prisão do luar. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩

27.

- O que? - Sina questionou ao ouvir as palavras com tamanha esquisitice de Urrea.

Ele virou a cabeça parao lado oposto da alemã, engolindo antes de soltar suas cínicas palavras.

- Eu estava me acostumando a ser alguém que você amava.

A platinada quis chorar, muito. Ouvir a voz fraca de Noah soltar essas palavras era horrível para ela. Se sentia angustiada, presa. As lembranças de um velho pensamento, que inaginava um distante futuro lhe deixava mal. Imaginar que nada do que pensava poderia acontecer a deixava com medo.

Tirou a mão dele, colocando em sua boca. Ali, naquela pequena sala, om Noah doente e sonolento ela começou a chorar. Não tinha um certo motivo, podia parecer drama, mas ela o amava de verdade. Saber que tudo era parte de um desafio fazia a confiança dela por ele se abaixar. Lembrar de todas as mentiras era uma sensação terrível.

- Não chora meu bem, estou aqui com você. - Ele pousou sua mão na perna dela, passando a mesma pelo local de uma maneira carinhosa. - Achou que eu fosse embora sem me despedir?

- Por quanto tempo você ia me enganar? - Perguntou ignorando o que Noah dissera.

- Pretendia te contar, só... Não sabia como. - Ele abaixou o olhar para as pernas de Sina. - O salto ficou muito bonito, fico feliz que tenha gostado.

Ela sorriu e deu uma leve fungada, olhando para os sapatos completamente negros.

- São confortáveis. - Olhou para Noah novamente. - Como se sente?

- Drogado.

Sina começou a rir e ele riu junto, colocando sua mão no braço dela.

- Me sinto fraco, mas sei que daqui a pouco vou estar melhor. Por sorte não perdi a memória. - Respirou fundo. - Tudo aconteceu tão rápido...

- Não foi sua culpa. - Ela o atrapalhou. - Não tem como controlar isso, você não tinha o que fazer.

Ele não respondeu, apenas ficou olhando para as orbes azuladas dela. Ele fez muita merda em perde-la, talvez não tivessem mais um grande futuro pela frente ou algo assim. Um grande sonho havia sido enterrado e estava a mais de dez palmos abaixo da terra.

- Como se sente em relação ao Lamar? - Questionou, melhorando sua posição.

- Depois do que ele fez, só consigo sentir... Nojo. - Soltou as palavras com o cenho franzido. - É, é isso. Nojo.

- Não consigo acreditar que ele fez tudo isso por ter raiva de mim. Ele propôs o desafio, ele sabia que poderia dar em algo e deu. - Sina ficou o encarando, sem expressão. - Um pelo menos, tinha dado. - Abaixou sua cabeça.

- Vou repensar. - Noah levantou a cabeça rapidamente, surpreso. - Mas preciso de um tempo. Ainda gosto de você, muito, mas não sei se consigo viver com alguém no qual eu perdi a confiança.

- Sabe que pode confiar em mim. - Murmurou tristemente.

- Não, eu não sei. - Nesse momento Josh abriu a porta, recebendo o olhar do dois que estavam dentro da sala.

- Precisamos ir. - Falou para Sina, se aproximando de Noah. - Se cuida cara. - Sorriu e o abraçou, logo olhando para Sina que assentiu com a cabeça.

Ela o olhou e se levantou calmamente, não queria se despedir. Mas rapidamente ele, de forma fraca, a segurou pelo braço, recebendo um olhar confuso da mesma.

- Eu te amo. - Fez um leve carinho com seu polegar. - Obrigado por se preocupar e vir até aqui, sua companhia me fez bem.

Ela sorriu e se deitou um pouco para abraça-lo. Fechou os olhos e sentiu os braços de Noah rodearem sua cintura. Sina sorriu sem os dentes e enterrou seu rosto no pescoço dele. Eles não queriam se soltar, mas era necessário. Aquele abraço era um exemplo de porto seguro para ambos.