Cap.16

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Os barulhos do dia entram pela janela do quarto e me fazem despertar. Abro lentamente minhas pálpebras doloridas sentindo uma dor de cabeça insuportável, sinto meu corpo pesado e minha boca seca, além disso, está muito quente e percebo que é porque tem alguém grudado em mim. Viro lentamente sentindo meu corpo doer, levanto o edredom com dificuldade e percebo que estou nú. Imediatamente meu corpo tensiona, sinto o desespero se formar na minha cabeça e meu medo alimenta quando olho para o lado e vejo o Eduardo dormindo ao meu lado, também sem roupa.

— Meu Deus! — sussurro já querendo chorar quando vejo um chupão no pescoço dele — Será que t-transamos mesmo? — toco meu orifício com a ponta dos dedos e sinto uma certa sensibilidade! — Meu Deus, a gente transou mesmo! Eduardo... —  o belisco com força.

— Hum... — ele cobre a cabeça com o endredom, mas eu puxo — O que é? — ele pergunta de mau humor, sem abrir os olhos.

— Acho que a gente transou...! — respiro fundo me preparando para a sua reação.

— Tá, e daí? — espera, o quê?! Que merda de reação é essa?

— E daí? A gente transou, porra!!

— É, e nós somos um casal, esqueceu?! Isso é normal! Agora me deixa dormir, vai!

— Um casal?! Isso é tudo faz de conta, Eduardo, só somos um casal no papel! Eu... Ah meu Deus! E o pior é que eu nem lembro... Escuta, você não me forçou a nada, não é?!

— Como é? É claro que não! Quando voltamos pra casa você estava meio sem noção e começou a se oferecer, se esfregando em mim...

— Eu não fiz isso!

— Então o que é isso ? — olho para o seu peito e vejo marcas de unhas.

— Meu Deus!

— Nós estávamos bêbados sim, mas você parecia bastante lúcido, tanto que quando eu disse que não era uma boa ideia você... É... Bom... 

— O quê? — pergunto impaciente — O quê que eu fiz? — Eduardo me encara meio sem jeito e eu já sei que fiz merda.

— Bem... digamos que você meio que me pagou um boquete?! — o encaro sem saber onde meter minha cara! Tá bom, espera só um pouco que eu vou ali me matar... Quer dizer, é sério isso?! Eu? Chupar o Eduardo?! Meu Deus!

— Você deve tá de brincadeira! — fico sentando na cama, porque honestamente, não tem muito o que fazer.

— Sério que você não se lembra de nada? - ele parece meio decepcionado. Eu o ignoro e tento puxar na minha mente os acontecimentos da noite passada, até que finalmente alguns flashes da gente se agarrando e de eu chupando ele começam a voltar.

— Ah meu Deus! — pulo da cama e vou correndo para o banheiro, após vomitar no vaso, entro no box e liguo o chuveiro me sentindo trêmulo e fraco... Minhas pernas parecem feitas de gelatina. Passo o sabonete no meu orifício e sinto um ardor intenso, a raiva sobe a minha cabeça enquanto meus olhos embaçam pelas lágrimas — Ele me arrombou! — digo a mim mesmo me sentindo péssimo, fecho os olhos e de repente minhas lembranças começam a voltar a minha mente.

***

Saímos da boate muito tarde e quando chegamos em casa estou me sentindo muito mais quente que antes. Meu corpo está pegando fogo e me enlouquecendo. Respiro fundo com a visão turva e a garganta seca, estou com tesão e quando o Eduardo passa ao meu lado eu o seguro pelo braço.

— Espera! — ele para e me encara confuso, mas eu colo nossos corpos me esfregando nele — Preciso de você! — digo com a voz manhosa e vejo os músculos de seu pescoço se movimentarem quando ele engole saliva. Seus olhos acendem e sinto seus músculos enrijecerem sob meu toque. 

Casamento arranjado ( Em Revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora