Os pássaros cantavam entre o nevoeiro da cidade cinzenta que eu teimo em morar.
Mas sei que aqui é onde estou e nem me pergunto sobre viajar...
Respiro de novo o ar frio.
Ash acordara mais cedo que eu, para não faltar ás aulas enquanto eu nem me preocupo se a professora me marca falta ou que um apocalipse de zombie devore o mundo.
Entro na secundária e vejo várias pessoas em circulo.
Os funcionários saiam dos seus postos para ir a correr com o mistério que estava no centro do circulo.
Fico com coriusidade, pouca , mas mesmo assim, curioso.
E vejo Rose.
- Ataque epiletrico... - mermuro entre os dentes - Afastem-se! - consigo gritar.
As pessoas afastem-se, dou-lhe a minha mão que fica ao seu peito onde ela agarra-a com ambas as mãos com uma força com capacidade de a partir. Faço uma festa no seu cabelo.
- Shhhhh... - tento acalma-la.
***
De novo estava Calum no meio do recreio com os seus 6 anos mas nenhuma funcionária estava disponibilizada naquele enorme colegio.
Corro até ele e respiro apressadamente como todas as crianças, minhas amigas, sem força sufeciente para fazer alguma coisa.
Sei acalma-lo.
Dou a minha mão.
Massajo o seu cabelo.
Cheguei a acompanha-lo até o hospital onde não fizeram nada mais e nada menos de lhe dar um banho quente, deita-lo numa das suas camas sombrias longe de todos os aparelhos eletronicos.
Ele dormia na maca enquanto eu fazia os seus trabalhos de casa, ao seu lado. Mesmo sabendo continuava a falar para ele.
***
Ela acalma devagar.
- Tens alguém para te ajudar? - pergunta um funcionário.
Ela nega com a cabeça ainda num mundo á parte, a tentar perceber o que se passara.
- Ela tem a mim - asseguro as empregadas que me deixam pega-la ao colo, não podiam dizer que não e entrega-la ao hospital.
Também elas nunca foram grandes importadas pela segurança dos alunos.
Em vez do autocarro opto por um Taxi, não queria que ela fosse para um autocarro cheio de pessoas.
Ela estava meio desmaiada, meio a tremer, meio acordada, com os olhos maio abertos.
Chego a minha casa e tento de novo leva-la a colo pelo elevador mas como sempre estava estragado, por isso tenho de a levar pelas as escadas.
Os meus braços não aguentam muito mais o seu corpo, abro a porta de casa e deito-a na minha cama.
Vou preparar um chá e vou ao quarto, onde que por surpresa ela estava sentada.
- Leva-me para a escola.
- Nem penses, percisas de descansar.
Vou ter com ela e pego-a de novo ao colo, levo-a á casa de banho e sento-a sobre a tampa da sanita.
- Já pegaste demasiadas vezes em mim - ela resmunga.
- Tenho que aproveitar - respondo a sorrir.
Ligo a água quente e fico um momento ajoalhado á frente dela.
- E vou tratar de ti, tocar-te. - falo descalçando-a.
- Não... Por favor, não me toques... - emplora ela.
Depois de dascalçar ambos os seus sapatos e observo-a de novo.
- Não, vais ser tu a fazê-lo. - E agarro em ambas as suas mãos.
Cruzo os seus braços e as suas mãos agarram a banha da camisola, levantam-na e fica sem ela.
Tenho medo de te quebrar.
A água já está quente.
Ela desaperta o botão das suas calças e com a minha ajuda sobe uma perna e outra despindo-as. Ela estava arrepiada pela casa de banho fria ou pelas minhas mãos estarem geladas.
Observo as suas claviculas, as alças lilás do setien, os seus ombros, o pescoço comprido e a minha respiração acelerada...
E o chá começa a ferver.
- Eu vou buscar o chã - apenas digo.
Quando chego á cozinha desligo a chaleira, deito o chã para uma chavena sobre um prato com um cubo de açucar e uma colher. Pouso o prato em sima de um tableiro de madeira e ponho uma fatia de pão de água em sima de outro prato que também estava no tableiro.
Pego nele com ambas as asas e sinto o seu peso antes de o levantar.
Vejo-a nua sentada na banheira e abraçada ás pernas que estavam dobradas a tapar o seu tronco.
A água quente caia sobre o seu corpo.
Pouso o tableiro ao lado da banheira.
- A água está quente? - pergunto.
Rose anui.
Tiro o meu casaco e arregaço as mangas.
Passo a esponja por água e passo-a pelas suas costas depois de desligar o chuveiro.
Ela estica o braço até a chávena.
Ela leva o chá quente aos lábios e dá vários golos.
Pousa a cabeça sobre um braço que estava sobre o joelho.
Ligo o chuveiro e deixo a água caír com pouca persão sobre as suas costas magras e pálidas.
- Eu chamo-me Luke.
- Sofres pelo passado?
Anuiu.
Ela fica em silencio, bebe o chá a fomegar. Faz um suspiro e responde:
- Eu sofro pelo meu presente.