CAPÍTULO 31

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Peter on

-Todas as vezes que sai pensando ser escondido... É por isso?-Aperta o tecido.-Os barulhos no seu quarto de madrugada, as minhas noites sem dormir preocupada, enquanto você me achava tonta demais para perceber...

-Eu nunca achei a senhora tonta.-Ela continua sem me olhar.-Eu não podia contar, porque eu não queria.... Que se preocupasse.-Lamento. Ela limpa a lágrima solitária que cai pelo seu rosto.

-O que houve com seu braço?-Seus olhos avermelhados encontram os meus.

-Antes de qualquer coisa preciso te pedir desculpa.-Me sento ao seu lado.

-Desculpa?-Ela ri sem humor.-A mulher da agência veio aqui, disse que você não aparece por lá a tempos.

-Eu estive ocupado demais.-Desvio os olhos.

-Ocupado sendo um herói?-Apenas concordo com a cabeça.-Me diz isso acabou...

-O que?

-Você salva as pessoas e eu me orgulho disso, mas tem gente muito perigosa que quer te matar. Igual aquele homem dos noticiários, Alex.

-Não importa ele tem que pagar pelo que fez.

Ela nega com a cabeça e seca algumas lágrimas. Eu deito minha cabeça em seu colo, ela acaricia meus cabelos.

-Sinto muito.-Repito.

-Me conta do seu braço.

-Salvei a Micaela...-Respiro fundo.-Um incêndio destruiu a casa dela, e ele foi o mandante.

-Pelo menos ele está morto agora.

-O que a senhora disse?

-Ouvi no rádio a notícia, eu queria te contar, por isso subi. Não te encontrei e aproveitei para arrumar toda essa bagunça, foi assim que encontrei seu... traje.

Eu preciso saber o que aconteceu naquela casa.

-Tenho que ir.-Aviso.

-Vai precisar?-Estende a roupa. Recuso.

Estou no limite da faixa amarela, olhando para o que sobrou da casa.

O monte de cinzas e entulhos, me cortam o coração. Mas ainda é uma incógnita o que Aleksei veio fazer aqui.

Ele não viria apenas para matar a Mia. Seu ego seria maior que sua capacidade de pensar?

-É uma pena...-O homem de terno, com postura rígida lamenta.-Nenhum sobrevivente.-Continua olhando para frente.

Nenhum?

-Eu conhecia a família...-Engulo seco.

-Eaton era um velho amigo, vim buscar ele para a viagem.-Ele se vira.-Como se chama?

-Sou o Peter.

-Prazer conhecê-lo, Peter.-Aperto sua mão.-Tchau.

Ele anda até o outro lado na rua onde um carro preto o espera. Estranho, ele nem se apresentou.

Por que ele disse que não há sobreviventes? E por que se referiu ao Eaton no passado?

-Oi rapaz!-Marcus buzina.-Quer uma carona?

-Vai para o hospital?

-Sim, entra aí.-Obedeço.

-Toyota Supra?-Coloco o cinto.

-Herdei do meu pai, coleção de 89'.

Na porta do hospital, a moto de Luke se destaca das outras. Dando a entender que ele está fazendo companhia à Nina.

PETER PARKER: O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA? [REPOST]Onde histórias criam vida. Descubra agora