O Homem Morto

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PS: O início do capítulo seguinte será na sexta de dia 13 de Julho de 2007. Irão perceber porquê... ;)

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Estou desde o dia 10 aqui dentro. Não sei quando vou sair. As 6 pessoas com que eu entrei desapareceram durante a nossa "estadia" nesta casa. Não sei o que aconteceu com elas. Mas quero sair daqui. Quero deixar tudo isto para trás e voltar para a minha vida, para a minha família. Quero sair daqui.

Pouco depois de entrarmos ouvimos o grito estridente de uma rapariga, como se lamentasse algo. Desde então que tenho medo. Desde então que fiquei com medo de morrer.

Estou sentado na escadaria do andar de cima quando ouço a rapariga, a gemer. Um gemer a transformar-se num grito. Começo a chorar.

Levanto-me rapidamente, assustado e entro no quarto do lado direito. Fecho a porta e fico a escutar. Ouço passos. Ela está a subir as escadas. E quando chega ao topo, pára. Silêncio. Fico parado há espera de algo e em silêncio vou-me afastando da porta até ao canto do outro lado da sala vazia.

Fico sentado agarrando os joelhos e com o olhar na porta quando o grito da rapariga acaba com o silêncio, entrando na sala. Como estava escuro não a consegui ver mas quando ela avançou para mim com uma faca cheia de sangue a ultima coisa que vi foram os olhos dela; Eram olhos azuis....

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Presente---

Sento-me encostado à parede, no corredor. Ficamos todos atordoados com esta nova descoberta. Um homem morto. Uma pessoa morta dentro de uma casa. Ela está morta, ou seja, alguém o matou! Depois de meia hora todos calados, levanto-me, com as minhas pernas a parecerem chumbo e entro no quarto sem hesitação.

Todos me seguem e viro-me para eles e digo:

- Alguém tem de me ajudar a examinar o corpo dele. Precisamos de saber o que o matou.- digo de uma vez.

Todos ficam a olhar para mim perplexos, e é então que a Santos dá um passo em frente.

- Eu ajudo. Tavares, vai vigiar a escadaria juntamente com o William. A Lela vai explorar melhor o quarto das letras e a Io fica aqui para iluminar o corpo.- diz ela tomando a liderança. Ok, estou cheio de medo. Mas vou tentar aguentar.

Todos começamos as tarefas. Depois de a Iolanda ligar a lanterna que estava na minha mochila e de apontar para o quarto, eu e a Santos aproximamo-nos do corpo. É a primeira vez que vejo alguém morto e a imagem ficará para sempre na minha mente.

Um homem nos seus 40 anos talvez, alto, cabelo branco...

- Ele tem cabelo branco já com aquela idade?- pergunta a Santos.

- Não sei. Esta escola é estranha e com aquele grito....- comento. Nunca acreditei em magia, mas depois destes acontecimentos, já não tenho muita certeza do que é real ou não.

Ficamos calados enquanto examinamos o corpo. Tapo o nariz com a camisola, pois o cheiro do homem infesta a sala toda e arrisco tocar nos cabelos dele. Se já estiver ali à muito tempo o cabelo será arrancado com facilidade devido à podridão.

- O que estás a fazer Ricardo?!- pergunta a Santos com a voz baixa.

- Vou apenas ver se ele já morreu à muito tempo...- digo e toco no cabelo e no instante seguinte tenho uma visão.

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