Sexta-feira – Manhã
Acordo sentindo algo quente em meu pescoço, abro as pálpebras devagar para descobrir que o que sinto na minha pele é a respiração do Eduardo, que como sempre, está agarrado em mim, com o rosto enterrado em meu pescoço. Levanto meio desorientado e vou em direção ao banheiro ainda zonzo de sono, tomo um banho pra despertar e volto ao quarto já me sentindo bem melhor. O Eduardo já está acordado, sentado na ponta da cama parecendo sonolento; ele me encara quando entro.
— O dia hoje vai ser cheio. — fala coçando a cabeça e se ergue tirando a cueca. Ele coloca a toalha em volta da cintura caminhando na minha direção.
— Nem me fale! Hoje também é dia de eu ficar três horas em pé, tentando vender roupas pra pessoas bregas! — ele rir e meu coração quase acelera um pouco. Suas covinhas ficam aparentes e seus dentes ficam bem amostra com esse sorriso desenhado no rosto, seus cabelos estão bagunçados e ele está com cara de sono, mas ainda parece muito bonito. Ele tinha mesmo que ser tão bonito?!
— Vou tomar um banho... Por favor, faça um café bem forte.
— Ah, é mesmo, Edu, o pó já tá acabando.
— Você me chamou de "Edu"? — ele não consegue esconder sua surpresa e me olha desconfiado, com as sobrancelhas erguidas.
— Algum problema? Somos amigos, não somos?!
— Pode ser, mas não disse que você poderia me chamar de "Edu"...
— Eu não pedi sua permissão, a boca é minha e eu te chamo de como eu quiser! — fico na defensiva.
— Tudo bem! — ele ergue as mãos em sinal de rendição — Não se esqueça que estamos na paz!
— Realmente... Mas as vezes é difícil permanecer com essa paz.
— Eu que o diga. — ele fala entrando no banheiro.
***
20:41 – Sexta-feira— Sinceramente, estou acabado... — digo sentando no sofá.
— Pelo menos amanhã é sábado e a gente folga! — Eduardo diz se jogando ao meu lado e tirando a blusa.
— Graças a Deus! Vou aproveitar que não preciso acordar cedo e ir a uma boate que o Feh não para de me perturbar pra ir com ele... — ele me olha de esguelha, com a cabeça deitada no encosto do sofá — Acho que vai ser o jeito eu ir.
— Posso ir com vocês? — ele pergunta casualmente e apesar de não me sentir totalmente a vontade com a ideia, tenho que concordar.
— Acho que não tem problema!
— Então vou me arrumar! — ele sai em direção ao quarto enquanto eu penso no que o Feh vai dizer quando nos ver juntos.
***
Eu já sabia que não era uma boa ideia trazer o Eduardo com a gente, mas meus medos se confirmaram depois do vexame que ele acabou de dar. Tudo começou quando chegamos e ele desembestou a beber como se nuca tivesse visto álcool na vida, a gota dágua foi quando um carinha chegou em mim.
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Casamento arranjado ( Em Revisão )
RomansaAndré, um jovem esforçado em seu último ano de faculdade e passando por uma de suas piores fases financeiras, se vê dentro de uma estranha situação, após uma ligação que mudaria sua vida. O jovem descobre que seu avô, que se afastou completamente de...