Capítulo 12:How about some coffee? (Parte 2)

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Londres,UK

Memórias de Setembro de 1976

Havia alguém na linha além de mim.

- Olá, Bruce! - Falei eufórica,antes mesmo de qualquer pessoa falar.
- Alô. Quem é? - Uma voz desconhecida tomou meus tímpanos e fazendo-me gelar. Era uma mulher, uma voz atordoada de uma mulher... Bem, atordoada por provavelmente ter acordado apenas para atender o telefone e mulher, porque enfim, Bruce não teria uma voz fina e aveludada como aquela... Uma mulher.

"Merda" - Pensei- "Deve ser a namorada dele! Ah merda!"

Antes de que ela chegasse a falar mais algo, desliguei abruptamente o telefone, fazendo Goliath soltar um chiar de desconforto.

- A namorada dele... Droga, Goliath... Eles estão dormindo juntos?

"Meow"

- Ah, que nojo!

"Meow"

- De fato, eles são um casal, não tenho que me perguntar isso. Mas espero que ela não tenha escutado minha voz. Imagina, ela questionar: "Senhor Paul Bruce Dickinson, quem é a vadiazinha que ligou para cá na madrugada?"
Notando meu tom bobo, transformei a tensão em risadas.

- Em voz, ela parece ser muito doce para se preocupar com isso.

"Meow"

- Bem, Goliath, ficamos sem nossa ligação. Poderíamos tentar com outras pessoas, mas não conheço muitas.

"Meow"

- Rose Mary deve está em alguma farra em Ryedale. Minha irmã, Delaine, está fora de cogitação...

"Meoww"

- Tem Joseph. Mas eu não tenho o número dele. Para ser sincera, nem sei se ele tem um telefone. Nem ao menos sei se ele tem um sobrenome.

"Meow"

- É Goliath, um pouco bizarro. Não conheço as pessoas que me cercam. Vai ver sou desleixada demais para me apegar aos detalhes.

Goliath apenas se esticou sobre o meu colo e pulou para o chão, desfilando até a porta de entrada e saída do apartamento, sem muita explicação, ficou ali sentado na frente ali, fixando o olhar naquela porta de madeira escura como se esperasse por algo.

Apenas ri.

"Gatos..." - Pensei- "Seres inexplicáveis."
Fiquei um tempo jogada sobre aquele sofá de couro marrom, olhei mais uma vez pela sala até meus olhos acharem mais uma vez o narguilé sobre a mesinha de centro.

- Um cigarro caberia bem! --Falei para mim mesma -- Mesmo que ficar chapada fosse a melhor opção.

Levantei- me do sofá em um só pulo, corri em direção à estante de livros e de vinis. Pensei em encontrar algum maço de cigarros jogados por ali,mas deixei meus dedos passearem sobre os vinis. Todos de Madalena, a maioria daqueles imensos bolachões eram de pessoas desconhecidas para mim, vasculha-los me causavam de fato um vazio, nada daquilo me impressionava. Engana-se aquele que acha que odeio música,muito pelo contrário, desde de pequena fui fascinada por esses mundo, mas não vejo mais motivos para viver nesse mundo. Era uma história difícil para mim... As lembranças remoiam sem piedade, mas não vou negar, seria bom ter algo bom aos meus ouvidos para escutar.

- Eu deveria ter trazido as coleções de vinis comigo. Mada tem um gosto muito sem açúcar e sal. Que tipo de ser não possui ao menos um vinil do Elivis?

Goliath não me respondeu, ele continuou sentado e de olhar firme para a porta, aquilo por alguns segundos me assustara, mas vindo de um gato... Estava na essência felina.

I Was Born To Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora