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Levo-a para casa depois da notícia, nem uma palavra o caminho todo. Não sabia o que dizer por apenas não haver nada p'ra dizer.

Quando perdi a minha mãe ninguém apagou as minhas mágoas... 

A dor de Rose gritava dentro dela enquanto ela apenas observava o chão que estava entre os meus pés, sento-me na cama.

- Rose? - pergunto em murmúrio não pelo seu nome mas se ela estava bem.

Ela sobe o olhar para mim, os seus lábios começam a tremer, e quando me abraça, sinto de imediato os seus soluços.

Suspiro, não podia parar aquelas lágrimas, não podia animá-la.

 Há dores que são obrigadas a serem sentidas.

Os meus braços rodeiam-na.

 Suspiro, e massajo as suas costas.

Levanto o seu corpo para cima ficando com os seus olhos ao mesmo nivel dos meus.

 - Rose...

 Ela abre os seus olhos e vejo eles a olharem-me entre as pestanas molhadas, beijo o seu nariz e sorriu, mesmo com um olhar perdido.

 - Gostava de poder dizer alguma coisa - murmuro.


***


 Estava a mulher que me criou a olhar o infinto rodeada de médicos que davam os seus melhores para mais uma inspração fosse sua, enquanto os meus olhos observam o seu rosto e recordando as suas palavras :

" Lá como estrela ei de te proteger, meu crido, nunca ficarás só, nem o nevoeiro conseguirá esconder-te. Amo-te, meu pequeno principe. " 

E com elas recordo quando ela ainda se lavantava, cozinhava para mim e ainda ouvia o vento a soprar sobre a paisagem de primavera sentada sobre a toalha de piquenique.


***


Já calmos, de faces limpas, de respiração lenta e também pensamentos decisivos, Rose decide cortar o silêncio.

- É estranho...

- O quê? - pergunto de imediato sem pensar nas consequências.

- A lentidez que a nossa tristeza permanece connosco, mas a rapidez que nos apaixonamos - ela conclui.

- Eu percebo.

- Eu ei de perceber - mermura Rose.

- ...

- ...

- Queres ir dar um passeio? - pergunto de sobrancelha erguida.

 Ela sorri e desvia o olhar dos meus olhos para os meus lábios.

 - Estás a convidar-me para saír? Tipo, encontro? - ela lambe os lábios e volta a focar-se nos meus olhos.

 - Eu estava a tentar convidar-te para saír, numa meneira menos tão... Como o que na realidade significa que nem me apercebi disso - explico.

Ri. - Eu aceito, Luke.

 Sorriu e sinto uma estranhesa no estómago que poderia ser confortável mas o meu cêrebro com tal estranhesa fica com medo.

Amnesia // a portuguese Luke Hemmings fan ficOnde histórias criam vida. Descubra agora