Umas meditam, outras dormem...

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  Caímos no sono.

  Acordo de madrugada, pelada, em uma cama que não me pertence. Olho para o lado e vejo Manuela vestida com uma camiseta, e dormindo abraçada com um travesseiro. Ela dorme sorrindo. 

  Tento sair da cama me mexendo o menos possível, mas não tem jeito; ela abre os olhos, e me vê.

  - Er... oi. - digo, enquanto visto minhas roupas que estavam caídas no chão. - Já estou indo embora, não se preocupe.

  Ela senta na cama e esfrega os olhos. Seu cabelo está lindamente bagunçado.

  - Pra quê a pressa? - pergunta. - Fica.

  Paro o que estou fazendo, incrédula.

  - Você tem jogo amanhã - olho no relógio, são 3 da manhã - hoje, na realidade. 

  Ela dá de ombros. Meu Deus, como ela tá linda. 

  - E daí? 

  - Você precisa se relaxar e se concentrar. - digo.

  - E o que me impede de fazer isso com você aqui? - ela solta uma risadinha, visivelmente grogue de sono. - É sério, fica.

  Suspiro.

  - Você sabe que eu não posso. - falo. 

  - Só dez minutinhos, então. - ela tenta negociar - Você me acordou, e agora não vou conseguir dormir. É o mínimo que você pode fazer. 

  - Tá bom, ta bom.  - digo, derrotada. Termino de vestir a roupa e sento na poltrona - Dez minutos.  

  Ela abre um sorriso. 

  - Estava pensando aqui... - digo, puxando assunto - você tem métodos bem diferentes de se concentrar.

  - É, vou ter que concordar. - ela passa a mão no cabelo, com um sorriso debochado no rosto - Umas meditam, outras dormem. Já eu...

  - Você fode. - falo, o mais séria possível. 

  - É, mais ou menos por aí. - diz, deixando uma risadinha escapar pelos lábios. 

  E assim o assunto morre. Mas tem algo no ar, uma tensão. Algo a ser dito. 

  - Você tá nervosa, não tá? - pergunto, cautelosa.

  - Não mesmo. - ela abaixa o olhar e esfrega as mãos. Eu a encaro, como se dissesse eu sei que você tá mentindo - Ai, ta bom. To nervosa para um caralho.

  Solto uma risada, e ela ri junto.

  - Vai dar tudo certo amanhã, você vai ver. 

  Ficamos conversando por um tempo, quando ela vai ao banheiro. Espero ela voltar quando ouço uma risada. Ela volta para o quarto, vestindo um top e shorts de pijama.

  - Qual parte de sem marcas você não entendeu? - ela diz, com as mãos nos quadris. A região de seus seios tem várias marcas roxas. Abro um sorriso sapeca e a encaro. Seu semblante não expressa raiva.

  Me levanto e chego perto dela, colocando as mãos em sua cintura e a puxando para perto.

  - Você disse visíveis. - digo, rindo. Olho para os seus lábios, depois volto para seus olhos - Não pude evitar.

  Tento unir nossas bocas, mas ela não deixa. Ela faz que vai me beijar, mas no último segundo se afasta, com um sorriso safado. Essa garota adora me torturar. 

  - Vamos lá, um beijo de boa sorte.

  Ela me faz uma carinha de desentendida, para depois me beijar. 

  

***

Eai galera, desculpa pelo capítulo MINÚSCULO, mas prometo que vai vir coisa boa por aí... O que estão achando da fic até agora? Alguma sugestão?

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The Journalist - Manuela GiuglianoOnde histórias criam vida. Descubra agora