Trancados

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Ola! Espero que estejam a gostar! Deixo-vos uma foto da Casa que tirei a 29/1/2016 irei também colocar mais em alguns capítulos! Espero que gostem!

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- Então, quem vai à frente? -pergunto quando chegamos em frente ao muro.

- Vou eu. Depois, a Carolina, e a seguir a Jéssica Moreira e o Ricardo logo atrás. Em quinto vai a Tavares e depois a Mourato. Em último a Santos.- diz a Iolanda.- concordam?

- Sim. - dizemos todos em conjunto enquanto saltamos à vez o muro.

Entramos pela parte de trás da casa, saltando o muro de pedra já velho. Depois de todos passarmos, olho em volta. Não se consegue ver o céu pois tem um grupo de árvores, provavelmente pinheiros. O chão é de pedra e tem um canteiro já seco por onde caímos quando passamos pelo muro. Seguimos para o lado esquerdo. A Iolanda empurra a porta mas não consegue abri-la.

- Não existe mais nenhuma entrada?- pergunto, olhando em volta. Todos estamos preocupados que alguém nos veja, mas temos a desculpa de que estamos a gravar cenas para um filme.

- Acho que existe uma janela ali ao lado...- informa a Santos apontando para uma das esquinas do local. Aproximamo-nos e encontramos uma janela partida e sem vidros. Depois de verificar se é seguro atravessar um por um vamos entrando.

Nenhum de nós nunca lá tinha entrado, sendo a primeira vez de todos, numa casa abandona, a apodrecer... se morrêssemos ninguém saberia onde estaríamos mas se dissesse isto em voz alta todas diriam que estava a ser parvo.

Morrer.... Sim claro, ouviste voz dentro da minha cabeça? Vou morrer se entrar né? Então observa!

Quando chega a vez da Jéssica Moreira ouvimos um barulho no andar de cima, muito provavelmente um pedaço de madeira já velho, a cair.

Todos ficamos sobressaltados, principalmente eu, depois de ter o tal pensamento.

- Não aguento, desisto! Tenho demasiado medo! E se nos acontece algo?-diz a Moreira. Ela sempre foi aquela rapariga que fica com medo, mesmo antes de experimentar algo.- Vocês são todos loucos para entrar aí dentro.

Não esperava que ela quisesse ir embora, mesmo antes de entrar. Esperava mais vindo dela.

- Concordo. Também não quero ir! Vamos embora. - fala a Mourato.

- Logo tu Mourato?! Tu que tanto pediste para virmos aqui...- diz a Santos, cruzando os braços.

- Desculpem mas não quero arriscar. Ficamos á vossa espera aqui fora.- diz ela agarrando na mão da Moreira e vão embora. Fico desiludido com ambas.

- Bem, vão perder um dia divertido.- comenta a Iolanda já lá dentro.

Quando chega a minha vez, fico a olhar, receoso para todos os lados. Nunca gostei desta casa. Dá-me calafrios. Já sei porque elas não quiseram continuar, mas preciso de ser forte e de mostrar que não tenho medo.

Assim que entramos todos vemos as paredes antes brancas, agora já desgastada, teias de aranha por todo o lado e pó a infestar o lugar. Depois há um corredor sempre em frente virando por fim à direita.

- Agora é assim.- fala a Mariana Santos- todos em fila, ninguém se desvia para outro corredor e nada de gritar. Io, começa a gravar.

- Ok.- diz ela ligando a câmera.- Isto está tudo sujo. Há quanto tempo é que não se vem aqui?

- Não sei. 10, 20 anos?- comenta a Lela, comendo uma bolacha que estava na mala.

A Iolanda começa a caminhar enquanto filma e seguimos todos atrás dela até à cozinha; um local assustador, com cheiro a mofo e com uma casa-de-banho imunda e cheiro a, por estranho que pareça, sangue.

A CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora