Capitulo 16

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Acordei com um choro de bebê, olhei para Rugge e ele estava balançando Isaac tentando o fazer parar de chorar.

— Acho que ele tá com fome. – falei chamando atenção do meu namorado. – Me dá ele aqui. – me arrumei na cama, Rugge suspirou aliviado quando Isaac parou de chorar assim que encontrou o bico do meu peito.

— Eu vou lá fora tomar um café e comer alguma coisa ok? – perguntou meio sem jeito. – Quer alguma coisa? – neguei com a cabeça. – Ok. Já volto. – beijou minha testa antes de sair.

Meu filho sugava o leite com vigor, aparentemente meu pimpolho estava com muita fome.

— Você é a coisa mais linda desse mundo, filho! – peguei umas de suas mãozinhas, percebendo o quão pequenas elas são.

— Quase me emociono com essa cena... – meu corpo gelou. Olhei para cima encontrando olhos verdes me encarando com maldade. – Olá Karola.

— O que você tá fazendo aqui? Como te deixaram passar? – apertei Isaac como forma de proteção.

— Que péssimo jeito de receber o pai do seu filho... – ele se aproximou me fazendo encolher as pernas. Gemi com a dor do recente parto.

— Você não é o pai do meu filho!

— Não? Eu me lembro muito bem naquela noite onde você gemeu que nem uma puta que você é.

— Sai daqui! Eu vou gritar... – ameacei tentando proteger meu filho das garras do loiro.

— Tenta a sorte. – me desafiou.

Quando fui abrir a boca, Lionel pulou em cima de mim colocando um pano em minha boca, em poucos segundo a escuridão tomou conta da minha visão.

Ruggero Narrando:

Fiquei um tempo na cafeteria do hospital antes de voltar para o quarto, estranhei quando não encontrei a Karol ali, muito menos o Isaac. Eu não sabia que eles teriam outros exames para fazer, uma enfermeira entrou no quarto um minuto depois que eu.

— Cadê a paciente? – me perguntou indo até a prancheta que ficava no final da cama.

— Eu te pergunto a mesma coisa, pensei que levaram ela pra fazer um exame.

Olhei para enfermeira que estava com o cenho franzido checando o prontuário de Karol.

— Não, ela já fez todos os exames, só o bebê que precisava fazer mais um exame.

Sai da sala correndo indo até as recepcionistas do andar, não era possível que Karol tenha sumido assim.

— Sua esposa foi levada por um enfermeiro.

— Que? Não é possível, uma das enfermeiras disse que ela já tinha feito todos os exames!

— Desculpe senhor, mas foi isso que a gente viu.

— Onde posso ver as câmeras de segurança?

— Senhor, não será possível... – a outra recepcionista começou a falar.

— Eu não quero saber, minha namorada provavelmente foi sequestrada com o meu filho! Eu quero ver as imagens de segurança AGORA!

— Ruggero? – escutei a voz de Mike atrás de mim. – O que está acontecendo? Por que você não está com a Karol?

— Eu acho que a Karol foi sequestrada, Mike.

— O que? Isso não pode ser possível...

— Eu sei que não, mas ela não está aqui, nem o Isaac. Michael, ela foi levada por um homem vestido de enfermeiro!

— Chamem os seguranças, por favor. – Mike pediu para as recepcionistas. Mesmo receosas, uma delas pegou o telefone e fez o que meu amigo pediu. – Ruggero, eu quero que você fique calmo, ok?

— Como, Michael? Como eu posso ficar calmo se minha mulher e o meu filho sumiram?

— Nós vamos encontrar eles, ok? Confia em mim.

Karol narrando:

Acordei sentindo meu corpo pesado, o quarto de hospital foi substituído por um quartinho empoeirado com as paredes mofadas, olhei para o lado encontrando uma caixa, Isaac se mexia desconfortável e resmungando. Lutei contra a gravidade que insistia em me deixar no chão, consegui pegar meu filho e o manter comigo no colchão velho e sujo.

Isso não podia estar acontecendo, estava tudo bem, por que essas coisas sempre acontecem comigo? Será que eu nunca vou conseguir ser feliz e ficar em paz?

Me encolhi ao som do ranger da porta, Lionel apareceu na porta sorrindo, eu conseguia ver o brilho da maldade em seu olhar e isso me dava medo.

— Vejamos quem acordou... – ele se aproximou se agachando perto de mim.

— Lionel, por favor para com isso! – pedi com a voz cheia de medo.

— Parar com o que? – se fez de desentendido. – Não está gostando do seu novo e luxuoso quarto? – abriu os braços olhando em volta. – Isso é tudo o que você merece!

— Por que você tá fazendo isso?

— Sabe Karola, a gente poderia ter sido muito felizes, mas não... Você insistiu em ter esse pirralho! – apontou para Isaac em meu colo, seu olhar está cheio de nojo e rancor.

— Não abre a boca para falar do meu filho, ok? – rosnei, apertando mais meu menino contra meu peito.

Senti uma dor intensa em minha testa, fiquei zonza por um momento, mas me mantive consciente para proteger meu menino.

Lionel havia me dado uma coronhada com a sua arma em minha testa, eu conseguia sentir o sangue escorrer pelo lado direito do meu rosto.

— Isso é para você aprender a não me desafiar ou me contestar... – apontou a arma para mim. – Vocês não vão sair vivos daqui, Karola, eu finalmente terei minha vingança!

Ele saiu do quarto me deixando sozinha com Isaac novamente.

— Vai ficar tudo bem, filho. – prometi mais pra mim do que para ele. Eu tinha que confiar que tudo vai ficar bem.


Eu to triste, tadinha da Kah e do Isaac.

Corrigido.

𝐁𝐚𝐛𝐲 𝐈𝐬 𝐂𝐨𝐦𝐢𝐧𝐠 || 𝐑𝐮𝐠𝐠𝐚𝐫𝐨𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora