Eu voltei

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"Olho de coelho, harpa a tocar..."
Harry Potter e a Pedra Filosofal

Ministério da Magia
12:04 p.m
D.M

Assim que recebi minha pena, percebi que as pessoas estavam insatisfeitas, mas ela não, me olhou com orgulho e ainda sorriu, nunca pensei que aquela sangue ruim me ajudaria, mesmo eu tendo salvo sua vida, duas vezes, é ela precisava me agradecer mesmo.

Caminhei cambaleando, sem forças em direção aos braços da minha mãe, que esta toda chorosa, sem se importar com o fato de estar todo sujo ela me envolveu em seus braços, senti seu cheiro de narciso, sim minha mãe tem um cheiro da flor de seu nome, nunca admiti mas acho encantador.

- Draco querido - Soluçou - Está tão magro, o que fizeram a você - Olhei nos olhos dela, deve estar tão sozinha, sem meu pai ao seu lado, já que ele foi beijado por um Dementador a um ano, ao mesmo tempo que fui levado a Azkaban, como deve ter sofrido.

- Mãe eu voltei - Ela passou a mão no meu rosto quase como se não acreditasse e me abraçou novamente, senti o cheiro de morango e chocolate que a sangue ruim exala, minha boca foi mais rápido que minha consciência.

- Obrigado - Falei, ela parou no lugar virou e sorriu antes de continuar seu caminho, mas eu queria tocar em sua mão e sentir sua quentura, queria que ela com toda aquela chama que exala, me aquece-se, afastei os pensamentos da minha cabeça.

- Vamos? - Perguntou minha mãe.

- Vamos mãe - Saímos em silêncio do ministério, as pessoas me olhando como um estranho, minha varinha foi devolvida, a coloquei no bolso, antes de partimos de vez.

Aparatamos assim que chegamos do lado de fora, em minha frente apareceu a mansão dos Malfoy, suspirei.

- Lar doce lar - Comentei, o grande portão abriu e entramos, atravessamos o jardim agora mais florido - Você anda cuidando do jardim?

- A senhorita Granger foi muito gentil, quando você foi preso e seu pai bom... ela não me quis deixar sozinha, no começo a rejeitei pois sabe, seu sangue, mas ela vinha todos os dias, sentava na frente da lareira na sala e lia um livro enquanto eu ficava no outro sofá soluçando, sem forças para comer ou viver - Senti a dor dela em todo meu ser.

"... foi horrível, mesmo assim lá estava ela, até que um dia perguntei por que continua com aquilo sabendo que a odeio?..."

Dona Narcisa riu.

"... pelo Draco e o que significa para ele, porque uma vez achei que meu mundo ia cair e ele me segurou, e também ele não vai gostar de encontrá-la assim..."

- Granger só se mete onde não é chama - Resmunguei, mas de alguma forma isso me tocou.

- Ela me ajudou a levantar, comer, tomar, banho e finalmente ir para a cama dormir, no final viramos boas amigas, foi quem me ajudou a cuidar do jardim, fizemos no modo trouxa, disse que assim eu iria pensar menos nas coisas ruins - Chegamos na porta, entramos por algum motivo não senti a casa fria, mas aconchegante.

- Vou tomar um banho - Anunciei.

- Vai lá querido, eu vou pedir para os elfos cuidar da sua mala e matérias para a escola amanhã - Assenti.

Subi as escadas, passei pelos corredores e entrei em meu quarto, tirei essa roupa e finalmente entrei de baixo de um chuveiro quente, fiz a barba, e foi como tirar um peso enorme de mim.

Até que lembrei dela.

Não acredito que venho cuidar da minha mãe, o que tem na cabeça? Por que insiste em mim? O que fiz para merecer que seja bondosa? Eu nunca fui legal com ela, sempre a chamando de sangue ruim, então por que? Nunca vou entender, o que se passa em sua cabeça.

Dramione - Lady Sunshine And Lord ColdOnde histórias criam vida. Descubra agora