Mariana Santos on---
- O que raio está a acontecer nesta casa?- grito de novo depois de gritar a primeira vez.
- Tem calma. Algo está a acontecer mas não é nada de grande mal, apenas é um...- tenta falar a Iolanda.
- Não é nada de mal? Este quarto estava vazio, sem contar com um homem em decomposição quando chegámos e agora está a merda de uma cama, gavetas e até um tapete velho neste quarto!! Achas isto normal? Agora a rapariga mudou de Dona Assassina para Dona das Mudanças?- grito histérica.
- MARIANA CALA A BOCA POR UM BOCADO!!- grita a Lela fazendo-me calar de espanto. Nenhum de nós é mais o mesmo depois de aqui entrarmos. Nunca nos irritávamos tanto mas agora...está tudo a mudar.
- Ok, mas tu também podes acalmar-te. Eu vejo as gavetas, a Santos a cama e a Lela o tapede. O Ricardo pode ver do cadáver, se ainda aqui está. -sugere a Iolanda.
Todos concordamos e começamos a revirar aquele novo local de pernas para o ar.
Nada, nada de nada.
- Encontrei algo!- digo, olhando para um monte de papéis.- parece-se com uma carta...não, esperem, tem mais. São 4.
Todos se aproximam e começo a ler a primeira carta em voz alta:
Olá!
Tudo bem contigo? As nódoas negras já passaram? Não te preocupes, vais ficar bem. O que fizeste hoje durante o dia?
Assinado: João.
Tudo bem? Ainda bem que as feridas já passaram. E ainda bem que a tua família parou de te bater. Sempre é melhor.
Assinado: João
Não me respondeste à segunda carta. O que se passou? Recebeste-a?
Assinado: João
Porque fizeste isso? Porque te mataste? Fiz-te algo de mal? Hoje estive na tua casa. Estava lá a polícia. Tu não estavas lá. Onde tu estas?
Assinado: João
-Quando será que isto aconteceu?- pergunto, olhando para o grupo que está a pensar no conteúdo das cartas.
- Acho que o tal João é ou era um amigo da rapariga- diz a Iolanda.
- Havia uma carta naquele quarto, no primeiro dia, onde a Lela e o Ricardo me encontraram. O João acabou com a rapariga que se chama Joana. Estava na carta!- digo eufórica.
- Então ela matou a família por causa do João?- pergunta a Lela.
- Minha deficiente, ela matou a família porque abusavam dela!- digo, revirando os olhos.
Decidimos terminar as buscas por agora. A Lela coloca as cartas na sua mochila e voltamos para o corredor.
- O que acham que devemos fazer agora?-pergunta o Ricardo olhando para todos nós.
- Hum... Porque não vamos dar uma vista de olhos ao resto das salas do corredor? Também podíamos ver como está o William.- sugere a Io.
- Boa ideia. Vamos, e cuidado.- aviso, voltando a estar na frente do grupo.
Descemos as escadas e chegamos ao corredor. Ainda ouço o William a gritar como um louco.
-William? Estás aí? Podemos abrir a porta?- pergunta a Lela encostando-se à porta velha.

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A Casa
ParanormalNunca entres na Casa. Nunca te separes de ninguém. Nunca tentes fugir. Um grupo de adolescentes entra numa casa supostamente abandonada e deparam-se com algo que vai mudar a vida deles para sempre. Será que houve esperança dentro daquela Casa...