Tudo bem, amigos

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Tudo bem, amigos.

Eu estava feliz com isso. Eu acordei feliz, meu irmão me deixando em paz e agora eu arrumo um amigo. Será que... as coisas irão melhorar? Não... Estava "bom" demais.

Eu não me lembro como era ter uma amizade, eu esqueci. Minbyung, ela foi a única que acreditou em mim aquela época e foi a primeira a se virar contra mim. Taehyung seria capaz de fazer isso? Não acho que vá durar muito tempo, as pessoas costumam abandonar as outras.

Me levantei com certa ansiedade, talvez por ontem a tarde. Me troquei e passei a mão em cima dos cabelos afim de tentar arruma-los. Olhei para cima de minha cômoda e fui em sua direção. Lá estava ela, a pulseira com o pingente de coração. Coloquei em meu braço e o arrumei, eu deixei soltar um sorriso de meus lábios meios sem cor. O desmanchei, não devia me apegar a ele, não o tratarei como estranho, mas não muito grudento - fiz uma cara de nojo agora. Odeio coisa muito grudento ou fofa, acho que sou de outro mundo, porém acho que as pessoas estão certas quando dizem que eu sou estranha.

Peguei meu celular, dessa vez eu voltaria a ouvir música, eu estava muito mais animada e e eu não me sentia assim a tempos, ou nunca senti.

Desci as escadas e me deparei do silêncio que estava, não estava mais aquelas gritarias de manhã que sempre emanava ódio. Então eles não devem estar em casa, as gritarias que me faziam erguer o som do celular no máximo afim de evitá-las. - estava dizendo das brigas de meus pais.

Para conferir tal silêncio, passei pela sala até a porta da cozinha e pude presenciar minha mãe lavando a louça. Seus cabelos desgrenhados prendido em um mal feito rabo de cavalo e suas roupas bastantes mal cuidadas. Ela olhou para mim e seu olhar se voltou com pena e arrependimento para os pratos a serem lavados.

Eu nunca ia para a cozinha, era aqui que acontecia as nojeiras de meu irmão e as brigas de meus pais. Minha mãe parecia diferente hoje, não me olhava como se eu fosse um erro. Como ela dizia eu fui indesejada - camisinha estourada.

Eu pensei em finalmente deixar o cômodo, quando uma voz doce me chamou.

-Filha? - voltei meus passos e a olhei, esperando que ela dissesse o que queria. - Sinto muito...- foi o que ela disse, de começo. Após isso e fungar, ela continuou - Não queria essa vida para você. - franzi o cenho. - Você nunca foi um erro S/n. Eu fui, seu pai foi, seu irmão é.

Eu quis chorar, mas não iria fazer isso agora. Eu me virei sem dizer uma palavra, eu ajeitei a mochila nas costas e sai porta a fora.  Somente lá, eu deixei que as minhas lagrimas escorre-se de meus olhos, pelas minhas bochechas até pingarem no chão.

Coloquei meus fones e optei por músicas alegres, o que eram poucas na minha playlist.

Enquanto andava, minha lágrimas secavam e eu me sentia melhor. Eu olhava algumas fotos de frases em meu celular enquanto cantarolava algumas letras das canções que enchiam meus ouvidos de harmonia.

Enquanto rolava as fotos, teve uma que me chamou a atenção. Ele dizia; " O mundo gira e num giro desses, o universo devolve tudo aquilo que já fizemos a alguém."

Não sei se isso me apavora ou me conforta. Então, se eu der amor eu vou receber? Que mentira, eu dei amor antes e fui jogava fora como nada.

Outra frase que diz que colhemos tudo o que plantamos. Outra mentira, porque eu plantei amor e só colhi decepção. Eu pareço uma adolescente mimada falando assim, isso  soa assim para você?

O céu ainda estava nublado hoje, mas estava mais agradável que o de ontem. Eu não sei porque tenho esse costume de olhar a estrutura da escola sempre que paro na frente dela. A cada dia percebe-se que a estrutura está desgastada a cada dia que passava. Entrei nela e me sentei em um banco no pátio, peguei meu celular e ainda permanecia mexendo nele.

My Sweet BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora