Sonhos

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Olá leitores!!
Eu sei que não público desde o ano passado mas não tive tempo e não me senti inspirado mas estou pronto para continuar a escrever e prometo que os próximos capítulos serão aterrorizadores até porque algo de chocante acontecerá mas não digo mais nada!!!
Também quero agradecer pelas visitas na história mas por favor! comentem e votem!! Eu quero saber a vossa opinião sobre a história!
Espero que gostem. ;)

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Ricardo on---

Assim que entramos a Carolina dá um grito de medo e a Santos agarra-se a mim para não cair.

- Iolanda, William! O que aconteceu?! - pergunto enquanto me dirijo à Io que acorda sobressaltada.

- Nós saímos daquela abertura no teto e viemos até aqui...- diz ela enquanto a liberto-

Ela conta-nos a história toda e no fim a Santos pergunta.

- Então o William estava possuído? Olha que ele parece-me bem.

Olhamos todos para ele à espera de algum sinal mas continua desmaiado e a sangrar dos cortes na cabeça. Nem quero imaginar a dor que foi colocar pregos no crânio e senti-los a todos a vibrar.

Sem conversar eu e a Lela agarra-mos o William e arrastamo-lo até ao corredor.

- Horas, Io?- pergunto.

- São... 20:50...

- Já? Os nossos pais devem andar à nossa procura.- digo, com esperança que consigam entrar aqui dentro e salvar-nos.

Vou denunciar esta miúda assassina e pedir para demolirem este inferno.

- Não sei, mas vamos para o andar se cima.- diz a Santos.

- Porquê? - pergunta a Iolanda, comendo umas bolachas.

A Santos fica séria e conta o que lhe aconteceu, e todos estremecemos no momento em que ela descreve a rapariga.

- Credo! Que medo!- comenta a Iolanda, mexendo nos óculos com o nervosismo.

Estamos sentados de novo nas cadeiras no andar de cima em silêncio até que a Lela decide falar.

- É melhor dormirmos. Alguém vigia e quando for meia noite acordamos.

- Ok, Iolanda, ficas a vigiar.

- Está bem, mas não vou passar além da porta!

Deito-me no chão de madeira. Sinto que seja pouco provável todos sairmos ilesos desta casa. A Tavares desapareceu e o William está inconsciente, cheio de ferimentos. Existe uma rapariga atrás de nós e que não nos deixa sair. São acontecimentos a mais para mim.

Adormeço, mas parece que nem dormi uma hora quando a Santos acorda-me, pois era turno dela.

- Acorda, já são 23:50.

Sento-me e vejo que quase todos estão acordados. O William continua inconsciente.

Sentamo-nos em silêncio nas cadeiras e ficamos calados. Chega a meia noite.

De um momento para o outro a Lela começa a ter convulsões e a espumar pela boca contorcendo-se cada vez mais. Abro a boca para gritar qualquer coisa mas antes de pensar no quê a Santos entra também em convulsão, logo seguida da Iolanda.

Depois sou eu e sinto-me como se estivesse a morrer e não vejo nada, só escuridão e depois fica tudo quieto. A dor desaparece e a escuridão e penso que morri. Até que uma luz começa a surgir, brilhando cada vez mais e quando dou por mim estou numa divisão da mesma casa, na cozinha.

Mas no centro tem uma mesa com 6 cadeiras, 3 delas ocupadas, uma por um homem com mais ou menos 40 anos, outra com uma rapariga de 8 anos e a última um rapaz de 15 anos. Todos têm olhos cansados e no momento em que o rapaz vai a pegar no pão oiço um barulho do andar de cima. Todos os presentes na sala param o que estão a fazer e ficam silenciosos. Eu prendo a respiração e vejo o que acontece.

O barulho vai aumentando até que aparece da porta do corredor uma mulher com o cabelo castanho todo despenteado, com uma garrafa de cerveja numa mão e com a outra a apalpar a parede.

Ela chega à cozinha e fala numa voz rude.

- Para onde estão a olhar? Continuem a fazer a merda que estavam a fazer!

Todos recomeçam as sua tarefa menos a rapariga que fica a olhar para ela com uma cara de medo, mas a mulher avança para ela com uma rapidez que eu não esperava que ela tivesse e agarra a orelha da rapariga e puxa-a fazendo-a gritar.

Sigo ambas, gritando para a mulher parar mas não podem ouvir-me e limito-me a observar.

A pequena é arrastada até ao seu quarto onde estive com a Carolina e vejo que está tudo igual exceto na ausência do sangue, da arrumação e no cinto pendurado no teto como se fosse uma forca.

Desde o momento que vi a mulher na cozinha comecei a detesta-la mas o que fez a seguir chocou-me. Começou a chicoteá-la na costas durante o tempo suficiente para começar a sangrar e manchar o cinto de sangue. Quando terminou colocou-a num banco baixinho e colocou uma corda que estava numa gaveta e prende ao pescoço pobre rapariga.

A mulher ou melhor a mãe da criança puxa o cinto e a rapariga fica apenas com as pontas dos pés no banco. Por fim a mãe fala.

- Nunca, mas nunca voltes a roubar-me nada senão esse banco já aí não estará na próxima vez. -diz a mãe sentando-se numa cadeira e observando a criança que fica quieta no seu lugar.

Quero sair dali mas algo me prende ao chão e passa-se, provavelmente 20 minutos quando a mãe sai do quarto e a rapariga desce do banco e guardando a corda numa gaveta.

E, sem aviso, tudo fica preto e acordo.



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