Ivone tinha chamado um táxi para sair do CRL, mas o taxista não tinha chegado ainda. O que deveria ter acontecido? Maria Grace, então, aproximou-se dela e pediu:
— Ivone, não vai embora, por favor.
— Não. Eu já estou decidida.
— Pelo menos, jante conosco.
— Não, Maria Grace. Eu quero esperar pelo táxi.
— Ok. Mas você vai se arrepender, porque por aqui é muito difícil conseguir trabalho.
— Eu dou um jeito.
— Ivone...
Maria Grace viu que não ia conseguir convencê-la a ficar, então saiu de perto dela, entrando novamente no CRL. Ivone notou a saída dela, mas continuou focada na estrada de frente do CRL e com uma mala na mão.
De repente, um táxi estava vindo na estrada, deixando Ivone contente e, ao mesmo tempo, irritada, porque o taxista demorou muito a chegar.
— Boa noite, senhora. — disse o taxista, um homem gordinho, bigodudo e careca.
— Boa noite, nada. O senhor demorou muito. Já faz mais de meia hora que estou aqui esperando.
— Eu peço mil desculpas, senhora. — pediu o homem, saindo do carro e indo pegar a mala dela. — Mas nunca tinha andado por essas bandas, por isso demorei a localizar o centro.... Espera aí... — ele parou para ler o nome do centro — Centro de Reabilitação para Lésbicas – A cura. Como assim? Vocês colocam mulheres lésbicas que são alcoólatras aqui?
— Não. Aqui é um centro de reabilitação que ajuda meninas menores de idade a largar o lesbianismo.
— Nossa... Eu nem sabia que existia isso por aqui. Mas me conta... É bom? Porque se for, vou mandar a minha irmã trazer a filha dela, porque a garota parece um macho. Só usa roupa masculina e nunca arruma um namorado para casar.
— Eu aconselho o senhor a nunca recomendar esse CRL para lésbicas.
— Mas por quê?
— É uma perda de tempo, porque elas vão continuar sendo lésbicas mesmo se passarem por todos os tratamentos existentes aqui.
— É sério isso?
— Sim. E pode confiar no que eu digo porque já faz cinco anos que estou trabalhando nesse lugar.
— Nossa... Então esse centro merece ser fechado.
— Sim, concordo com o senhor. Mas a dona daqui é muito maluca e só pensa em dinheiro.
O homem assentiu e pegou a mala dela, colocando-a dentro do porta-malas. Após isso, o taxista saiu da frente do CRL, e Maria Grace ainda ficou espiando o carro sumir na curva da estrada de terra.
Minutos depois, o jantar foi servido no refeitório para todas as meninas. Maria Grace estava muito sem graça perto delas, e a Sirlene acabou observando que a Ivone não estava por lá.
— Maria Grace, cadê a Ivone?
— Ela foi embora.
Todas as meninas pararam de comer e olharam para a Maria Grace. Sirlene, então, fez mais uma pergunta:
— Mas por quê?
— Ela... — respondeu Maria Grace — Ela está com alguns problemas pessoais, por isso resolveu se afastar do CRL.
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CRL - A cura (Versão NATIESE)
Fiksi PenggemarPLÁGIO É CRIME! É PROIBIDA A DISTRIBUIÇÃO OU CÓPIA DE QUALQUER PARTE DESSA OBRA SEM O CONSENTIMENTO DA AUTORA! © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Sinopse: Priscilla Pugliese era uma garota tímida e tinha um bom comportamento na escola. Um dia, porém...