•Di̾n̾a̾l̾l̾y̾• √ L͟o͟v͟e͟ B͟y͟ A͟c͟c͟i͟d͟e͟n͟t͟ (ᵍⁱⁱᵖ)

Capítulo: 23

Allyson narrando

UM MÊS DEPOIS:

- Vem, sem medo. – Ela sussurrou me olhando nos olhos.

- Tenho medo. Muito medo
– Sussurrei de volta, meus olhos enchendo de lágrimas.

- Eu estou aqui, não vou te deixar cair. – Disse convicta.

Eu sabia que ela não me deixaria cair, mas eu tinha medo de não conseguir... De me decepcionar, e decepcionar a ela. Por que eu via o orgulho que ela tinha nos olhos, ao me ver de pé.

- E se eu não conseguir? – Mordi o lábio nervosa.

- Ai, nós continuaremos na fisioterapia, e na hidroterapia,
até suas pernas voltarem a se fortalecer. – Disse sem se abalar por meu medo.

Automaticamente minhas mãos se fecharam com força na barra de ferro. A barra gelada me intimidava.

Ouvi o suspiro de Dinah e ergui meus olhos, vendo sua expressão ficar pensativa, logo depois seus rosto clareou como se tivesse tido uma ideia.

- O que foi? – Perguntei vendo ela pegar uma de minhas mãos.

- Você esta com medo da barra.
– Disse firme, ela nem ao menos perguntou, simplesmente afirmou. Assenti abaixando um pouco a cabeça e fechei os olhos. Não queria ser fraca.

Abri os olhos quando senti que era erguida, Dinah estava m tirando do meio das duas barras, colocou-me de pé novamente no tapete.

Pegou minhas duas mãos, esticando nossos braços, nossos corpos com dois passos de distância.

- Vem Allyson... Vem pra mim.
– Sussurrou, os olhos brilhando.

Sem nem pensar minha perna esticou-se deixando-me mais próxima dela, a outra perna fez a mesma coisa, mas Dinah deu  mais um passo para trás, tentando alcançá-la dei mais um passo, fizemos isso umas três vezes, até ela abrir um sorriso e deixar eu me aproximar, me abraçou fortemente, deixando minha cabeça em seu peito, eu podia escutar as batidas rápidas de seu coração.

- Eu consegui. – Sussurrei sentindo as lágrimas quentes deslizando por meu rosto, senti sua mão em meu cabelo.

- Sim, você conseguiu, amor. Você é forte. – Ergui meu rosto, querendo ver seus olhos, mas seus lábios cobriram os meus.

Sem nem pensar, retribui seu beijo delicioso. Não importa quantas vezes eu a beijasse, sempre seria como a primeira vez, seus lábios sempre macios e delicados com os meus, mas com uma sensualidade impressionante, puxei seus cabelos com força, um pequeno gemido saindo de meus lábios... Era impossível me controlar, ela me afastou um pequeno sorriso em seu rosto perfeito.

- Como esta se sentindo? – Perguntou.

- Realizada – Dei um pequeno sorriso. – Não sabe... O quanto isso é importante para mim, eu estou de pé, eu sinto minhas pernas... Vou voltar a ser independente. – Balancei a cabeça lentamente. - Isso nem tem preço.

- Tenho certeza que não. – Deu-me um selinho.

Eu estava eufórica... Estava me sentindo completa... Feliz como a muito tempo eu não sentia.

- Obrigada. – Sussurrei enterrando a cabeça em seu peito.

- Pelo quê? Exatamente. – Sua voz estava confusa.

- Por ter me ajudado, por ter me aceitado... Por ter cuidado de mim.

- Não precisa me agradecer... Quem ama cuida, já ouviu essa frase?