A Festa- Pt. 2

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A morena percorre toda a área externa, mas não encontra Dahyun. Ela tinha total certeza de que a garota estava lá...

- Oi, Sana!- Grita uma voz extremamente animada, que preenche o vazio do ambiente, fazendo algumas garotas que provavelmente estão de ressaca se assustarem. Sana se vira para a voz, vendo Jihyo, um pouco cambaleante, se aproximar dela, a abraçando.

- Jihyo, você tá bêbada. Muito bêbada.

A amiga apenas assente e aperta o abraço, fazendo Sana se esquivar. Ela sempre gostou de abraços, mas agora não é a hora certa. Então, ela apenas sentou Jihyo num banco que encontrou por perto e se ajoelhou em sua frente, olhando para seus olhos:

- Jihyo, você sabe onde a Dahyun está?

- No telhado. É só subir a escadinha rosa que você chega lá.

- Desde quando as pessoas sentam no telhado?

- Desde que elas estejam bêbadas.

Sana agradece-a e vai à procura da escada rosa, a encontrando após andar um pouco por um jardim de margaridas. Ela colheu algumas e colocou no bolso, logo subindo para o telhado. Ela prontamente avistou Dahyun, que, ainda com o rosto molhado pelas lágrimas, observava uma borboleta amarela que pousara em seus dedos. Sana se aproxima, sem fazer nenhum barulho, e coloca algumas margaridas atrás da orelha de Dahyun, que levanta o rosto e a encara, parecendo triste.

As duas garotas ficam em silêncio por um tempo, apenas ouvindo o ruído baixo da música que vinha de dentro do salão e vozes animadas, além de alguns passarinhos que cantarolavam baixinho. A vista era linda, a cidade toda podia ser vista do lugar onde estavam, e as luzes, sejam de prédios ou postes, se apagaram e acendiam a todo instante. Algumas estrelas podiam ser vistas no céu, mas a lua estava coberta pelas nuvens cinzas que deixavam a noite fria e melancólica. Por mais que Sana tivesse essa vista privilegiada, a garota branca ao seu lado atraia toda a sua atenção. A flor atrás de sua orelha, os olhos tristes, a boca entreaberta e rosada, as marcas das lágrimas em suas bochechas... Tudo isso era maravilhoso.

- Tofu...- Sana diz, sussurrando, com medo de assustar a garota.

- Você me deixou sozinha. Me senti triste. Deslocada. Tudo estava tão bom... Por que você foi embora?- Dahyun pergunta, agora olhando para Sana.

Ela engole em seco, pensando em alguma resposta. Mas não haviam palavras que podiam expressar nada, então ela apenas se inclinou para frente, e o álcool a deixou zonza, então Sana se inclinou mais do que deveria, caindo em cima de Dahyun. Por mais que ela achasse que a garota estaria assustada ou receosa, ela estava sorrindo.

Suas respirações se desregularam, seus corações batiam mais forte do que nunca, os pássaros se aquietaram e as borboletas pararam de voar, e Sana tinha a sensação de que todos os bichos haviam parado para observar aquele momento. Então, Dahyun se inclinou um pouco, colando seus lábios. O lugar parecia silencioso e os corações das duas garotas se uniram naquele momento, formando um elo inquebrável. O vento fazia seus cabelos voarem, mas elas não se importavam, tudo estava muito perfeito. Como Sana poderia desistir disso? Como ela poderia viver indiferente ao seu passado, esquecer tudo?

Ela não sabia, mas já havia tomado uma decisão. Nunca iria se separar de Dahyun ou das outras meninas, por mais que o destino lutasse para que isso acontecesse. E ele fazia exatamente isso.

Realeza: A SaiDa FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora