9.

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- Lamar é um idiota que quer ter toda a sua fama pelo Colégio. Ele só consegue garotas pelo fato de ser rico! - A platinada soltou.

- Na verdade nem isso ele consegue, todas as vezes que ele vai transar ele é meio agressivo, pelo que dizer. - Cruzou os braços. - Ele contratou a porra de uma Baby Doll, você acredita?

Sina não conseguiu se segurar, começou a rir. O moreno era podre de rico, tinha dinheiro para qualquer coisa, mas se alguém soubesse que ele contratou uma garota para transar a reputação dele vai por água abaixo.

- Bom, trocando de assunto - Noah prosseguiu, andando pelo lugar. - Esse é um dos meus maiores segredos.

- Quantos segredos você tem? - Ela perguntou com o cenho franzido.

Ele soltou uma risada nasal e chegou perto dela, levantando seu rosto com o dedo indicador no queixo da mesma. Sina se estremeceu, aquele homem era um pedaço de mal caminho e estava deixando seus hormônios a flor da pele.

- Você já sabe de dois. - Aproximou o seu rosto bem desenhado do dela, com suas bocas próximas. Podiam sentir a respiração um do outro, mais um milímetro e suas bocas se encostariam. - Sou um grande mistério docinho.

Sina não conseguia se mexer, apenas observar os traços bem desenhados com rosto dele. O toque dele era quente, algo que se lembrava o fogo e a Sina era a água, não eram compatíveis, nunca seriam. Mas todos sabemos que o fogo cobre as bolhas da grande quantidade de água, ou seja, o fogo tinha o controle de tudo, principalmente de transformar tudo no caos e no calor.

Noah queria beija-la, como queria, mas não tinha a coragem de se mexer, de chegar mais perto. Se sentia um covarde, um grande filho da puta. Aquela festa vinha como uma visão para ele, isso sempre o deixava nervoso. Era ridículo, Lamar era ridículo. Noah queria desistir, contar tudo a Sina e poder tê-la em suas mãos, dessa vez com sinceridade. Mas Urrea continuava competitivo, seu orgulho cobria todos os bons pensamentos que passava pela sua humilde cabeça. Ele era um garoto perturbado, que precisava de ajuda, algo que soava como Sina Maria Deinert.

Após bons segundos se olhando, Deinert deu um passo para trás, com a respiração ofegante, ela tinha prendido o ar em seu peito. Noah continuou parado, olhando para a parede a prova de qualquer som.

- Acho melhor eu ir embora. - A voz doce da platinada saiu como um sussurro.

Ele suspirou alto, desviando dela e saindo da garagem, com a loira logo atrás.

- Pode ficar com a minha roupa. - Disse seco, Noah Urrea havia voltado ao seu estado normal e o pior de todos.

- Melhor não, não quero que meus pais me vejam com a roupa de um garoto. O dia vai virar um interrogatório de policia.

- Eles sabem que você não é mais virgem? - Questionou.

- Não e nem vão saber. Eles querem que eu faça sexo apenas depois de eu me casar, com a intenção de ter filhos, mas eu não quero me casar e muito menos ter filhos. - Respondeu.

- Então vai ser a falsa virgem pelo resto de sua vida?

- Se meus planos derem certo, sim. - Falou subindo as escadas e indo até o quarto.

[...]

Quando Noah estacionou em frente a casa de Sina ela vestiu seus saltos, colocando uma mecha rebelde de seu cabelo atrás de sua orelha.

Noah continuava sem camisa, o dia estava ensolarado, com o céu azul sem nenhuma nuvem para atrapalhar. Ele olhou para a garota abaixada e viu uma parte do zíper do seu vestido aberto, o mesmo não hesitou em fecha-lo completamente. Sina se assustou, levantou a cabeça rapidamente. As mãos dele estavam pesadas e geladas, isso a fez arrepiar por inteira.

- Tenha um bom dia Urrea. - Falou fechando a porta do carro e andando até a entrada de sua grande casa.

Ele virou seu olhar para a bunda dela, era impossível não ver o modo como ela se mexia. Jacob balançou sua cabeça atordoado, aquela garota era um estrago para seus pensamentos, mas ainda assim era a melhor coisa que se passava por eles.

[...]

Sina abriu a porta de sua casa silenciosamente, esperando que ninguém a ouvisse. O que foi em vão pois sua mãe estava na sala de estar, assistindo um programa de moda na televisão.

- Chegou tarde Sina. - A mais velha disse em um tom bravo, sem olhar para a sua filha.

- Me perdoe mamãe, a festa durou uma grande parte da madrugada. Dormi na casa da Hey... - A mãe de Sina se levantou, indo até ela e cruzando seus braços.

Aquela mulher era o diabo vestido de modelo. Seus cabelos eram do tom de sua filha, loiro platinado. Era completamente liso, culpa da chapinha, não havia um friz se quer naqueles fios grossos e cheios de vida. Sua maquiagem era impecável, sempre usará um batom vermelho escarlate, que deixava o tom de seus olhos azuis mais vividos. Vestia uma saia lápis da cor branca, com uma camisa de botão da mesma cor, com flores azuis marinho. Como sua filha, sempre usará saltos chamativos, dessa vez a cor era nude, para combinar com toda a sua roupa. Estava perfeita como uma boneca, além de rica e bonita, sempre estava com sua postura de mulher séria e arrogante, de vez enquando era gentil e dócil, mas na maioria das vezes o próprio Lúcifer.

- Liguei para a mãe dela, ela disse que você não havia posto seu pé dentro daquela casa. - Cruzou seus braços. - Onde você estava?

Sina engoliu seco, não conseguia mentir para sua mãe, não naquele momento.

- Na casa dos Urrea. - Abaixou sua cabeça.

A mulher riu cínica, sempre odiara a mãe de Noah, pelo fato de ter uma reputação melhor do que a dela.

- Deixe-me adivinhar... - Começou a andar com as mãos na cintura. - Você bebeu como uma daquelas vadias idiotas e não tinha condições de voltar para casa, então Noah Jacob Urrea chegou como um príncipe encantado e a levou para a casa dele, para fazerem sexo até acabar todos os preservativos que ele tinha dentro daquela merda de guarda-roupa?

Sina levantou sua cabeça, não havia feito nada com Noah, não que se lembrasse e o tomd e voz dele parecia ser sincero quando disse que nada havia acontecido.

- O que?! Eu não fiz nada com ele e sabe muito bem que eu sou virgem! - Retrucou irritada.

- Não grite comigo! - Falou apontando para a mais nova. - Você pode enganar qualquer um, menos a mim. Sei que não é nais virgem, sei que já transou com qualquer um. - A mulher respirou fundo, quando Sina ia dizer algo ela a atrapalhou. - Fique quieta, não me responda! Já para o seu quarto e nem pense em sair de lá pelo resto do dia, não quero olhar para essa sua cara. Você me trás desgosto e dor de cabeça!

Sina a obedeceu com os olhos cheios de lágrimas, ao entrar em seu quarto fechou a porta com força. Jogando seus saltos para qualquer lugar, ouvindo algo caindo, pois foi o alvo de umd e seus sapatos. Pouco se importou. Se encolheu na cama e fechou os olhos, abafando seus soluços e gritos no travesseiro fofinho. Ela queria que apenas uma pessoa sumisse, e essa pessoa era sua mãe.



xoxo

prisão do luar. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora