Capítulo XIV

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Nos primeiros dias após a partida do Kylo eu pouco saí da nossa suíte

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Nos primeiros dias após a partida do Kylo eu pouco saí da nossa suíte. Seu cheiro estava impregnado pelo ambiente e no meu corpo, como uma segunda pele. Ao mesmo tempo que era reconfortante, me fazia sentir mais ainda a sua ausência.
Eu me agarrava aos últimos momentos que tivemos juntos naquele quarto amplo e claro, em tons de branco e azul. Naquela cama, onde agora só os travesseiros ocupavam um lugar vazio. Passava algum tempo sentada na varanda de onde se podia ver ao longe a mata. Nyssa estava inquieta e sentia uma mistura de saudade e aflição, assim como eu.

*- Quando eles voltarem, você vai dar uma volta com Zac.

*- Sinto tanta saudades do meu lobo.

*- Eu também, Nyssa. Não sabia que podia doer tanto ficar longe do Kylo.

Arrumando minhas coisas que vieram de Vancouver, eu deixava as horas se arrastarem, não sentia nem sono, nem fome. Ouvia quando Valerie entrava na casa, mas não queria conversar ainda. Das vezes que desci, indo até a cozinha, encontrei a mesa posta com o café da manhã e sempre um bilhete delicado que ela deixava, me avisando que voltaria.

Aos poucos fui conhecendo a casa que é bem grande, organizada e decorada com capricho. Procurando minhas malas que estavam em outro aposento, eu entrei no quarto onde Valerie arrumou minhas coisas e fiquei encantada. Ele foi pintado num tom de lilás claro e branco, as cortinas com delicadas flores, os móveis laqueados e a cama com um dossel. O quarto de uma princesa esperando por mim. Abaixo da sacada, um canteiro de flores coloridas que exalavam um leve perfume. Mesmo que não o ocupe, decidi manter esse quarto intacto, até que uma linda menina de olhos lápis lazúli venha ocupa-lo. Eu sonhava com um futuro feliz, apesar de todas as adversidades que enfrentávamos.

Acabei encontrando o quarto do meu pai. Impecável e clássico como sua personalidade, em tons de bege e branco. Uma poltrona próxima a uma mesinha, onde um livro espera a volta do leitor. Havia fotos sobre a mesa e eu estava em uma delas.

Eu coloquei junto a elas, a foto dos dois homens da minha vida, que eu trouxe comigo. Me lembrei quantas vezes tentei adivinhar o que se passava no coração do Kylo, através daquela imagem, do seu sorriso encantador e daquele olhar indecifrável. Por que ele me desprezava a ponto de nunca ter tido a curiosidade de me conhecer? Teria meu nascimento causado tanto desgosto a sua família, que ele me odiava só por eu existir? Na verdade, eu me sentia atormentada por sentimentos desconhecidos, tanto para mim, quanto para ele.
Tais pensamentos me deixavam triste, mas eu os escondia e nunca perguntei ao nosso pai.

Tais pensamentos me deixavam triste, mas eu os escondia e nunca perguntei ao nosso pai

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