Capítulo XIX

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Meu Beta pára na porta e quase volta, ao sentir a tensão entre mim e Arwen

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Meu Beta pára na porta e quase volta, ao sentir a tensão entre mim e Arwen.

— Desculpem.

— Ian, onde está Valerie?

— Deixei ela a caminho de casa.

— Vou falar com ela.

Arwen sai sem se despedir de mim, nem sequer olhou para trás. Ian lhe dá passagem e fecha a porta. Vejo que está tão contrariado quanto eu. Me sento esperando a próxima bomba e ele finge que não vê a bagunça que eu fiz.

— Kylo, que loucura é essa desse vampiro ser companheiro da minha irmã?

— Parece que ele tem uma metade lobo que a reconheceu.

— Não posso acreditar. Esse canalha sanguinário. Vimos o que estava fazendo pelo caminho e àquela alcatéia.

Como imaginei, Ian não aceitaria fácil um vampilobo como cunhado, mas infelizmente a decisão não seria nossa. Ele anda de um lado para outro, me deixando tonto.

— Como Valkie reagiu?

— Esta muito perturbada.

— Ela o reconheceu também.

— Foi muito rápido, talvez haja um engano. — diz esperançoso.

O encaro, esperando que ele caia na real.

— Lucien quer falar com ela.

— Ele ainda está vivo?

A pergunta soou como uma cobrança, o que não era seu comportamento habitual. Mesmo sendo como meu irmão, ele respeitava os limites da minha liderança e dificilmente discutia as minhas decisões.

— Ian, eu entendo seu desgosto, mas esta será uma escolha da Valkie. Se o fato se confirmar, ela pode até rejeita-lo...

Essa era uma hipótese terrível, pois significava viver sem o companheiro para sempre. Contudo, era impensável aceitar um vampiro na nossa família, mesmo ele tendo nascido Licaon.
Relatei a situação do meu pai e as intenções de Lucien. Não podia esconder nada do meu Beta, mesmo esperando uma péssima reação.

— Ele está disposto a nos ajudar com o resgate do meu pai. Em troca quer minha autorização para viver aqui na alcatéia, se Valerie assim o desejar.

Ele fechou os punhos e quase seu lobo se apresenta. Se isso acontecesse agora, nem eu poderia detê-lo e Lucien estaria realmente em risco de morte.

— Irmão se controle, por favor.

Ele respira fundo, numa luta interna e por um instante achei que não conseguiria. Então, abre os olhos e me encara.

 Então, abre os olhos e me encara

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