- Se me querias ver sem camisa, podias pedir, não precisavas de a cortar- disse ele rindo se
- Foi só para ...
- Eu sei, meu amor, eu acho engraçado...
- O quê?
- Eu acho muito engraçado, quando ficas séria.- disse ele tocando a minha face- Eu sujei te com ...
- Não faz mal ... - disse eu
- Não precisas de tratar disso, o Jonh ou o Alejandro, ou mesmo eu posso tratar do meu ombro...
- Eu não me importo, eu posso tratar disto...
-Estás triste ...
- Estou preocupada, é diferente...
- É por isso que eu não queria contar te. Eu não queria que tu tivesses de lidar com isto, não é vida para ti, não devias ter de esperar por mim à noite, muito menos preocupada... Tu mereces melhor ...
- Gabriel, nós já falámos sobre isto. Eu não te peço para abdicar da mascara e tu não me pedes para abdicar de ti. - disse eu terminando o curativo.
- Eu sei que já falámos sobre isso, mas ...
- Mas nada. Gabriel eu amo te como és e tu sabes que és os dois. Eu prefiro isto... Eu prefiro saber e conseguir ajudar te...
Eu levantei me e ia guardar a bolsa de suprimentos médicos, mas o Holmes agarrou o meu pulso. Eu olhei para ele e ele estava sentado no sofá, sem me olhar, de lado para a mesa de centro e com a face próxima do joelho.
- Gabriel...
Ele guiou me até ele, com a sua mão, era a mão esquerda, não ofereci resistência, por causa do seu ferimento ...
Sentei me ao seu lado e olhei para ele.
- Eu quero estar contigo mas não quero que te aconteça nada ... Hoje fui eu a levar o tiro, mas e se amanhã fores tu? Eu sobrevivo a um tiro no ombro, por muito perto que tenha sido do coração, mas e tu ? Carol, és mais pequena, mais frágil, a minha rosa... Eu não me perdoaria se algo te acontecesse...
-Meu amor, todas as rosas têm espinhos, eu sei tratar de mim, mesmo quando não sabia... Eu já andava pelos telhados, já estava sujeita a levar tiros ou coisas pior... Eu sempre fugi, nunca aconteceu nada. Além de que eu tenho os gêmeos, tenho te a ti, ao Alejandro, eu sei que não deixariam...
- Esses dois são assim tão importantes para ti ?
-Como irmãos...Gabriel, eu não me importo com o que me possa acontecer. Eu só quero estar contigo, isso basta para mim. E a ti o que precisas?
- O mesmo que tu, só de estar contigo...
Ele agarrou na minha camisa e puxou a, enquanto se deitava, fazendo me ficar por cima do seu corpo. Eu fiz um esforço para não o magoar, embora ele não parecesse preocupado. Começámos uma sessão de beijos. Ele deixava pequenos rastos molhados do meu pescoço, à minha boca, às minhas bochechas e de volta ao meu pescoço. Eu tocava e arranhava o seu peito exposto, os braços e até no pescoço...
Ele colocou a mão no primeiro botão da camisa e olhou para mim pedindo autorização apenas com o olhar. Eu achei perigoso deixá-lo tirar a peça de roupa tinha medo que tentasse algo que eu não queria, mas ele parecia querer ir devagar, e respeitar me... Eu queria experimentar algo novo, ele fazia me sentir inconsciente, pelo menos quando tomava os meus lábios daquela forma.
Eu permiti e ele devagar desapertava cada botão da camisa. Quando desapertou a camisa branca, na totalidade, tornou se visível a minha faixa de compressão, era desenhada para ser usada na zona abdominal. A faixa começava a cobrir o meu peito logo abaixo dos meus braços, até um pouco acima do fim das minhas costelas. Ele parou e olhou para a faixa...
- O que é suposto ser isto ? - disse ele ofegante.
- A Caroline tem peito, o Charles não. É uma forma de esconder o "volume".
Ele levantou se e eu fiquei sentada no seu colo de frente para ele. Enquanto nos beijavamos ele descia aos poucos a minha camisa deixando os meus ombros expostos e seguidamente a área das homoplatas. Fez questão de tocar a área, no meio das minhas costas a mão dele parecia enorme, e eu sentia passear pela parte expostos enquanto o outro braço passava à volta da minha cintura encostando o meu corpo ao seu.
Ele lentamente tirou a minha camisa, um braço de cada vez, apreciando o toque da minha pele, o seu provoca em mim arrepios e transmitia carinho, deixando as nossas respirações aceleradas e ofegantes. Ele explorou cada pequeno milímetro da minha pele, e fixou se um pouco da minha cintura. As suas mãos pareciam passar por ali com entusiasmo e ansiosidade.
- O Charles vai ter de me perdoar, mas eu prefiro a Caroline. Está pele, macia, quente, branca, e intocada... É um privilégio poder tocar e beijar tudo ...-disse ele distribuindo beijos pela minha clavícula enquanto agarrava o meu cabelo e tocava a minha cintura- Inclina te para trás...
-Gabriel...
- Não te preocupes, apenas aproveita ...
Ele passou a mão pelo meu corpo de baixo, começando na minha barriga , para cima, terminou no meu ombro e passou o braço para baixo do meu corpo, provavelmente com o intuito de me dar algum apoio, além só seu braço que passava ainda pela minha cintura. Ele depositou alguns beijos na zona que tinha exposto e uma pequena lambidela...
- Gabriel... - disse eu fazendo o
- Tu não gostas?- disse ele um pouco surpreso
- Não é isso ... - disse eu encostando a minha testa à dele
- Tu estás com medo? Não precisas se apertares a minha ferida eu não posso fazer nada ...Eu controlo me, tu sabes disso, nunca fui além dos limites pois não?
- Tecnicamente, nós já passámos dos limites, eu não sou como as madrilenhas ...
- Sim, eu sei ...
- Gabriel, às coisas são diferentes aquí...
- E já pisei no risco?
- Já dormi agarrada a ti ? Quantas vezes já me beijaste pelo pescoço? Só os pais mais liberais deixam as filhas beijar os namorados...
- Este sítio tem umas convenções muito rígidas.
- Como são as coisas em Espanha ? - disse eu enquanto ele se deitava, levando me para cima do seu corpo.
- Tecnicamente, iguais mas já ninguém cumpre, quer dizer a maioria...Somos mais liberais, os pais sabem mas fingem que não... Quando se torna muito óbvio, os pais obrigam-nos a casar, mas é preciso ser descuidado.
- Já foste descuidado?
- Que pergunta indiscreta! Não eu sempre tive cuidado.
- Com todas ?
- Sim, estás preocupada com o facto de ter de me casar com outra ?
- Não mas acho surpreendente o facto de assegurares isso para todas as tuas 32 namoradas ...
- 32 ? Como é que tu sabes disso?
- Eu perguntei ao Alejandro. Ele disse que sabia de pelo menos 32.
- Porque é que...
- Tu me contas nada.
- Isso incomoda te ?
- Nunca pensei muito nisso.
Eu adormeci com os seus braços à minha volta e aconchegada pelo cobertor que tinha ido buscar á outra poltrona.
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Num Ano Só...
RomanceEstá é uma história de mistério , algumas confusões , e amor Claro que o melhor é o meio e não o fim pois é nele que há desenvolvimento o desenlace é apenas um acessório A História gira em torno de uma jovem que finge ser um rapaz sem amigos...