Capítulo 8 - Grande Corredor dos Funcionários [Jeongyeon&Jimin]

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AUTORA

Outro corredor...

Há dois anos, ela teve seu coração partido ao meio. Parecia que ele havia rachado literalmente dessa vez. Sentia muita dor no peito, sentia uma sensação gelada sobre sua pele, como algo escorrendo de dentro dela e drenando toda a energia que ela possuia.

Porque ele a odiava tanto? Será que ela era tão... Repulsiva? Porque ele zombaria dela daquele jeito? O que fazia os sentimentos dela parecerem dignos de riso?

Havia um fio de esperança nela. Quando passou o desespero ao ver que a carta que escrevera não estava com ela, se consolou pensando que ele, ao ler as palavras dela, aceitasse a possibilidade de serem amigos. Isso já a deixaria imensamente feliz. Já seria tudo pra ela.

Mas ele zombou dela. Mostrou o coração dela para os outros meninos e riu dela

O choro voltou, junto com uma vergonha enorme. Ela queria desaparecer. Nunca mais queria vê-lo. Pensar na cena vez após vez estava matando ela de vergonha.
E o amava tanto que sentia raiva de si mesma.

Enquanto isso, ele assistia de longe, sem saber o que fazer. Ela chorava muito, soluços e gemidos. Ele, sentia vergonha de admitir, mas sentia que chorava também. Não sabia que era possível pra ele ferir alguém daquela maneira. Era o tipo de poder que ninguém deveria ter ou usar.

Queria se explicar.

Esperou. Cinco, dez, quinze minutos haviam passado, até que ela se acalmou. Provavelmente tinham pouco tempo até a premiação acabar. Mas, não podia deixar ela ir embora sem dizer algo.

Se aproximou devagar. Um soldado entrando em conflito direto no campo de batalha. Ela estava de costas, parecendo tão menor, tão pequena e indefesa. Ele se sentiu um monstro ainda pior.

Respirou fundo.

Ela suspirou.

- Jeongyeon-ssi - ele se aproxima mais alguns passos, para estar ao lado dela. Ela está de cabeça baixa e muito vermelha - me-me desculpe... Eu...

- Sunbae - ela se levanta devagar e faz uma reverência, sem olhar pra ele. A voz rouca e fraca pelo choro - com licença.

- Espere - ela passa ao seu lado e ele segura o pulso dela - eu não tive a intenção de feri-la. O Tae... Ele é meu melhor amigo. Ele me pediu pra ver a carta quando falei com ele sobre isso... Eu acho que ele gostou de saber que você...

- Não preciso saber dos assuntos de vocês Sunbae - ela se afasta, com delicadeza - não se preocupe com isso. Já passou.

- Jeongyeon...

- Jimin Sunbae - os olhos dela voltam a marejar - eu não posso fazer isso.

E com outra reverência ela se foi.

JEONGYEON

- Ai meu Deus... O que foi isso? - minha voz sai rouca e esquisita - Que grito horrível.

- Isso é o seu hotel superseguro - escuto a voz do Jimin perto do meu ouvido e dou um pulo pra longe, quase derrubando minhas preciosas pizzas novamente. Desse jeito não vai sobrar nada para comermos. - Acho que agora precisamos ficar onde estamos - ele continua a se aproximar quando me afasto e sinto toda a minha pele ficando arrepiada.

Não posso fazer nada. Não faço ideia de quem gritou e porque gritou, mas se for perigoso não posso mesmo ir até o saguão para descobrir, mas também não posso ficar aqui com ele. Me parece perigoso também. É doloroso demais pra aguentar. O que posso fazer?

7 Minutes in HeavenOnde histórias criam vida. Descubra agora