Capítulo 34.

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Sempre fui considerado o poderoso capo canadense Dean Gagnon, desde que nasci meu pai deixou claro que eu seria um capo respeitado e temido, e ele não estava mentindo. Desde dos meus 5 anos fui treinado pra me tornar a pedra que sou hoje, sem sentimentos para nada, uma máquina de matar.
Nunca fui de fazer muitos aliados e muitos menos amigos, antes de morrer meu pai queria que eu acabasse com todos, deixando assim somente eu no poder. E então, comecei a ficar aliado de alguns, mas meu alvo sempre foi o grande John Mitchell. Sempre calmo, mas com um histórico de matança igual ao meu. Então comecei a colocar meu plano em ação. Só aparecia nos eventos em que eu tinha certeza que John estaria, queria observar de perto algum ponto fraco, mas ainda não tinha achado nenhum. Estava começando a ficar frustado, mas isso mudou quando soube que ele tinha casado, será se foi por amor ou só pela máfia?
A chance de descobrir isso foi um em evento que eu tinha certeza que ele iria levar a esposa.
Só não esperava me interessar por Isabelle, não estava nos meus planos, mas era praticamente impossível parar de pensar nela praticamente em todos os momentos. Sua raiva sendo descontada em minha esposa me fez enxergá-la, não se encontrava criaturas assim ainda mais sendo no meio de nós, uma mulher na máfia era só para reproduzir e ser nosso objeto pessoal, e ela com seus socos agressivos e encaradas desafiadoras fez ascender uma faísca dentro de mim.
Percebi que estava ficando incontrolável quando a segui por uma semana inteira, chamei pelo seu nome na hora do sexo e até segurar ela em uma prateleira na biblioteca eu fiz! Nunca sequer seguir uma mulher, e ela fazia valer a pena, com o seu sorriso doce e olhos cintilantes, sua gentileza era o mais de bonito nela, me fascinava.

Ela sorriu para a moça da loja se despedindo e saiu, comecei a acompanhar seus passos pela rua do outro lado, andava meio atrapalhado esbarrando nas pessoas, porquê ela tinha que escolher um bairro pobre para fazer compras?
Me pergunto dando um sorriso mínimo, mais uma vez ela se destaca. A vagabunda da minha esposa estoura um cartão de crédito a cada mês em diferentes lojas de marcas, enquanto Belle está escolhendo brincos em lojas caindo aos pedaços.
Porquê quando mais sigo ela, mais ela faz valer a pena?

Ela para em frente de uma loja e começa a encarar um vestido sorrindo, ponho as mãos nos bolsos e fico a olhando. Ela olha cada detalhe do vestido até que ela me vê, vejo que se espantou e tenta sair do meu campo de visão, ela acelera seus passos se atrapalhando com as sacolas que segura e seguro um riso.

Nunca vou deixar você escapar de mim!

A cada passo que eu dava atrás dela a rua ia se esvaziando, parece que ela está mesmo me evitando!
Olho para os lados para ver se alguém observava e viro para frente novamente ao perceber que estava completamente deserta. Corro e dou de cara com duas opções de ruas, ela simplesmente sumiu!
Começo a ficar nervoso e entro na primeira rua correndo e tudo que encontro são umas bancas de frutas, acessórios, jornais e farmácias. Viro em um beco e só encontro caçambas, dou meia volta correndo. Não podia a perder de vista, a cada segundo era uma chance dela voltar para a casa, onde não podia nem chegar perto, era a área do desgraçado. Bufo e encontro a outra rua novamente, ando rápido e finalmente a encontro mas não do jeito que eu esperava. Enxergo tudo vermelho e avanço em um que tentava a puxar e quebro seu pescoço na hora, saco minha arma e atiro nos outros. Ela cai no chão e me encara apavorada, me aproximo dela que ao olhar para o meu pulso arregala os olhos, fico confuso e vejo somente meu relógio que sempre está comigo.

Isabelle - não chegue perto de mim, saia daqui!

Ignoro e tento a levantar do chão que me empurra e se levanta sozinha me encarando com raiva.

Isabelle - não consegue parar de me seguir? Vai arranjar problemas.

Ela tenta limpar seu vestido branco e geme ao fazer contato com o tecido, ao levantar sua mão vejo que estava toda ralada e vermelha. A puxo devagar pela cintura e pego sua mão.

Isabelle - o que pensa que está fazendo? Eu já disse que..

Dean - precisamos ir em uma farmácia.

Guardo minha arma e a puxo pelo pulso a levando na outra rua em que tinha entrado errado, pelo menos lá me lembro que tinha uma farmácia.

Isabelle - depois disso eu vou embora e nunca mais vá atrás de mim! Sou casada e você sabe muito bem com quem!

Sinto meu sangue borbulhar e solto seu pulso, respiro fundo e concordo com a cabeça.

Isabelle - ótimo então? Que bom que você entendeu, eu vou embora.

Ela se vira mas a puxo novamente que me olha com raiva.

Dean - não vou embora até fazermos um curativo nisso.

Aponto para a sua mão e ela revira os olhos, compro o básico na farmácia e a sento em um banco que tinha perto das bancas. Quando estava enrolando o curativo em sua mão percebo seu olhar em mim e a encaro que rapidamente desvia o olhar para o chão.

Dean - pronto. - ela se levanta e fico atrás dela.

Isabelle - por que você faz isso? - ela me olha confusa e sorrio fraco. O que eu estava achando muito estranho, nunca sorria mas com ela estava fazendo isso com frequência.

Dean - porquê eu quero.

Isabelle - não tem medo do que pode acontecer? Você já devia estar no seu país, John já lhe expulsou daqui.

Bufo e ela cruza os braços.

Dean - pare de falar dele.

Isabelle - se tratando de mim acho que vai ser quase inevitável falar dele, ele é o meu marido, mesmo querendo isso ou não, nada vai mudar.

Aperto minha mão e respiro fundo, ela falando dele era pior do que todas as porradas que eu já levei.

Isabelle - eu vou indo, obrigado pelo curativo.

Ela me olha uma última vez e se vira de costas indo embora.

Pela primeira vez tinha encontrado algo que traria algo bom para a minha vida, e não vou deixar ela ir embora tão fácil assim.

NOIVA DE UM MAFIOSO  ( 01✔CONCLU )Onde histórias criam vida. Descubra agora