26.

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Sina abriu os olhos irritada ao ouvir seu celular tocando no meio da madrugada. Ligou o abajur ao seu lado e se sentou na cama.

- Alô? - Perguntou com a voz rouca.

- Veste seu uniforme, passaremos a noite no hospital e de manhã eu te levo para a escola. - Joshua faou rapidamente.

- Hospital? - Questionou saindo da cama rapidamente e abrindo seu guarda roupa como uma louca. - O que aconteceu?

- Noah. Te explico no carro, estou em frente a sua casa. - O canadense desligou.

Sina gelou ao ouvir o nome do garoto, qualquer coisa poderia ter acontecido com o mesmo. Ele poderia estar em estado grave ou algo assim, ela espantou esses pensamentos e pegou o primeiro sapato que viu pela frente, que por acaso era os saltos que Noah havia lhe dado.

Ela não se incomodou em fazer barulho, apenas saiu de sua casa com o necessário, logo havistando o carro da cor branca de Joshua.

- O que aconteceu? - Bateu a porta com força.

- Ei, vai com calminha ai loira. Essa não é a porta da sua geladeira não querida. - Ela o olhou com raiva, o mesmo começou a dirigir. - Aposto que ele já de contou sobre a velha convulsão que ele teve. - Ela assentiu e ele respirou fundo antes de começar a falar. - Isso aconteceu de novo, mas dessa vez pior. A mãe de Noah ouviu a cama se mexar de uma maneira extremamente absurda e alta e foi até ele. Ela contou que ele estava pior do que antes, não voltava de jeito nenhum e que parecia que iria desmaiar ou algo assim.

Sina se sentiu desmanchar por dentro, Joshua não tinha mais nenhuma notícia a não ser isso. Quetia chorar, muito. Estava nervosa, ansiosa e chateada, mas apenas pediu para que o canadense fosse mais rápido. O caminho foi todo em silêncio e tensão, Sina não esperou um segundo para sair do carro quando Beauchamp estacionou em frente o estabelecimento.

Logo encontrou Marco, Wendy e Linsey sentados em uns bancos, pareciam entediados e preocupados. Wendy chorava sem parar e Marco a abraçava, tentando acalma-la. Linsey parecia pensar profundamente, parecia não ouvir nada a sua volta.

A platinada correu até eles, com Josh atrás de si.

- Como está o Noah? - Questionou olhando para os três.

- Não sabemos. - Marco respondeu. - Não temos notícias. - O canadense e a alemã se olharam apreensivos.

- Porra... - Josh sussurrou enquanto roia suas unhas.

Linsey saiu de perto deles, em direção ao banheiro, sem nem ao menos olhar para trás. Deinert não esperou para ir atrás dela, batendo seu novo salto contra o chão.

Abriu a porta com cuidado e ouviu uns soluços no final do banheiro. Andou até lá com muito cuidado, tentando não fazer barulho, mas foi em vão.

- Linsey? - Perguntou Sina ao abrir a porta. Ela levantou a cabeça para Deinert com os olhos encharcados.

- Sai daqui. - A loira pediu seca, mas a platinada não obedeceu. Entrou no pequeno box e fechou a porta atrás da mesma. - Eu disse para sair.

- Pare de ser cínica Linsey, não vou te deixar sozinha nesse estado. - Se abaixou de frente para ela e segurou em seus joelhos. - Você precisa conversar e eu estou aqui.

- Eu não posso perder o Noah. - Tremeu seu queixo e fixou seu olhar para a porta a sua frente. - Ele é meu único amigo em que posso confiar de verdade, minha âncora em todos os momentos e agora... Agora tudo está sendo em vão, ele pode morrer como pode viver e eu não sei o que fazer.

- Não se estresse dessa maneira, sei que é complicado, mas seja positiva. Tem muita chance dele sobreviver

- Como tem de morrer. - Urrea completou.

Sina suspirou, pegando na mão dela, onde suas unhas estavam pintadas de rosa, a cor preferida da mesma.

- Ele vai ficar bem. - Murmurou, dando um beijo delicado na mão da loira. - Confia em mim.

[...]

O médico havia dado a noticia de que podiamos ir até o quarto de Noah, mas poderiam ser apenas dois por vez. Os pais de Urrea já haviam entrado e conversado com o filho. Agora quem estava na sala era Josh e Linsey, Sina queria vê-lo sozinha, ter um tempo apenas para eles.

- Ei Sina - Wendy se sentou ao lado da platinada. A mesma olhou para a mais velha. - Meu filho anda muito triste esses dias, ele disse que vocês dois brigaram e se separaram, mas ele não disse o motivo da briga. - Tocou no ombro dela. - Quero que saiba que ele te ama muito e que faria qualquer coisa por você.

Deinert sorriu, abaixando a cabeça envergonhada.

- É complicado senhora Urrea. - Suspirou. - Mas eu ainda amo o seu filho, ele é uma pessoa muito especial para mim como ninguém jamais foi.

- Espero que se entendam meu bem. - A mulher deu um beijo na testa dela e se afastou.

Nesse momento o elevador se abriu, saindo de lá Linsey e Joshua. Deinert não esperou para correr até o quarto dele.

Quando o elevador começou a subir ela sentiu suas mãos soarem, saber que iria ver Noah deitado, provavelmente fraco e entupido de remédios lhe dava angustia.

Sina respirou fundo antes de andar até o final do corredor, onde Noah descansava. Abriu lentamente a porta que estava fechada, colocando sua cabeça para dentro. Ele pareceu confuso ao vê-la ali.

- Sina? - Questionou rouco.

- Ela mesma. - Entrou e andou até ele, se sentando ao seu lado. - Você me deixou preocupada. - Passou a mão por seu cabelo bagunçado. - Achei que poderia não estar mais aqui...

Ele sorriu e colocou sua mão por cima da dela.

- Era exatamente o que eu queria meu bem.





xoxo

prisão do luar. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora