Livro 10 - Amor De Um Vampiro

Capítulo 16

Depois de um banho longo de espuma meu corpo se relaxava , me deito na cama olhando o teto suspirando enquanto fechava os olhos , Dominic viria mais tarde naquela noite e minha mente não me dava tréguas, aquele quadro me tinha  deixado um pouco sem ação .

Havia uma dúvida e um receio latente na minha mente, será que eu estava sendo vigiada desde que tinha chegado de Itália,ou será que alguém seguia o percurso de minha vida. Mas porque fariam isso? Minha vida não era tão  interessante assim, ainda mais depois de todas as dificuldades que passei  até alcançar o sucesso , uma ajudinha tinha sido bem vinda nessa altura e ninguém apareceu para o fazer .

Tento relaxar dissipando o pensamento de uma conspiração elaborada contra mim, não havia motivos para isso,fora meu dom,  era uma simples mulher que  conseguiu uma carreira de sucesso .

As consequência disso somente se evidenciaram na minha relação social com os outros num ambiente mais pessoal. Minhas relações com o sexo oposto eram intensas mas muito curtas, quando desejavam algo mais sério,  os afastava com medo de não conseguir mostrar quem eu era na verdade, com receio de não conseguir manter uma relação estável e duradoura, mas com Domínic tudo era diferente,ele me entendia e aceitava plenamente. Suspiro me aconchegando nos lençóis, a suavidade do tecido na minha pele nua deslizando me arrepia ,provocando um formigueiro gostoso da nuca aos dedos dos pés. Respiro fundo pensando o quanto desejava Dominic de novo na minha cama  e me deixo levar por essa sensação de prazer , o sono me arrebatando a um mundo totalmente desconhecido.

Me via em um lugar calmo, silencioso, uma sensação de paz me invadia apesar de um arrepio surgir por todo o meu corpo no instante que vejo uma porta ao longe. Talvez fosse somente o chão frio sob meus pés descalços mesmo em alerta, , calmamente avanço , colocando as mãos nos puxadores da porta abro de par em par , mas logo o que surge  ao longe vejo algo que me deixa de boca aberta , sem conseguir respirar . Fico parada na entrada , meus pés querem avançar mas minha mente não dava a ordem.

Meus olhos se focam no vulto que ao longe abrira suas enormes asas, , estava de costas até ao momento que soltei a respiração e se virou. Seus olhos brilhando se fixam nos meus como se me quisesse falar algo ,não por palavras somente com o olhar. Eu não entendia até que um choro soa no ambiente tranquilo. Desvio meu olhar a seus braços, carinhosamente o vulto embalava um bebé, com carinho , ternura apesar de uma certa preocupação. A proteção era visível, não me receava , sentia isso, mas algo o deixava apreensivo.

Como se algo me puxasse , meus pés me levam finalmente até eles, o vulto ficando mais visível, um homem de beleza inquestionável,mas com um poder  bem latente. Seu olhar se desvia analisando meu corpo antes de se fixar em meu rosto de novo. Sem desviar o meu olhar de suas asas simplesmente acaricio uma de suas penas. Como era incrível sua textura, a beleza de sua plumagem, algo tão irreal. Ouço um som delicioso parecido como uma risada, olho a criança em seus braços, levantando a mão, deslizo o dedo em seu rosto como uma carícia . O recém nascido me agarra o dedo , o apertando com força , ofego colocando a mão livre no ouvido quando um som estridente de metal batendo surge de imediato e me vejo transportada para outro lugar.

Haviam gritos de guerra por todos os lados, o ambiente tranquilo tinha desaparecido , agora havia morte , fogo , destruição . Anjos e demónios lutavam com ferocidade ,exatamente como o quadro que tinha visto. Tento recuar quando o fogo se aproxima de meu corpo, batendo com as costas em algo duro. Me viro assustada... outra porta , a abro sem hesitar me levando à paz que antes tinha encontrado, mas a sala estava vazia somente o recém nascido dormia num berço de ouro. Olho para trás e não havia nada . Olho ao redor , as paredes eram brancas , colunas douradas ornamentadas com asas em cada canto . Me aproximo de novo tentando descobrir o que tudo aquilo representava para mim. Porque a minha mente me levava ali e por que somente agora ?

O recém nascido estava dormindo pacificamente de barriga para baixo ,sua cabeça estava de lado me mostrando um sorriso de pura felicidade em seu rosto . Uma criança acarinhada tinha a certeza . Sorrindo me inclino dando um leve beijo no topo de sua cabeça , não sabia o que fazia ali , nem como sairia daquele lugar. Haveria alguma mensagem que me estava a passar ao lado? Suspiro olhando ao redor ... vazio. Meu olhar se fixa na criança , quando algo me chama atenção em seu corpo . Dou a volta ao berço e passo o dedo na marca estranha, mas de uma beleza fascinante.  No mesmo momento uma dor forte de cabeça me atinge o que me faz de imediato ofegar e  me incorporando na cama. Eu estava     na cama, ainda no meu quarto, suspirando profundamente médico cair de novo na almofada,   olhando o teto que se manteve ali todo o tempo, mas o aperto  no meu peito era real,  assim  como  lembrança de tudo o que tinha sonhado ....seria um aviso...um presságio...nao sabia ao certo mas o receio ...a apreensão ...de algo sombrio me começava a rodear era algo palpável.