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O seu corpo magro e pálido não fazia contras-te com o tempo cinzento que era visto pela pequena janela perto do teto, estava tanto nevoeiro que era necessário ligar as luses pois era pouca a eliminação.

O tempo belo tera ido embora num instante ou num lentamente rápido, apenas me apercebi que - de novo - observava o tempo.

A água escorre de novo pelas suas costas quando a esponja entra em contacto com o seu corpo.

Rose. Um nome forte mas leve que parece que quando o dizê-mos para no tempo, como nos escondece o demasiado.

Sinto-me normal acho eu... Não sinto isto á tanto tempo.

Sentia-me mais perdido.

Mas menos sozinho.

Desligo a torneira e vou buscar uma toalha para o corpo branca.

Agaixo-me ao seu lado e deixo a toalha pesada cair sobre os seus ombros, .

Ela junta ambos os dois lados pelas pontas ao seu peito.

Levanto-me e ela copia.

Observo os seus lábios rosa tremidos e ajudo-a a saír da banheira, em silencio, sérios.

Quando ela pousa ambos os pés no tapete lilás circular, suspira.

- Eu vou buscar algo para vestires... - mermuro e vejo ela a sentar-se de novo sobre a tampa da sanita.

Vou ao meu quarto e vejo umas calças de fato de treino cinzentas. Vou á gaveta das camisolas.

E agarro numa sweet.

Regresso à casa-de-banho e entrego-lhe os trajes.

- És querido, Luke - Rose diz baixo.

As palavras ecoam no meu cérebro.

- Como assim?

Encolhe os ombros. - Ajudaste uma puta bêbada... É preciso ter uma alma muito caridosa.

- Apenas quis ajudar - tentei contrapor.

Ela ri. - Porquê? Achas que te farei de graça? - Agarra-me a mão.

- Eu não quero fazer sexo contigo! - Solto a minha mão. - Não consegues viver apenas sabendo que ouve um gajo com alma caridosa que te quis salvar o couro?

Rose fica por silêncio uns segundos até dizer:

- Apenas queria ter a certeza que alguém se preocupava comigo...

E de costas o ouço. Não tenho nada para lhe responder.

Não gosto onde ela está a querer chegar.

Eu não gosto dela.

Ela é apenas uma prostituta bêbada.

Vou para a cozinha e procuro algo no frigorífico que possa cozinhar, encontro um post-it, de novo, da minha irmã.

"Olá!

Eu acho que não lerás este post-it tão cedo porque o teu frigorfico está tão vazio que nem deves ter vontade de o abrir...Mas quando o abrires possivelmente terás fome e conheci uma nova pizaria que faz entrega ao cliente.

Caso queiras incomendar alguma coisa liga para aqui 799-5885-148-9 .

Com amor, Grace. "

Ao que parece hoje deu jeito que a minha irmã seja uma galinha.

Vou buscar o meu telemóvel.

Alguém feminino na outra linha atende, faço o meu pedido e desligo a chamada.

- Piza? - pergunta Rose já vestida.

Viro-me para trás e aceno afirmativamente com a cabeça.

- Adoro o vazo partido, oh stressado do caralho - fala ela a apontar para ele.

- Cala-te ou não comes - resmunguei.

Ouvi a sua gargalhada vinda da sala, onde, agora, a vejo sentada de pernas encolhidas tapadas por uma manta a xadrez verde que não condizia com o pequeno sofã azul.

Sento-me ao seu lado e ela em vez de clicar num dos muitos botões do comando da minha televisão e assistir um programa interessante fica a observar-me.

- O que é que queres? - Arranco o comando das suas mãos.

- Que sejas sincero - respondeu-me.

- Eu estou a ser sincero.

- Pois estás - e o seu indicador toca no meu peito. - Mas será que é isso que o teu batimento cardíaco diz?

- ...

- Seria impossível apaixonares-te por uma prostituta em apenas dois dias não seria?

- Sim, impossível.

- ...

- ...

- Mentes.

- Não, não minto.

- Mentes de novo.

- ...

- Mas não te preocupes. Só me despirei para ti quando assim o pedires.

E volta a encostar-se no sofá.

Amnesia // a portuguese Luke Hemmings fan ficOnde histórias criam vida. Descubra agora