Lucca

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Ooi, nem acredito que chegamos em 3K e 1K de favoritos. Ual! Vocês são demais meninas, somos muito gratas! ❤️

Ps: Não deu para responder os comentários do capítulo passado, sabe lua-de-mel hehehe( ou era responder ou postar o capítulo)  mas li todos e Obrigada pelo carinho.

Por Lucca,

Olho pela janela e vejo um dos empregados limpando a piscina do jardim. Tem um tempo desde que não mergulho, um bom tempo. Acordei cedo hoje para correr e pelo aplicativo do celular eu corri três quilômetros, nada mal. Uma corrida matinal é boa para exercitar o corpo.

O dia amanheceu meio termo, sol e frio. Excelente.

Pego o meu relógio e coloquei no pulso, já está na hora do café da manhã. Fecho a porta do meu quarto e sigo em direção à sala de estar.

Cruzo com Paola descendo as escadas. Sete da manhã e ela já está com aqueles fones de ouvidos. Um trem pode buzinar e ela não escuta.

Painfully beautiful, so beautiful. — ela canta, deveria ser proibida, já que não tem talento para tal forma de arte. Quando percebo já estou rindo e ela retira os fones.

— Qual é a graça, fratello? — ela questiona.

Eu posso realmente deixar isso passar, mas é uma bela oportunidade de azucriná-la pela manhã.

— Você é uma péssima cantora.

— Essa hora, Lucca? Me deixa. Che cosa.

Io non creio, já estão brigando cuesta ora. — mamma reclama. — Sentem-se os dois sem discussões e Paola tire esse fone do ouvido.

— Estava escutando uma música do Il Volo. — como eu sou o atual chefe da família, me sento na cadeira principal e logo noto a ausência do meu pai.

— Onde está papa? — pergunto.

— Logo irá descer.

Mamma, terá um concerto do Il Volo aqui amanhã, posso ir? — Paola pede, colocando um lado do fone para que mamma possa ouvir.

— Mas sonno americani?

Non, são italianos, mas cantam essa em inglesi. Chama-se Dolorosamente Linda em nossa língua, não é linda?

Dolorosamente linda.

— Não entendo nada. — mamma comenta, provavelmente está preocupada com a demora do meu pai. — E não é bom você sair nesses lugares.

— Começou. — ela revira os olhos, demonstrando seu descontentamento com a resposta. Parece que teremos uma briga familiar pela manhã.

Bebo um copo d'água, pensando na música de Paola que fez lembrar-me do sonho que tive essa noite. Sonhei com minha psicóloga e eu transava com ela em seu divã. Não foi um tipo de sonho sem sentido que aparece e mal nos lembramos do início, meio e o fim. Muito pelo contrário, eu me lembro de tudo.

Eu a seguia numa rua deserta, caminhávamos e conversávamos, depois estávamos em seu consultório, ela chorava e eu ia acalmá-la. Lembro-me de jogá-la no divã e tirar sua roupa. Belle. Seu corpo era maravilhoso e eu a todo tempo a chamava de bela.

Dolorosamente Linda.

Eu nem sei se ela é assim por baixo daquelas roupas. Isso me causou uma ereção noturna daquelas e tive que terminar do jeito arcaico. Talvez minha mãe esteja certa, talvez eu precise de alguém.

Divã (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora