Memórias

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Olá para quem está a ler a minha história! Só vim dizer que irei tentar publicar um capítulo todas às terças feiras, por isso fiquem atentos! ;) E boas leituras!
Ah, e não se esqueçam de votar e comentar que acharam!
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Mariana Santos on---

Entro em convulsão e sinto-me como se estivesse a morrer. Tudo ficou preto durante alguns segundos mas pouco depois começo e ver paredes, um quarto de criança. Não me consigo mexer, apenas observo a cena que se está a passar à minha frente. Passados vários minutos a mulher vai-se embora e vejo a criança a guardar a corda numa gaveta.

- Estás bem? - pergunto apesar de saber que ela não me ouve.

Ela dirige-se a uma mesa, mas em vez de se sentar ela gatinha até debaixo da mesma e retira um pedaço da parede. Como estou ao lado dela vejo que retira um livro vermelho sem nada escrito na capa e coloca-o na mesa e senta-se.

Ela abre o livro a meio e começa a pintar, a desenhar.

Ela está a desenhar uma imagem parecida com um banco e enquanto o desenho vai tomando forma começo a perceber o que é.

- Nunca, mas nunca voltes a roubar-me nada senão esse banco já aí não estará da próxima vez.- repete a criança várias vezes enquanto termina de desenhar a corda e a criança.

Depois ela escreve com uma letra bonita (mais bonita dique eu achava que ela era capaz) no topo da folha a frase:

"Nunca, mas nunca voltes a roubar-me nada senão esse banco já aí não estará da próxima vez"

- O que queres dizer com isso? Porque desenhas-te isso?

Como se ela soubesse que eu estava ali, ela vira as folhas até à primeira e fica a observar o desenho, tal como eu.

Uma criança deitada no chão está a ser espancada por um homem, ela tem nódoas negras no corpo e como se o desenho ganha-se vida a folha desaparece e apenas vê-se uma imagem real como se fosse um vídeo.

O homem do desenho tem uns 40 anos e parece-me ser o pai, e está a dar murros na rapariga. Ele para finalmente e vira-se para ir embora mas sem aviso ele volta-se e dá um último pontapé na barriga dela e vai-se embora da divisão.

Volto ao quarto da rapariga e ela vira a folha. Desta vez vejo um rapaz com a minha idade no seu quarto. Ele levanta a mão e dá-lhe uma estalada na cara, fazendo-a cair no chão.

Ela chora mas ninguém intervém e ele continua a sua tortura puxando-lhe cabelos, torcendo-lhe o braço....

- Na próxima fazes o trabalho que eu te pedi ou corto-te os pulsos e acabo com essa vida de merda!- diz o rapaz enquanto pega nela e empurra-a para fora do quarto.

Tento sair do quarto mas antes de me mover tudo fica preto.

Iolanda on---

- Onde estou? Quem és tu? Onde estão os outros?- estou a perguntar a uma rapariga de 7 ou 8 anos de idade. Ela não me ouve, apenas continua a procurar algo. Estou num quarto com uma cama tão velha que não sei como não se desmonta. Tem um espelho todo sujo e uma mesinha pequena ao lado cama. Existem um guarda-roupa mas não tem quase roupa nenhuma.

- Espera aí um pouco.... - começo a perceber que este quarto é a divisão onde encontrámos o homem morto.

A rapariga encontrou o que estava à procura. Uma folha de papel. Uma carta de amor de um João qualquer a uma Joana, provavelmente ela. Ela chora e sai do quarto a correr, eu sigo-a mas ela é rápida. Sim, ela chama-se Joana e tinha um namorado. Passamos pelo corredor das 7 portas e entramos na 5 porta. A Santos disse que tinha estado num quarto de rapaz, na 5 porta.... eu estou no quarto do irmão dela! Ela senta-se na cama e chora agarrada à carta até o irmão chegar ao quarto. Dá-lhe uma estalada e começa a bater nela, mas tudo fica preto e deixo-me cair no sono.

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