jenlisa: one night ۵

can i give you a ride?

Jennie Kim:

Nesse momento, eu me encontro totalmente perdida.

Eu vim para me distrair, me divertir, mas aconteceu o contrário.

Agora, estou em lágrimas, andando nessa rua escura, sem saber para onde ir ou o que fazer.

─ Jennie! ─ é a voz dele. ─ Vamos conversar! ─ ouço os passos dele se aproximando de mim.
─ Ótimo, qual a justificativa? ─ me forço a olhar para ele.
─ Foi só um jogo, você sabe. ─ disse e se aproximou.
─ Um jogo, Jongin? O que eu sinto é brincadeira pra você? ─ as lágrimas continuam a cair sobre meu rosto.
─ Para de drama. Vem. ─ segurou meu braço, me guiando de volta para a casa de Taemin.
─ Drama!? Vai à merda! ─ me solto dele.
─ Você vai mesmo embora? ─ sua expressão mudou, ele estava bravo.

Eu apenas virei de costas.

─ Se você for, Jennie... ─ disse ele em tom de reprovação.
─ O quê? ─ perguntei.
─ Eu escolhi você, em meio à tantas opções. Existe prova de amor maior que essa? ─ Jongin parecia cuspir essas palavras.
─ Claro... ─ tentei segurar minhas lágrimas ao máximo.
─ Você pode até ir, mas eu vou foder todas essas vadias, que tanto me desejam. ─ ele me ameaçou.
─ Então, faça bom proveito. ─ suspiro e continuo a andar.
─ Nem pense em me ligar, Jennie Kim! Você vai se arrepender disso! ─ sua voz irritada ficava mais baixa a cada passo longo que eu dava.

Por quê, Kim Jongin?

Não me contenho mais.

As lágrimas, que antes eu segurava, percorrem por toda a extensão de meu rosto.

─ Você não merece chorar por ele, Jennie. ─ disse uma voz baixa e calma.

Dou meia volta, à procura de tal voz. Não havia ninguém naquela rua, além de mim, pelo menos, era o que eu imaginava.

─ Kim Jongin é a personificação de babaquice. ─ o dono da voz apareceu à minha frente.

Era o garoto ruivo, de minutos atrás, que jogava, verdade ou desafio, e foi ridicularizado por Kai.

Apenas permaneci quieta, gostaria de concordar, mas minha voz não saía.

Os meus soluços e as minhas lágrimas não cessavam.

Eu estava quebrada.

─ Vai aonde? ─ perguntou o ruivo curioso.
─ E-Eu tenho que ir pra casa... ─ digo em meio aos soluços.
─ Você não está em condições de dirigir.
─ Vim com as minhas amigas. ─ explico, mesmo que não precisasse.
─ Eu posso te dar carona. ─ sugeriu ele.
─ Nem sequer te conheço, garoto! ─ exclamo irritada.
─ Você está muito mal, eu seria um escroto se te deixasse aqui.
─ Como se você se importasse... ─ suspiro.
─ Baseado no que eu sei sobre você, eu não deveria mesmo, mas eu me importo. ─ disse ele.
─ Me deixa em paz! ─ sento na calçada e me encolho entre meus joelhos.
─ Desculpe... ─ senti sua aproximação, ele sentou-se ao meu lado.
─ O que está fazendo? ─ olhei para ele.
─ Eu vou ficar aqui até suas amigas chegarem. ─ deu de ombros.
─ Elas não virão. Estão bêbadas. ─ suspiro.
─ Então, eu te levo pra casa. ─ disse o ruivo.
─ Eu não confio em você! Só está aqui por segundas intenções, tenho certeza. Você acha mesmo que iremos ficar? Está muito enganado. ─ digo tudo de uma só vez.
─ Jamais tentaria algo com você da maneira que está. ─ balançou a cabeça em reprovação.

Me encolho novamente, abraçando meus joelhos.

─ Está certa. Não se deve confiar em qualquer um. Como homem,  tenho que admitir que somos uns merdas. ─ disse em tom baixo.
─ S-Só preciso de um táxi.
─ Sério isso? ─ perguntou ele.
─ O quê, garoto? ─ eu não tinha mais paciência para conversar com ele.
─ Sério que você prefere ir no carro de um velho desconhecido, na madrugada, do que ir no carro de um ruivo magrelo da sua escola? ─ ele explicou a sua pergunta.