𝐁𝐚𝐛𝐲 𝐈𝐬 𝐂𝐨𝐦𝐢𝐧𝐠 || 𝐑𝐮𝐠𝐠𝐚𝐫𝐨𝐥

Capítulo 3

Hoje nós iriamos para Buenos Aires, depois de três longas semanas resolvendo tudo o que tínhamos para resolver e finalmente chegou o dia da viagem. Gio estava conversando com Lino pelo celular, Kumary retocava a maquiagem e eu tentava puxar assunto com a Itzitery.

— Mamãe te mandou um beijo e falou para você se cuidar. – ela me disse baixinho, me pegando de surpresa com essa informação.

— Sério?

— Sim, ela me disse quando estávamos afastadas de Kumary e do Javier.

— Por quê?

— Javier quer que ela fique sem nenhum contato com você, mamãe sabe que se ela pedir para Kumary a bonita iria abrir a boca grande dela. – dei risada do jeito que ela falou da nossa gêmea, mas realmente, Kumary não é alguém que você possa contar um segredo.

— Obrigada!

— Você sabe que a mamãe te ama, não é? – ela ajeitou os óculos escuros enquanto se mexia na cadeira desconfortável do aeroporto.

— Tive minhas duvidas, mas agora eu sei que ela nunca deixaria de me amar!

Minha gêmea mal-humorada deu um sorriso pequeno e voltou a mexer em seu celular, bufei impaciente, as três estavam ocupadas demais para me dar atenção, então eu comecei a brincar com a minha barriga. O bebê nunca se mexeu, algumas mães falam que eles começam a se mexer com cinco ou seis meses, por isso não estou tão preocupada, eu já tinha decidido que tudo seria no tempo dele, ele vai vir ao mundo quando ele quiser. Dra. Cooper havia me passado o nome de uma obstetra em Buenos Aires, ela poderia dar continuação ao meu pré-natal, uma coisa a menos para fazer em B.A.

— Todas as malas já foram despachadas? – Gio perguntou enquanto guardava o celular na bolsa.

— Sim. – Itzitery respondeu ainda olhando para o próprio celular.

— Vamos, nosso voo já está sendo anunciado! – Kumary surgiu do nada pegando sua bolsa e a minha.

— Ei, eu posso carregar minha bolsa sozinha! – protestei indo atrás dela, escutei a risada de Gio atrás de mim.

— Para de drama, você está grávida e sua bolsa está um peso. – ela argumentou sem olhar para mim entregando a passagem para a camisaria de bordo. – Lembra o que a Dra. Cooper disse, nada de esforço exagerado.

Revirei meus olhos me dando por vencida. Kumary sempre conseguia o que queria.

[...]

O voo foi tranquilo, tirando o fato de que Kumary falou por 9 horas seguidas, Giovanna e Itzitery me pagam por ter me colocado ao lado dela. São umas 16h50min quando o avião pousou, quase sai correndo de dentro dele para não escutar mais a voz da minha gêmea. Mike e Lino estavam esperando a gente no portão de desembarque, corri para abraçar meu primo, fazia tanto tempo que não nos víamos pessoalmente.

— Kah! – ele me abraçou forte o suficiente para não machucar meu bebê. – E ai garotão! – ele se abaixou ao nível da minha barriga e depositou um beijo ali. – Tá grande, hein?

— Nem me fale, estou no quinto mês, mas minhas costas já não aguentam mais. – brinquei apoiando minha mão no final das minhas costas.

— Eu imagino. – ele riu quase caindo quando Kumary pulou em cima dele.

— Oi Lino. – foi a vez de o meu amigo me abraçar e beijar minha barriga. – Já se acostumou com o trabalho novo?

— Óbvio, eu sou um camaleão, minha linda! – ele brincou puxando o topete para trás.

— Oh Giovanna, olha o seu namorado incorporando o Benício de novo! – zombei me referindo ao personagem que ele fez para uma peça de teatro.

— Deixa ele, daqui a pouco eu incorporo a Emília e ele vai ver só. – Gio se aproximou dando um selinho no namorado.

— Vocês atores são estranhos! – Itzitery entrou na conversa se separando de Mike. – Vamos para casa? Quero dormir!

— Vamos, mais tarde iremos sair em um jantar com meus sócios!

— Vamos conhecer empresários, ai que tudo! – Kumary exclamou animada.

— Kumary eu vou por uma fita na sua boca! – resmunguei enquanto andava até o carro de Lino e Mike. – Eu quero ir a um carro onde a Kumary não vá.

— Sua ingrata. – minha irmã colocou a mão no peito como se estivesse ofendida. – Eu cuido de você como se fosse minha filha e é assim que você me trata?

— Ih começou o drama! – Itzitery entrou no primeiro carro e eu fui atrás.

— Eu vou com a Gio, ela me ama mais do que minhas próprias irmãs!

— Faça bom aproveito Gio! – Itzitery gritou da janela rindo ao ver que a nossa irmã fez o biquinho de criança que ela sempre faz quando esta prestes a fazer uma ceninha de drama.

Mike se sentou ao meu lado e pediu para que o motorista nos levasse até a sua casa, meus tios eram podres de rico e Mike estava só aumentando o patrimônio da família. Meus pais também são ricos, mas diferente dos pais de Mike e Gio, eles mexem com artistas. Minha mãe é produtora musical e meu pai é manager, eu sempre achei que iria ficar na frente da empresa quando me formasse na faculdade, já que era a única a se interessar pelos negócios da família, mas ai veio minha gravidez e meu pai me deserdou e cá estou eu pobre indo trabalhar para o meu primo e morando com ele por um tempo.

— Chegamos! – Michael anunciou abrindo a porta do carro me ajudando a sair.

— Isso é a Dreamhouse da Barbie? – Itzitery perguntou debochada olhando para a enorme mansão na nossa frente.

Se eu reclamei que iria morar aqui, não reclamo mais, isso aqui é um sonho!

— Essa DreamHouse é toda sua Stacy! – ele brincou apontando para a casa.

— Se você me compara com um personagem infantil de novo eu vou te bater! – minha irmã ameaçou nosso primo enquanto ia em direção à entrada da casa onde uma governanta e um mordomo nos esperava.

— Precisamos vacinar essa menina contra raiva. – Mike sussurrou para mim, me fazer gargalhar alto.

— Você se acostuma com o humor dela. – bati no ombro dele e fomos entrando na casa. – Eu sabia que vocês eram ricos, mas não sabia que eram da realeza.

— Não elogia muito, que estraga! – Giovanna apareceu atrás da gente rindo. – Kumary conseguiu enlouquecer o Lino.

— Kumary enlouquece qualquer um. – Itzitery debochou olhando em volta checando cada canto da casa.

— Isso foi uma ofensa ou um elogio? – nossa irmã surgiu sorrindo maliciosa. Dei risada negando com a cabeça. Agora estamos longe dos nossos pais, Kumary que não tenha juízo que vai acabar igual a mim.

— Pervertida. – Giovanna riu alto batendo o cotovelo na lateral do corpo da minha versão loira.

— Quero todos descansados, porque as 21h vamos ao um jantar com meus sócios! – Mike pediu enquanto subia as escadas.

— Sim, capitão! – eu e a Gio falamos ao mesmo tempo e depois caímos na risada.

A governanta nos mostrou onde era o quarto de cada um e fomos todos descansar.

Corrigido.