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   Depois da cerimônia, toda aquela assinatura de papéis e a despedida de Dolson, a equipe foi comemorar a mudança de diretoria em um restaurante caro, presente do próprio ex diretor. Brian estava na mesa com a equipe, e também com Freddie e John, eles eram meio que convidados do novo diretor.

   A mesa era enorme para abrigar tanta gente, e com certeza a mais barulhenta do restaurante, eles não se importavam, apenas queriam conversar, dar risada, e é claro, dar as boas vindas ao novato. O vice diretor foi escolhido por Dolson antes dele sair DA ONG, então a equipe queria que ele se sentisse acolhido.

   — É ótimo ter você trabalhando conosco senhor Leech. — Brian cumprimentou.

   — Podem me chamar de Allen. — O rapaz de olhos azuis sorriu, passando a mão em seus cabelos castanhos claros. — É uma honra estar aqui com vocês...

   — Temos que deixar ele sabendo das piadas internas, umas histórias que não merecem morrer... — Freddie comentou, e todos olharam pra ele. — Eu sou o designer gráfico da equipe, pelo amor eu conheço vocês muito bem.

   — O negócio é esquecer as formalidades, quem precisa disso? — Joe segurou a mão de Benjamin, o olhando com um sorriso logo em seguida. — Somos todos uma família aqui.

   — Uma família tipo parentes? Todos vocês se parecem de uma maneira estranha... — Ele olhou para Brian e Gwilym, depois para Ben e Roger, John e Joe, Mary e Lucy, até Rami e Freddie se pareciam.

   — É mais por estado civil. — Brian segurou a mão de Roger. — Acho que já deve conhecer o meu marido.

   — Não sabia que eram casados. — Ele sorriu para Roger.

   — Quase todo mundo dessa mesa é casado com alguém dessa mesa. — Gwilym respondeu. — Pelo menos eu e a Mary temos um membro a mais no grupo das velas do trabalho. — A propósito senhor Leech, você tem namorada?

   — Por enquanto não, e por favor me chamem de Allen. — Ele colocou a mão na testa rindo, estava ficando um pouco nervoso.

   — Quase todo mundo aqui é gay, não seja tímido se tiver um namorado. — Gwilym disse, levando um soquinho de Lucy no ombro. — O que é? Ele disse "sem formalidades".

   — Allen fica esperto se o Gwil for pedir seu número. — Brincou Roger.

   Todos na mesa começaram a rir, menos Gwilym obviamente.

   — O pessoal tá com um senso de humor aflorado hoje... — John tomou mais um pouco de vinho. — Ele já tem aqueles nomes de bichinhos que vocês colocam em todos da equipe?

   — Nomes de bichinhos?

   — São tipo codinomes. — Rami respondeu. — Mas achei que o diretor e o vice não precisassem.

   — Isso foi antes do diretor texugo. — Joe comentou.

   — Como eu amo meus funcionários... — Brian suspirou. — É uma brincadeira nossa, mantemos isso a anos.

   — Vou pensar e depois eu falo pra vocês. — Allen respondeu com um sorriso, e depois olhou para Rami.

   O rapaz o encarava de uma maneira estranha, ele não sabia o porquê, mas não eram como se fossem duas pessoas encarando, era o mesmo olhar que o um cão tem para com alguém estranho.

   — Está tudo bem senhor Malek? — Ele perguntou, todos na mesa já sabiam o que estava acontecendo.

   E todos concordaram em esperar para que Allen se acostumasse com os malucos primeiro para depois descobrir que dois deles não eram humanos.

   — Pode me chamar de Rami. — Ele percebeu que seu olhar estava estranho, e tentou disfarçar, infelizmente não tinha como controlar alguns de seus hábitos como animal. — Eu estou bem, só estava olhando pra você...

   — Tudo bem. — Ele desviou o olhar para Roger, e como se o universo quisesse ferrar com todos ali na mesa, ele escutou um ronronar baixo.

   Roger simplesmente arregalou os olhos e fingiu que não era com ele. Percebendo que Allen estava começando a ficar desconfiado, Brian resolveu interferir.

   — Acho melhor a gente pedir, Dolson nos deu duzentas libras de presente, se quiserem algo a mais a gente vai seguir o famoso modelo de pagamento.

   — Todo mundo divide a conta em partes e iguais. — Todos repetiram.

   — Mas como é a sua primeira vez com a gente, você está liberado. — Mary bateu no ombro do novato.

   O jantar foi maravilhoso, eles passaram a noite inteira conversando, conhecendo mais o rapaz novo, e obviamente zoando com ele como se ele já fosse da equipe a anos.

   Durante o tempo todo, Brian segurou as mãos de seu marido, estava um pouco receoso, já que Allen não assinou nenhum termo de confidencialidade e não tinha permissão para saber.

   Bom, as coisas teriam que se ajeitar com o tempo. Brian e Lucy já tinham uma reunião marcada com Beach para saber o que eles fariam a respeito da ligação que a mulher recebeu sobre alguém atrás dos híbridos, não era uma boa hora para mais alguém ficar sabendo.

   Brian procurou não pensar muito nisso, deveria aproveitar a sua noite.

•••

   Brian e Roger já estavam em casa, Brian estava no sofá, sem o blazer e com a camisa branca aberta até a metade, assistindo qualquer coisa na televisão, esperando seu marido para finalmente ir dormir, foi um dia cheio.

   Enquanto esperava, ele ouviu alguns miados, altos e manhosos, alguma coisa não estava certa com Roger.

   — Roger? — Ele se arrumou no sofá, tentando olhar para o corredor. — Você está bem?

   O que apareceu foi um gato loiro, sem deixar de miar alto, ele simplesmente foi até o sofá e começou arranhar o mesmo, miando cada vez mais alto.

   — Amor... Espera. — Brian se levantou, indo até um calendário que ele deixava na cozinha. — Época de cio...

   O gato foi até Brian e começou a arranhar as suas pernas, sem deixar de miar.

   Ele já deveria ter se acostumado, durante o cio, Roger simplesmente se tornava o ser mais carente, manhoso, dramático e sexualmente insaciável que ele já conheceu.

   Seriam três dias com ele tentando satisfazer todos os caprichos do híbrido.

   — Meus planos de dormir foram pra lama... — Brian sentou-se no chão. — Vamos, fala logo o que você quer.

   — Brian... — Ele se transformou em humano, estava nu, abriu as pernas, mostrando seu membro ereto para o marido. — Eu preciso de você Brimi! — E ele gemeu manhoso, miando no final.

   — A gente pode ir pro quarto... — Roger subiu no colo dele, rebolando e roçando sua ereção no corpo do marido, desesperado por alívio. — Ou você pode fazer aqui mesmo.

   — Brinca comigo Bri! — Ele pedia, miando alto. — Eu quero muito!

   — Certo, eu vou brincar com você. — Ele beijou Roger, mas o híbrido não queria saber de enrolação, segurou o rosto do marido, ardendo em desejo, mordendo, chupando e tentando agarrar a língua de Brian com a sua.

   Era apenas o começo da noite.

Meow!? Yes, Again. Onde histórias criam vida. Descubra agora