Sana batia sua caneta na borda do caderninho onde tentava escrever a letra de uma música. Queria que as palavras a trouxessem novamente para aquele dia em que beijara Dahyun pela primeira vez, queria mostrar ao mundo como foi a sensação. Ela tentava cantarolar, criando uma melodia, mas os murmúrios que escapavam de sua boca eram um pouco... Aterrorizantes.
Frustada, jogou o caderno e a caneta em seu criador mudo, se virando na cama e abraçando o travesseiro, enquanto seus pensamentos divagavam, pensando sobre a última noite e sobre o que as meninas pensavam sobre isso. E então, ela se surpreendeu quando começou a pensar em alguém que ela achava que nunca mais sentiria falta, alguém que, de certa forma, destruíra seus sonhos há muito tempo atrás. Sua avó.
Rolando na cama, alcançou seu celular, que estava debaixo do caderno que Sana havia descartado há pouco. Quando tentou pegar seu aparelho, o bloquinho caiu no chão com um estrondo. Sana abaixou o braço para pegá-lo, mas encontrou outra coisa. Uma folha rasgada e riscada, com a letra de Jihyo. Lendo-a, parecia até a letra de uma música. Estreitando os olhos, Sana tentava ler por baixo dos rabiscos, mas desistiu e se abaixou, porta para devolver a folha ao seu lugar, quando notou outra coisa: uma Polaroid de Jihyo e Tzuyu, abraçadas, com pequenos corações desenhados à mão. Os olhos de Sana desviaram da folha para a foto, da fita para a folha, e tudo pareceu se assimilar. Suspirando, resolveu guardar tudo. Jihyo não se metera em sua vida ou em seu romance com Dahyun, então não havia motivo para que Sana bisbilhotasse por aí.
Depois de levantar a cabeça, a morena finalmente alcançou seu celular, procurando prontamente por seus contatos, até chegar onde queria. O número de sua avó.
Ligando para ela, Sana se surpreendeu ao escutar uma voz feminina suave, diferente da de sua avó, que era áspera e rude.
- Olá?- Chama Sana.
- Olá! Quem é?- Pergunta a voz.
- Hã... Sou a Sana. Poderia falar com minha avó?
- Ela... Ela ainda está dormindo.
Um silêncio cai sobre a linha, que logo é quebrado por Sana.
- Então, você poderia dizer para ela ligar-me mais tarde? E mais uma coisa... Qual o seu nome?
A voz suave dá uma risadinha e desliga o telefone, sem responder nenhuma das perguntas de Sana.
- Que grosseira.- Ela murmura, colocando seu celular novamente sobre o criado mudo e se levantando, em direção à porta. Ela provavelmente tinha perdido o café da manhã e só conseguira escrever uma linhazinha de nada. Suspirando, ela sai do quarto e quase tromba com Jihyo, a qual dá um sorriso para a menor e diz que as outras garotas estão dançando. Seguindo para a sala de treino, seus pensamentos continuam voltando para a mulher estranha usando o celular de sua avó. O que ela quis dizer com "ela ainda está dormindo"? E desde quando sua avó tinha amigas?
Sacudindo esses pensamentos da cabeça, Sana finalmente chegou à porta branca que dava na sala de dança, vendo uma mulher alta e esguia ensinando passos complexos para suas amigas. Já sentindo a dor em suas pernas antecipadamente, Sana encontrou seu lugar atrás de Nayeon e deixou que a dança tomasse conta de suas dúvidas.
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Realeza: A SaiDa Fanfiction
FanfictionSana, uma estrela do k-pop, descobre que é herdeira do trono de sua família, Minatozaki. Agora, ela tem que decidir se irá continuar sua vida normal como uma idol secretamente apaixonada por Dahyun, ignorando tudo o que descobriu, ou se irá tomar o...