Então, esses dias demorei para postar, devido estar debatendo com a co-autora, a Ingrid qual final esses personagens cabeças-duras teriam. Chegamos em uma conclusão, essa.
Fizemos com o coração, espero que gostem :)Alguns meses depois...
O estudo sobre o comportamento humano sempre me fascinou. Eu fui uma jovem vidrada em livros de psicologia e dei muito de mim pra virar uma profissional capaz de passar confiança para os meus pacientes. E eu me recordo de cada um deles, dos seus medos, preocupações e objetivos sufocados pela pressão que recebiam em suas vidas. Eu me recordo também de que todos os objetivos — dos quais alguns desistiam e outros ainda persistiam — no fundo teriam o mesmo fim: levá-los a sua própria felicidade.
A felicidade de conseguir montar seu próprio negócio, de conseguir superar problemas familiares e principalmente consertar sua vida amorosa a beira do fim.
Ouvir sobre isso me fazia pensar se eu também, no fundo do meu coração, não pensava assim. Afinal, apenas ter minha tão sonhada clínica e ser autossuficiente financeiramente não era meus únicos desejos. Eu também queria desfrutar do sentimento de construir uma família.
Eu só não esperava que fosse tão súbito... Tão fora do meu controle.
Vejo agora que eu mais parecia um robô dizendo 'agora isso e depois aquilo'. Sempre tão focada em não querer parecer como outros, que tratavam o amor como prioridade. Traços claros de uma pessoa mal amada e não resolvida com o passado.
Em meus momentos reflexão procuro não mais pensar na época em que eu queria parecer tão madura, que deixei a minha bola de problemas com Mateo crescer. Procuro também não pensar que eu tirei sua vida, pois isso traz à tona as consequências não resolvidas desse problema.
Agora tenho algo muito mais importante para me preocupar. Eu tenho uma filha. Tenho uma família. Finalmente estou alcançando a mesma felicidade que sempre vi as pessoas ao meu redor conseguirem.
Felicidade para mim era algo tão abstrato, impossível de tocar. Mas agora eu percebo que felicidade pode estar literalmente ao alcance das minhas mãos. E eu posso assisti-la brincando tranquilamente em seu berço enquanto seu pai, que completa o conjunto da felicidade, ainda aos dorme ao meu lado.
A nossa convivência nos últimos meses me fez descobrir muito mais sobre mim, do que sobre ele. Porque desde a nossa primeira conversa ele nunca escondeu o que pensava. Sempre sendo direto e sarcástico enquanto eu construí muros e muros para não mostrar a ele a minha eu verdadeira.
A Antonella insegura e ingênua que se escondia atrás da imponente psicóloga que eu mesma criei para manter minha imagem segura.
Passei tanto tempo me preocupando com sua mentira que me esqueci de abrir os olhos para ver algo que também importava: o seu esforço em que me deixar confortável e em mostrar como ele verdadeiramente é.
Carinho, atencioso. Um homem que coloca a família em primeiro plano. Alguém para quem você pode contar seu sonho de infância e que pode fazer você achar que aquilo é idiota, por causa da sua expressão desinteressada, quando na verdade ele está se preocupando em como ajudar você a finalmente realizar o seu desejo.
Sem esquecer que ele tem se mostrado um excelente companheiro e pai.
Depois que voltou para casa, Lucca acompanhou atentamente a recuperação da minha gravidez e moveu céus e terra para que tudo ocorresse calmamente para mim, considerando todo o estresse que sofri antes.
É engraçado pensar nisso agora, pois o foco era ajudar Lucca a dormir, e no fim foi ele quem me ensinou e me deu mais do que eu esperava. Estou feliz por ter deixá-lo atravessar as barreiras do meu coração.
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Divã (Concluída)
ChickLitO cotidiano na direção da máfia é algo bastante exaustivo, e isso fica ainda mais evidente quando nota-se que Lucca Martinelli, o braço direito do grande líder da família Martinelli, é alguém que sofre com problemas de insônia e que após seguir os c...