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Que horas são? 4 da manhã?

Ou mais, porque estou acordado?

Essa era a minha esxelente pergunta porque eu estava a dormir lindamente.

Sento-me no sofã e esfrego a cara com ambas as mãos para acordar.

Talvez seja por eu estar a dormir no sofã que não é tão confortável como a minha cama de casal no quarto ao lado da casa de banho, no fundo do corredor, onde neste momendo deve estar Rose deitada.

Ou possivelmente acordei pela estranhesa de dormir bem.

Acordei por algo ser anormal apesar de bom, o meu subconsciente apercebeu-se que algo estava de errado por dormir tão feliz e calmo , por isso, que acordou-me.

Levanto-me do sofã e arrasto os meus pés nus pelos corredores e pelas escadas até o meu quarto.

- Hoow... - digo meio assustado por a ver acordada, mas cançada, sentada sobre a cama.

- Então? - ela fala a sorrir com uma expressão de " hey, está tudo ótimo, sem dormir e tal " e com isso levanto a mão como "hey".

- Não consegues dormir? - pergunto a sorrir e observando-a.

- Nope - diz ela.

Bufo até me sentar na pultrona ao lado da cama e conto-lhe:

- Adormeci, mas dormi tão bem que o meu cêrebro soube que algo se passa de errado e acordou-me.

- Boa! Bem... - ela começa a deitar-se de barriga para cima. - Eu nem sequer consigo adormecer.

- Porquê?

- Não sei.

- Tenta adormecer... Eu não estou aqui. - digo pousando a cabeça para trás e fexo os olhos.

Expiro e inspiro, relaxo, acalmo.

- Luke! - Rose chama alto fazendo-me literalmente dar um pulo. - Não vais dormir aí certo?

- Não há problema, já adormeci aqui milhares de vezes... - falo a relaxar de novo.

- Lukeee... Anda para a beira de putinha.

Levanto-me. - Não te chames isso. - E deito-me ao seu lado, também de barriga para cima.

- Luke?

- Sim, Rose.

- Eu gostei daquele beijo.

Ela olha de novo para o teto e eu também.

Como o teto é branco... Nunca limpei esta porcaria.

Sinto algo a  fazer coecegas no peito da minha mão entre os nossos corpos. Olho pelo canto do olho e vejo ela na tentativa de me dar a mão.

Ela aperta mais a mão e ouço a sua respiração acelarada, com isso olho para ela e vejo ela a chorar.

Ela bem tentava conter as lágrimas mas quando a junto contra o meu corpo deixa de fingir e sinto os seus soluços.

Abraço-a mais contra mim a sentir o cheiro do seu cabelo e ela continua a encharcar a minha t-shirt.

- Hey... Shhhhh... pronto. Então? - tento animá-la completamente perdido, possivelmente a fazer merda.

Mas ao menos tentei.

- Desculpa- ela mermura parando de soluçar.

- Eu desculpo-te por fazeres algo que eu não tenho coragem para fazer... Emocionar-me.

Ela sorri e explica-se:

- Tens um bom coração e ultimamente tenho tido uma sorte enorme em perder o que é bom para mim.

- ...

- Mas não penses que isto já é um pedido de casamento!

Ri. - Nunca pensei tal.

Ficá-mos em silencio.

Ou por vergonha ou por estupidez.

Mas acabamos por adormecer.

***

Que cheiro é este? Panquecas?

Acordo lentamente, sei que acabo de dormir mas sinto-me com uma vontade enorme de voltar a adormeçer mas quando me apercebo que Rose já não estava ao meu lado levanto-me rápidamente da cama.

Desco as escadas quase a rebolar pela velocidade e quando passo pela porta da cozinha a correr sinto o cheiro das panquecas e meio atrapalhado volto ara trás e encosto-me á porta de cozinha.

Ela tinha o cabelo mal preso num rabo de cavalo e continuava a usar a roupa que vestira no dia anterior.

- Corrida matinal? - pergunta Rose de costas para mim, preparando umas enormes e grossas panquecas sobre a minha maior sertã, e talvez a única que tenha.

- Sim, estar em boa forma não tem horas.

Ainda bem que ela não está a olhar para mim...

Ela fita-me sobre o ombro e depois começa-se a rir.

Fico sério e depois sorriu meio sem saber o que fazer.

- Não sei se sabes, mas quando vez alguém a troçar de nós sem nos dizer o porquê não é agradavel, Rose - resmungo.

Ela dá uma gragalhada para dentro e come um bocado de um crepe frio. Ela passa de novo a espatula por de baixo da massa liquida por cima de sertã.

- Cala-te e come. - ela diz a dar-me um prato cheio de panquecas.

Eu aceito e como, é bom, é doce e sabe um pouco a limão. É comida.

A maneira como ela segurava na espatula fez-me reparar nas suas enormes unhas pintadas a um branco pêrula, são engraçadas. Cenas de gaja, o que um gajo sabe dizer sobre isso?

- Onde arranjas-te ingredientes para isto? - pergunto a sorrir.

Ela faz balanço com a sertã e vira a panqueca pelo ar.

- Sabes o tal papel que tinha o número de telefone do restaurante de pizzas? Bem, atraz tinha um número de um super-mercado- ela diz a deslizar o alimento maravilhoso sobre outro prato com a ajuda da espátula.

Ela sorri e senta-se á mesa, vou sentar-me ao seu lado.

- Cozinhas muito bem. - tento elugiá-la mas em vez disso ela apenas encolhe os ombros e dá uma gargalhada como se estivesse mesmo a troçer de mim - Que publico dificil...

- Obrigada - acaba por dizer ainda focada na sua refeição.

E de novo ficamos em silencio, e eu não acho constrangedor.

Eu espero que ela também não o ache desagradável.

Reparo que o baso continua deitado no canto da cozinha, na mesma posição como ontem... Todo epelhaçado com terra e umas flores ainda com cores vivas.

- Luke, espero que possas fazer algo comigo nesta manhã.

- Sexo matinal? - pergunto a sorrir de canto do lábio e ela dá uma gargalhada.

- Apenas quero levar-te a conhecer alguém.

- Está bem. - E encosto os meus lábios aos seus.

Amnesia // a portuguese Luke Hemmings fan ficOnde histórias criam vida. Descubra agora