Capítulo: 19

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Allyson narrando


– O que faria se eu te beijasse agora?
– Perguntou fazendo com que eu sentisse seu hálito em meu rosto.

– Acho que retribuiria. – Sussurrei.

Antes que eu pensasse melhor na pergunta dela e na minha resposta, a boca macia tomou a minha, senti que ela ainda andava, mas não me importei, queria aproveitar aquela sensação.

Senti que ela havia se sentado, meu corpo ficou ainda mais próximo do dela, minhas mãos se enfiaram em seus cabelos.

Aquilo era tão bom, o modo como sua língua se entrelaçava com a minha como suas mãos apertavam meu corpo...

Quando nos separamos, ambos arfávamos.

Seus olhos estavam fixos nos meus, sua testa colou na minha, mas nossos olhares permaneciam conectados.

– Você não acha isso estranho?
– Perguntei, referindo-me ao fato desses beijos estarem se tornando muito frequentes.

– Acho natural. - Deu de ombros e sorriu, dando-me um selinho. Acabei sorrindo também.

– Acho estranho. – Admiti.

– Por quê?

– Até alguns dias atrás eu te odiava, não suportava olhar para você e agora estou aqui. – Apontei para mim mesma que estava em seu colo, ela deu de ombros e sorriu.

– É meu charme. – Piscou o olho. Eu ri balançando a cabeça.

– Estou querendo dizer que...

– Ah, nem começa, você vai dizer algo, que vai te lembrar algo que vai te fazer brigar comigo. – Me interrompeu.

– Mas... – Tente retrucar.

– Mas nada, vamos só curtir isso aqui, vai? Deixa as coisas rolarem. – Sussurrou a última parte.

Rendi-me a isso beijando seus lábios mais uma vez.

– será que não podemos ir para outro lugar? – Perguntei.

– Quer ir para outro lugar?

– Pode ser.

– então tá. – Levantou-se comigo no colo, e ao contrario do que eu tinha proposto, ao invés de sair do apartamento, ela me levou por um corredor, parando na última porta, que estava entreaberta, a chutou revelando um belo quarto.

A cama no centro dela era grande, uma TV enorme. Uma mesa de cabeceira com um abajur e alguns livros.

Corei ao ver que era o quarto dela, ela me levou ate sua cama, me colocando nela, encostou minha costa na cabeceira da cama.

– Por que estamos aqui? – Perguntei com a voz baixa.

– Você disse que queria ir para outro lugar. – Deu de ombros e se afastou, eu ri um pouco nervosa. Ela foi ate a mesa de cabeceira e abriu uma gaveta, pegou algo e sentou-se ao meu lado. Era um tablet, ela o ligou.

– Pra que isso? – Perguntei.

– Vou te mostrar uma coisa. – Disse, esperou o aparelho carregar, e logo abria pastas e mais pastas, mexia rapidamente mostrando o quão bem entendia daquela coisa.

Depois me estendeu o aparelho, eram fotos.

Mas não eram quaisquer fotos.

Ela estava em todas, mas em todas elas havia alguma criança deficiente.

 •Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟  B͟y͟  A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)Onde histórias criam vida. Descubra agora