Martinelli Lucca III

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11k muito Obrigada suas lindas!

Por Lucca;

Meu olhar está fixado na pistola, assim como ela, eu estou carregado de sentimentos que vão de raiva à preocupação com os que estão por lá. Ataques relâmpagos como esse costumam causar danos por pegarem todos desprevenidos.

Minha perna direita se move freneticamente. Enzo desvia de um caminhão e acho que tombou, não me viro para trás para conferir. Coloco a ponta da entrada na minha cabeça e faço uma prece silenciosa. Não sei se os santos irão me ouvir, talvez eu deva ter os espantados com a quantidade de ódio que está sendo destilado pelo o meu corpo.

— Você está morto, caro amigo, você está morto. Você não vai chegar ao final da rua ainda caminhando.

Escuto de longe a rajada de tiros sendo trocada. Um carro preto passa por nós, é o carro da família do Garibaldi. Eles passaram em toda velocidade.

— Se abaixem! — Enzo grita nos avisando, uma chuva de tiros é lançada contra nós. Os que estão ao meu lado por instinto colocam a mão no rosto para se proteger, eu fico imóvel do mesmo jeito.

— Cazzo! Blindado, blindado. — há um alívio na voz do capo no banco do passageiro.

— Abaixo do seu banco há um lança míssil portátil. — informo para o homem a frente. — Puxe e atire. — ordeno.

Sem questionar ele se abaixa até o local ordenado.

— Cazzo! — ele diz assombrado.

— Abençoado seja o Vitor e sua puta mania por armas. — Enzo vibra.

Eu nada digo, apenas aperto o botão da janela e ela desce para que o capo mire no carro, os tiros ainda estão contra nós e alguns entram atingindo o teto.

— Vão para o inferno figlios de una puttana! — e diz enquanto atira.

Minha cabeça está abaixada fixando meu sapato recém-engraxado. Eles brilham, mas não tanto quanto as chamas vermelhas e douradas do carro atingido pelo míssil.

— Cazzo, cazzo, cazzo!

O capo grita dentro do carro. Alessandro está tão maravilhado que quase perde a direção, no entanto ele se encontra e continua veloz ao nosso destino.

Não demoramos a chegar perto de casa. Tem dois carros no lado de fora, os disparos são intensos, se assimila as trocas de tiro da Faixa de Gaza.

— Não nos notaram. — garante Enzo já puxando a arma. — Qual é a ordem padrinho? — ele questiona.

— Matem todos! — ordeno e saímos do carro disparando. Alguns capos deles nos avistam, uma intensa troca de tiro é iniciada.

Mesmo sendo uma pistola fenomenal, a minha Desert Eagle é lenta para mim, apenas sete munições. Me abaixo e engatinho até o porta-malas do carro, ele está carregado. Como sempre o carro de um chefe tem que estar preparado para necessidades como essa. Pego uma AK47 e encho o meus bolsos de pentes para ela.

Me levanto após carregá-la, miro na direção deles e disparei dezenas de balas por segundo. É um espetáculo, meus cumprimentos a Kalashnikov, sua invenção é genial. Sigo atirando e dois são abatidos, o estrago que ela fez é enorme. Fuzilo a lateral do carro deles.

— Abaixa! — Enzo grita e eu sigo seu pedido. Um míssil passa por mim. O belo carro inglês deles é explodido, a intensidade é tamanha que me escondo, procurando proteção das peças que voam. Um motor cai ao meu lado atingindo o meu carro. Puta merda! E uma cabeça também. Antes a dele que a minha.

Divã (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora