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   Os furos na lateral de sua cabeça pareciam latejar.

   Ele estava com raiva, espumando, praticamente agonizando em dor.

   Ele foi solto em uma sala com vários animais menores, ratos, pássaros...

   — Canis Lupus Familiaris, atacar.

   E era sangue para tudo o que era lado, ele rasgava aqueles animais com os dentes, era treinado para matar, se não matasse o suficiente, iria ganhar choques dolorosos, ele não queria sofrer mais, ele precisava matar.

   Ele foi criado para matar.

   Rami acordou ofegante, sentando na cama e olhando ao seu redor, certificando-se de que estava no seu quarto. Fazia tanto tempo que ele não tinha mais pesadelos com o laboratório, por que aqui estava acontecendo de novo?

   — Rami? — Lucy se mexeu na cama com certa dificuldade, ele ainda estava em período de cio e os dois tinham acabado de transar. — Ainda não está satisfeito?

   — Não é isso... Eu tive um pesadelo. — Ele olhou para a esposa, se acalmou um pouco apenas em olhar para ela, mas ainda estava apavorado. — Vou tomar o meu calmante, é aquele potinho branco na caixinha de remédios não é? — Ele se levantou.

   — É... — Ela sorriu. — Finalmente aprendeu o que é uma caixinha de remédios e sabe até qual deles tomar.

   — Eu estou evoluindo. — Ele sorriu de volta, antes de ir andando em direção a cozinha.

   Ela ainda tinha a esperança de que seu marido iria se curar completamente.

  Lucy se arrumou na cama, olhou para o corpo, mais especificamente para as marcas vermelhas deixadas por Rami em sua pele, cada uma delas valeu muito a pena considerando os orgasmos.

   Não demorou muito para que seu esposo voltasse, ela olhou para seu corpo de cima a baixo, antes de se deitar novamente.

   — Eu vou sentir falta de ir trabalhar. — Ele disse, deitando ao lado da mulher. — Quanto tempo esse recesso vai durar?

   — Até pegarem quem está atrás de nós e do seu amigo gato, vamos torcer para que seja em breve. — Ela suspirou, encostando a cabeça no peitoral dele, enquanto o acariciava. — Eu também vou sentir falta deles, mas olha a gente pode falar com eles por telefone, sabe como aqueles idiotas são.

   — Eles são idiotas legais. — Os dois riram, Rami beijou a testa de Lucy.

   — Vamos dormir, eu estou tão cansada...

   — Cavalgando daquele jeito não tem como não se cansar. — Ele sorriu malicioso.

   — Vai dormir logo amor. — Ela riu, selando os lábios dele. — Eu te amo garotão.

   — Eu também, amor da minha vida.

•••

   — Eu cheguei. — Brian abriu a porta, e já escutou o miado alto e manhoso de seu marido. — Roger eu já sei o que você quer, só deixa eu colocar as minhas coisas do lado do sofá e...

   — Brian! — Ele estava sentado no sofá, com as pernas abertas, penetrando dois dedos em sua própria entrada. — Eu não consegui aguentar muito tempo sem você Brimi...

   — Jesus... Essa cena. — Ele deixou as coisas no lugar, parando na frente do sofá, observando aquela cena. — Eu não me lembro de ver você se tocando antes... É fantástico.

Meow!? Yes, Again. Onde histórias criam vida. Descubra agora