Cap. 5

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Cap. 5

Finalmente, depois de resolver algumas burocracias, volto do hospital com o pulso enfaixado; felizmente não fraturou, apenas lesionou, não que isso me deixe com menos raiva, eu ainda continuo fodidamente furioso com aquele babaca. Não quero nem olhar pra cara dele, queria precisar não voltar pra cá, me sinto esgotado e ainda mais puto só de olhar pra entrada da casa; se puder, eu vou evitá-lo o máximo que eu conseguir, não vou sequer olhar pra ele, ele que faça a própria comida e todo o resto por si mesmo, porque a partir de hoje, vai ser como se ele tivesse morrido pra mim.

Enquanto devaneio em meio aos meus pensamentos, Feh guarda o carro na garagem e vem na minha direção sorrindo, ainda bem que ele está aqui, me sinto mais tranquilo assim.

— Aquela moto que tá na garagem é perfeita, sem contar os carros... Só os veículos nessa garagem, já devem somar uma fortuna.

— Eu tenho que aprender logo a dirigir, não quero ter que ficar pegando táxi nem chamando Uber toda vez que for sair.

— E o Eduardo, tá morto?

— Não vou depender dele pra nada e muito menos pedir favor a ele. — adentramos a mansão lado a lado conversando — Eu vou tomar um banho, você me espera?

— Acho que vou tomar um também, depois a gente almoça. Levando em conta o tempo que a gente perdeu no hospital, já deve ser mais de meio dia, mas fazer o quê, né?! — ele me encara parecendo preocupado e avalia meu pulso enfaixado — Você teve sorte de ter sido o pulso esquerdo e de ter apenas lesionado. — concordo e vamos em direção aos nossos respectivos quartos.

***

Depois do almoço, eu e Feh fomos caminhar um pouco pelo jardim; eu ainda não vi o Eduardo depois que cheguei, mas ele provavelmente deve tá malhando, afinal ele é um idiota que só pensa nisso.

— Eu amei esse lugar, é tão incrível! — Feh fala me puxando de volta a realidade; eu tenho que parar de me preocupar com aquele babaca.

— Esse é o lugar que eu mais gosto de ficar, o segundo é a biblioteca... É incrível também.

— Hum... — Feh murmura me olhando de esguelha — Então, você vai mesmo levar seu plano a diante?

— Vou! — falo decidido — O Eduardo tem que aprender! Vou fazer da vida dele um inferno!

— Haha, boa sorte, então... A propósito, cadê ele?

— Deve tá malhando, é só isso que ele faz o dia todo.

— Você também deveria malhar, André. — ele falou correndo os olhos por meu corpo — Se eu tivesse uma bunda dessas, eu faria de tudo pra mantê-la bem durinha. — dou uma gargalhada, o Feh não tem mesmo papas na língua — Porque a gente não vai malhar também?!

— O quê?! Você se esqueceu que eu tô com o pulso lesionado?!

— Mas dá pra ir na esteira e na bicicleta ergométrica sem problemas.

— Mas... ele tá lá!

— E daí?! André, tudo aqui é seu também, não é?!

— Ah meu Deus... — digo revirando os olhos quando o Feh me puxa fazendo eu me levantar.

— E sem reclamar! — ele diz sorrindo e piscando o olho de forma travessa enquanto começamos a ir em direção a academia.

— Eu nem tô com roupa de malhar.

— Espera que eu vou pegar um short pra você. — ele fala e sai correndo.

Enquanto o Feh vai pegar o short, fico absorto em meus pensamentos e de repente percebo que há um probleminha que eu não prestei atenção antes. Minha faculdade fica do outro lado da cidade e eu não sei dirigir e não tem condições de pagar táxi todo dia.

Casamento arranjado ( Em Revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora