Cap.14

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A sensação que eu tive a seguir foi de como o mundo tivesse parado, e que tudo começou a andar em câmera lenta, inclusive eu. De alguma forma eu tentava correr, gritar, fazer algo, mas eu só conseguia ficar parado sem fazer nada!

-André… André… - Eduardo gritava e eu pouco a pouco fui sentindo meus sentidos irem embora.


(...)

Acordo com um barulho de alguém gritando, abro os olhos e a claridade me faz recuar, passo a mão no rosto e percebo que estou deitado em um material macio.

- SERÁ QUE DÁ PRA DEIXAR EU VÊ A PORRA DO MEU MARIDO ? -  Viro pra porta e vejo Eduardo gesticulando com aparentemente uma enfermeira.

- Senhor, por favor fale baixo !- Eduardo bufa - O paciente está dormindo…

- EU NÃO QUERO NEM SABER … QUERO FICAR COM ELE, INDEPENDENTE DELE TÁ DORMINDO OU ACORDADO.

- Eduardo pare de escândalo -  Minha voz saí num tom estranho.

- André ! - Ele passa pela enfermeira, que fica um tanto perdida - Como você está?

- Eduardo… Eu tô bem … eu acho - Escolho as palavras - E o Feh ?  - Minha voz treme .

- Olha não se preocupe…

- Eduardo me fale como tá o Feh - Respiro fundo!

- Ele tá bem - Ele coça a cabeça!

- Preciso saí daqui… tenho que vê como ele tá - Eduardo segura meu braço.

- Você não vai pra lugar nenhum… Você vai ficar bem deitadinho aqui…

- EU QUERO SABER COMO TÁ O FEH PORRA… NÃO QUERO SABER DE MAS NADA ENTEND… - Ele tapa minha boca .

- Não me grite… - Tento gritar mas ele pressiona a mão com mas força - Se acalme que o Feh tá bem . O tiro pegou de raspão… não tem porque se preoucupar - Ele retira a mão!

- Ele é meu melhor amigo… a pessoa que me ajudou nos momentos mas difíceis da minha vida.

- Eu sei meu amor, mas você tem que entender


(...)

Estávamos na biblioteca da mansão, Feh se lamuriava por estar em pleno domingo trancado dentro de casa e não jogado na piscina. Havia tentado melhorar o humor dele mas falhei miseravelmente, e agora estávamos procurando algo interessante pra ler… Quer dizer, eu estava procurando.

- Queria só saber quem foi o desgraçado ou a desgraçada que atirou em mim, cara essa pessoa não podia simplesmente me chamar pra conversar?

- Tipo : - Oi Felipe tudo bem ? Posso atirar em você ?

- Palhaço ! Velho que ódio! E aquele delegado de merda não faz nada , que raivaaa.

- Calma meu querido! - Falo pegando um Dom casmurro surrado.

- Calma o cacete! Eu poderia tá uma hora dessas de bunda pra cima tomando sol no cú e tô preso nessa merda de biblioteca sentindo esse cheiro estranho.

- De conhecimento?

- De coisa velha rsrsrsrs

- Seu energúmeno!

- Você não poderia simplesmente dizer que eu estou coberto de razão? Amigos são pra essas coisas senhor André.

- Você é muito soberbo. Deveria ta agradecendo a Deus por está vivo e não se lamuriando por não está em uma piscina. Fracamente! - Pego o livro e sento em uma poltrona - Ah, e eu como seu amigo devo sempre phe dizer a verdade.

- Aff! Você é chato! - Fala indo embora!



Mergulho na leitura e derepente me vejo imerso na história de Bentinho e Capitu!


(...)

Sou disperto da leitura com um empurrão do Feh!

- O que foi ?

- A mãe do Eduardo ta aí,querendo conversar com você!

- Sério? - Reviro os olhos e levanto.

Após deixar o livro em cima de uma mesa, desço pra sala e encontro minha amada sogra sentada no meu sofá despreocupadamente!

- Aconteceu alguma coisa Dona Márcia? - Ela levanta quando me vê.

- Não posso mas visitar você e meu filho? - Levanto a sobrancelha!

- Acho que você deveria tomar um pouco de vergonha na cara, não acha ?

- Olha nem tudo quando que Eduardo falou é verdade, ele muitas vezes...Confundiu as coisas .

- Eu não acredito nisso .

- Olha André, eu não quero fazer acreditar… simplesmente quero lhe contar a verdade e não fatos baseado no achismo.

- Não me diga! Sinceramente Dona Márcia, não acho que a senhora seja burra o suficiente pra pensar que vou acreditar em um monte de mentiras.

- Eu sei que não é… Não vou lhe contar mentiras - Ela morde o lábio - Você sabe muito bem que Eduardo é uma pessoa difícil de lidar não é mesmo… E você tem que entender que Eduardo não queria ajudar em casa… e as coisas estavam ficando difíceis.

- Onde a senhora quer exatamente chegar?

- Olha André eu jamais vou te dizer que fui uma mãe exemplar , longe disso, falhei com Eduardo, quando ele entrou em depressão , devia ter ajudad..

- Espera desde quando Eduardo teve depressão?

- Ele não te contou? Ele ficou um tempo longe de casa sabe,tinha me falado que iria morar com um tal amigo, mas descobri que ele tava se vendendo pra comprar drogas.

- CALE A BOCA ! NÃO OUSE FALAR UMA PORRA DESSA!

- Eu sei que é difi…

- SAIA DA MINHA CASA!

- Não… eu…

- VOCÊ É SURDA - Agarro seu braço e saio puxando ela até a porta.

Quando boto ela pra fora volto pra biblioteca e fico perdido em meus pensamentos.

(...)

Eduardo chega e eu o encaro com desejo, amava quando ele me olhava com aquela cara de safado. Coloco meus braços em volta do seu pescoço e levo meus lábios aos dele.

- A louca da sua mãe teve aqui hoje - Falo desgrudando nossos lábios.

- O que ela queria ? - Ele franze as sobrancelhas.

- Veio com uma história de que você se prostituia pra comprar drogas. Imagine só…

- Ela falou isso… ?

- Sim. Mas é uma loucura.

- Tem um pouco de verdade nisso.

- COMO É?


Continua...







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