto de pessoas desconhecidas. Eu estava amando aquela vibe toda. E ainda tentando acreditar que estava sentada ao lado dele, ao lado do Tom e ao mesmo tempo tendo muitas conversas descontraídas. Óbvio que deixei de lado a neura sobre as roupas. 

Enquanto eles riam e conversavam. Tom voltou a puxar assunto só comigo.

—Voce sempre morou aqui? Em São Paulo? — ele perguntou e já estávamos na sobremesa.

—Sim nasci aqui. — respondi colocando pra dentro uma colher cheia de mussi de chocolate.

—Eu amo o Brasil. Sempre que estou aqui eu sinto uma energia muito boa...

Eu olhei pra ele procurando uma resposta mas decidi perguntar.

—Com relação a cidade ou as pessoas? —  perguntei.

—Os dois. — ele disse convicto. — Vocês são muito receptivos. E a cidade é linda, calorosa...

—Eu não me considero receptiva. — quando vi já tinha entregado um defeito meu. — Na verdade me considero bem fechada.

—Eu notei que é tímida, isso é fofo. — disse ele e eu sorri.

—O que te fez nos convidar pra jantar com vocês... Apesar que só eu vim. — eu estava me sentindo confortável para perguntar algo como isso. Eu estava bem curiosa.

—Sei lá, eu não gostei como aquela produtora estava tratando vocês... Sei la.

— Ah entendi. Porém ela estava fazendo o trabalho dela. Não vou julga-la. — eu disse raspando o resto do mussi da taça.

—Claro, mas eu senti essa necessidade. Orra você passou mal, eu realmente me assustei. — ele falou descontraído.

—Olha, mas a ideia de invadir lá não foi minha. Foi de Caio, o meu amigo lá sabe. Não sou esse tipo de fã que sai invadindo coisas — eu ri.

—Ok. Eu acredito. — ele tirou um sarro.

—É sério! — eu ria.

—Ok. — ele respondeu dando um sorrisinho de lado lindo.

—Depois do Brasil vocês vão pra onde? — eu não quis deixar o assunto morrer estava amando ele me dar a completa atenção.

—Pro Chile... É Chile? — ele perguntou ao Sam.

—Sim. Chile. Capital do Chile. — respondeu Sam.

—Deve ser um máximo viver viajando. — eu disse.

—É muito divertido. Conhecer outras culturas, lugares diferentes é muito legal. Mas a saudade da família dói as demais. É uma vida bastante solitária também.— Tom disse e eu torci os lábios e refleti.

7 dias com você. [ TOM HOLLAND ]Onde histórias criam vida. Descubra agora