13 | Eu só queria ser mais feliz

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Meus olhos se abriram em algum momento da manhã de domingo — ou seria tarde? — da maneira mais lenta possível. Eu não estava me lembrado de como exatamente consegui me locomover do quarto de Alec para o meu, mas, olhando para meus colegas dormindo confortavelmente em suas camas, vi que de um jeito ou de outro vim parar no meu dormitório. Ou será que eu sonhei que eu fiz sexo?

Arregalei os olhos num temor superficial e, colocando meus pés para fora da coberta grossa, senti minhas pernas gelarem. As duas centrais marcavam 15 °C. Esfreguei meus braços e fui ao meu guarda-roupa conferir que minha camisinha doada por Luca havia de fato sumido — o que indicava, em outras palavras, que eu a havia usado com Alec ontem. Abri um sorriso para mim mesmo em gratificação e, esfregando as pálpebras para acordar melhor, sentei-me no chão frio do quarto. Eu transei... Puta merda, comi o garoto gostoso pra porra...

Talvez eu devesse jogar na loteria.

Sem parar de pensar na cena de ontem, infiltrei meus dedos no meu cabelo e o apertei, expandindo mais meu sorriso para fazê-lo ir de o­relha a orelha.

— Acho que alguém fez sexo ontem durante a festa.

Ainda com a expressão boba, levei minha visão na direção de Alessandro, que falava comigo. Sem seus óculos, ele ficava sonolentamente confuso ao me enxergar.

— Tá tão evidente assim?

— Tá. Você está feliz. E ninguém acorda feliz.

— Às vezes eu acordo. — Tão rápido quanto havia me sentado, levantei-me. — Mas aposto que se divertiu também.

Peguei uma toalha do guarda-roupa e conferi as horas no meu aparelho. Eram 11h33 — mesmo que fosse um horário tarde para acordar, até que, considerando que hoje era domingo e que houve uma festa há algumas horas atrás, era compreensível.

— Depende da sua interpretação...

Olhei para ele brevemente e comecei a escolher alguma roupa a­leatória. Talvez Alessandro pensasse que eu me referia somente a sexo, todavia, no fim das contas, eu levei a palavra "diversão" a todos os sentidos possíveis.

— Não te vi na festa — murmurei como quem não queria nada. — Onde você estava?

— Jogando truco com os patos do baralho.

Claro... Por que eu perguntei?

— Entendi. — Uma vez já escolhida minha roupa, me encaminhei para o banheiro com a toalha em um dos ombros. — Volto já.

Ele fez um gesto de cabeça e voltou a entrar debaixo das cobertas.

E eu, pronto para tomar banho e acordar meu corpo por completo, queria mesmo era saber onde Alec estava agora.

E eu, pronto para tomar banho e acordar meu corpo por completo, queria mesmo era saber onde Alec estava agora

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No corredor.

Alec se encontrava no corredor que levava ao refeitório, e, pelo que eu via, Danilo o fazia companhia — na verdade, não sabia se o termo "companhia" era de fato apropriado, pois ele me parecia só ser usado quando quiséssemos que uma pessoa estivesse conosco. Alec, com as linhas de sua expressão franzidas, não parecia estar à vontade com a presença do garoto ruivo e de traços delicados. Sério mesmo, ele parecia vir de um tempo muito distante, pois era refinado demais para pertencer ao século atual.

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