A rapariga

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- M...mas como? O que aconteceu?- pergunto perplexo. Não acredito que isto esteja a acontecer.

A Iolanda está outra vez a gravar, e a santos desceu até ao meio da escadaria, subindo logo em seguida, para depois entrar no quarto das cadeiras.

Ele não responde. Tenho de insistir.

- Alguém a levou?- ele move a cabeça a afirmar.

- Foi a rapariga ou o que quer que seja que gritou no início?- pergunto, com medo da resposta.

Ele volta a abanar a cabeça um pouco mais depressa.

- Tu viste-a?

Ele abana a cabeça como um louco.

- Ricardo, está aqui uma folha. -diz a Santos, trazendo a folha até mim.

Na folha está escrito o seguinte:

Mariana Santos

Mariana Tavares √

Iolanda

Ricardo

Carolina

William

Fico a olhar para o meu nome e para o da Tavares. Quando tento perceber o que significa começa a aparecer na parede escrito a sangue o seguinte:

Corram se querem viver!

Olhamos uns para os outros e começamos a correr pelas escadas. Consigo ver a Lela a cair nas escadas inconsciente. Depois viro à esquerda e entro na porta anteriormente trancada. Fecho a porta com um estrondo e fico a escutar.

Iolanda pvo---

Depois de descer às escadas vejo o Ricardo a entrar numa porta e a tranca-la. Viro à direita e corro em direção a cozinha. A Santos desapareceu.

Tenho de achar um local para me esconder, depois procuro os outros.

Quando olho para a cozinha vejo um alçapão por baixo do lavatório.

Ele estava ali antes?- pergunto para mim própria.

- Vou me arrepender de entrar ali...- murmuro.

Entro e fecho o alçapão.

William pvo---

Depois das escadas fico sozinho a olhar para todos os lados. Não esperava por isto.

- Santos!? Iolanda!? -grito.

Ninguém responde. Começo a andar em direção da cozinha quando a porta do armário destranca-se sozinha. Olho para a porta e tento ganhar coragem. Entro em passo apressado e assim que entro escorrego em algo que me faz cair. Um escorrega. Passado uns segundos o escorrega acaba e sou atirado para uma sala. Bato com a cabeça que fica a doer por algum tempo. Estou com medo.

A sala está escura mas lembro-me que tenho ainda uma lanterna na mochila. Depois de a acender examino a sala.

Dou um grito quando vejo que existe um monte de cadáveres na minha frente. Cadáveres. Pessoas mortas!

Eu estou ao pé de pessoas mortas!

Corro para a outra ponta da sala e sento-me a chorar. Choro o mais que posso. Não queria estar aqui, nunca pedi isto. Apenas quero sair daqui e voltar para casa.

*-*-*-*-*-*-*-*-*

Quando fico mais calmo levanto-me e com as pernas a fraquejar dirijo-me ao monte de corpo e conto ao todo 6 pessoas, 4 raparigas e 2 rapazes. Ainda consigo perceber a idade. Todos entre os 20 anos.

Volto-me e vejo uma porta de ferro com um orifício para ver através dele. Decido tentar ver algo, qualquer coisa que mostre a minha saída e quando olho deparo-me com uma rapariga morta. A rapariga que gritou.

Ricardo pvo---

Não oiço mais nada. Só o silêncio. Finalmente viro-me para o corredor comprido que se segue há minha frente. Tento ganhar coragem para andar. Vou olhando para os lados. Antes de chegar ao meio do corredor já contei 4 portas, todas elas trancadas. Continuo em frente e ao tentar abrir a quinta porta ela simplesmente abre-se. Entro.

Fico a olhar espantado para o que está á minha frente. Uma sala quadrada, grande o suficiente para 6 pessoas. Nas pontas da sala tem várias frases escritas a sangue.

Volta para trás....

Vais-te arrepender...

Corre Ricardo, corre...

- Alguém sabe o meu nome!- murmuro, e quando viro-me para sair a porta está fechada.

Iolanda pvo---

Depois de descer pelo alçapão ligo a lanterna que tenho na mochila e vejo que estou dentro de um túnel. O túnel é de pedra tanto no chão como no teto. Começo a caminhar e passado um bocado fico em frente a 3 túneis. Um para a direita, outro no meio e outro para a esquerda.

- Vá lá!! Qual devo seguir?- penso um pouco e tento a minha sorte. Já que estou presa aqui dentro e não tenho nenhuma pista de qual caminho devo seguir, prefiro ir à sorte.

Decido ir pela direita e passado algum tempo chego a um buraco onde não consigo ver o fundo. Penso em voltar para trás mas algo na minha mente me diz para saltar.

Grito tão alto que acho que me ouvem lá fora, e espero bem que ouçam, enquanto atiro-me para o buraco.

Algo me faz desmaiar e quando acordo vejo o William a olhar para mim e a abanar-me.

- William!!! Onde estamos?- pergunto enquanto me levanto com uma leve dor de cabeça.

- Não sei. Mas tu caíste pelo sítio de onde eu vim. Não olhes à volta, estão pessoas mortas aqui connosco.- ele está a tremer e a sua respiração está ofegante.

Fico arrepiada. É então que vejo uma porta atrás dele e corro até ela, mas o William agarra-me o braço e puxa-me.

- Não vás lá.

- Porquê?

- Lá fora está a rapariga a olhar para nós.

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Espero que estejam gostar. Comentem o que acharam e votem. Partilhem com os amigos! Vou tentar publicar outro capítulo o mais cedo possível.


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