Dor

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ㅡEu gosto de você.ㅡ suspirei, tão cansada disso.ㅡ É fácil S/n, é só dizer.

ㅡNão é tão fácil não. Sana, eu já disse, eu não sei se vou dizer. ㅡpeguei o livro de geografia o colocando na mesa.

ㅡPorque não? Eu tenho certeza que ele gosta de você da mesma forma! ㅡ Me sentei bufando na cadeira da minha mesa.

ㅡPela décima vez, eu não quero lidar com a rejeição. ㅡ Apoiei meu rosto em minha mão, enquanto olhava Sana parada na minha frente.

ㅡComo sabe? Você nunca disse nada. A resposta sempre será não se você nunca perguntar.

ㅡAh...ㅡFoi só o que eu consegui dizer.

Eu olhava o chão agora. Porque as coisas de sentimentos tinham que ser tão difíceis? Isso é muito complicado para a minha cabeça.

ㅡVou...para o meu lugar, ele chegou.ㅡ imediatamente eu olhei para a porta, ele estava lá, porém conversando com as meninas que me bateram uma vez e claro, Mina.

Sana saiu da frente de minha carteira e foi para a sua, onde começou a tagarelar com sua amiga Momo.

Mina tem falado muito com ele, até demais. Ele vem me deixando de lado nesses últimos dois dias.

Sentimentos te deixam desnorteados, como sabem, eu não planejava isso, nunca planejei.

É chato ter que passar por isso, sabem como é, gostar de alguém que nem ao menos sente a mesma coisa por você, é doloroso.

Ele olhou de relance para mim, se despediu das meninas com um aceno e veio para seu lugar.

Deixou a mochila no chão, ao lado de sua carteira e se sentou, ele olhou para mim, que como a raiva me possuía nesse momento, eu não o olhava.

ㅡNão falou comigo em casa, está tudo bem.

Não. Era o que eu queria o dizer, mas, como o orgulho diz mais alto, eu permaneci quieta.

ㅡAlgum problema?

Todo, que tal você me deixar de lado para falar com aquelas meninas. Outra Vez, nenhuma palavra foi dita, eu apenas virei o rosto.

ㅡSeja lá o que eu fiz, me desculpe. Tenho que te contar algo.

Eu o olhei rapidamente, ele tinha um pequeno sorriso.

Eu inspirei pela boca, esperando que ele falasse.

ㅡEu...

Ele não pode continuar, a professora gritou pedindo silêncio.

Eu me virei para frente, eu estava tão ruim hoje, depois da escola tinha que ir trabalhar.

Taehyung queria saber onde eu trabalhava, porém eu não disse, não iria dizer, eu ainda estava chateada.

Porque? Eu não era nada dele e ele nada meu. Porque isso está acontecendo, eu só queria terminar o colegial em paz.

A música que ele cantou na apresentação voltou a minha mente essa manhã. Sua voz, sua letra, foi demais para mim.

Ele em uma parte da música se referiu ao nosso beijo, aquele no parque. Eu queria o beijar denovo.

Quando o sinal bateu, a manada de alunos querendo passar ao mesmo tempo que me fez sentar na cadeira novamente e esperar.

Finalmente sai da sala depois daquilo. Eu decidi subir ao terraço, já que fazia muito tempo que eu não subia lá. Eu sentia falta.

Passando pelo corredor, eu caminhava tranquila em direção às escadas.

My Sweet BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora