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Karol e Lionel estão caídos no chão, uma poça de sangue se formava debaixo do corpo do loiro. Corri até eles me abaixando ao lado da minha namorada, Karol estava desacordada, ela não tinha nenhum ferimento de bala, mas Lionel sim.
— Karol. – chamei, segurando seu rosto com medo de a machucar mais. – Ei, meu amor, já acabou. Acorda. – eu chacoalhei levemente seus ombros, mas nada. Nenhuma resposta. – Por favor. – implorei baixinho encostando nossas testas não me importando com o sangue seco.
Um grupo de paramédicos correram até nós, dois deles foram checar Lionel e os outros 3 vieram até nós.
— Precisamos que o senhor se afaste! – um deles pediu com uma mão no meu ombro já me puxando para longe.
Vi quando começaram a fazer massagem cardíaca na minha Karol, outro paramédico chegou com uma maca prontos para imobilizarem e levarem ela. Isso não é boa coisa, eu sei que não.
— Karol! – chamei mais uma vez ainda sendo segurado pelo homem.
— CÓDIGO VERMELHO. REPITO. CÓDIGO VERMELHO. – o que estava fazendo os primeiros socorros na minha mulher gritou. Todos se mobilizaram levando a maca correndo para dentro da ambulância. Tentei ir atrás, mas continuei sendo segurado por um deles.
— O senhor não pode acompanhar a moça, alguém tem que ficar com o recém-nascido.
Vi a ambulância sair em disparada, não me dando tempo de falar que Michael poderia ficar com Isaac.
— O que significa código vermelho? – perguntei ao homem que apenas negou se afastando não me dando nenhum tipo de explicação.
Puxei meu cabelo frustrado sentindo um nó enorme na minha garganta, comecei a ir até a ambulância que meu filho estava, Mike se aproximou correndo, parecia estar bravo.
— O policial não me deixou passar me segurou até o último momento, eu ouvi um tiro, o que aconteceu? Cadê a Karol? Ela tava naquela ambulância? O que aconteceu? – segurou meus ombros me olhando a espera de resposta. — Fala Pasquarelli!
— Karol foi levada já, ela estava destruída Mike. – chorei abraçando meu amigo.
— Mas ela está viva né? Cadê o Isaac? E o Lionel? – ele olhou para trás a tempo de ver os paramédicos cobrindo o corpo do loiro.
Lionel estava morto.
Mike voltou a me olhar, eu pude ver alívio em seus olhos, não o julgo, pois me sinto da mesma forma, ele queria matar minha família, ele achou o que não queria.
— Quem de vocês dois é o pai da criança? – uma moça se aproximou.
— Sou eu. – tentei afastar as lágrimas do meu rosto, não consegui muito sucesso já que meus olhos pareciam duas torneiras quebradas.
— Vamos para o hospital apenas fazer alguns exames que não dá para fazer aqui, mas ele está bem. Já estamos indo, precisamos que o senhor venha conosco.
