Capítulo 2 - Pequeno Ciclo

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- Pode entrar filha. - Disse o Dr. Michael, tirando a filha dos seus próprios pensamentos. - A partir de hoje, você vai passar mais tempo aqui, do que em qualquer outro lugar.

Olívia acompanhou com os olhos, seu pai adentrar a sala. Observou com detalhes todo o interior daquele cômodo. E sem se quer entrar, percebeu que de todas as inúmeras salas daquele prédio, aquela era a única a qual não possuía janelas, mas eram muito bem iluminada, analisou meticulosamente cada um dos várias painéis que eram acoplado a um tipos de cápsula, cada um dos monitores que apitavam sem parar, mantendo equilibrado; temperatura, oxigênio, batimentos cardíacos, controle cerebral e nível de circulação sanguínea, análise feito de algo quer era mantido dentro daquela cápsula.
Reparou que havia um mine laboratório do lado esquerdo da cápsula, notou que do lado oposto, havia uma pequena farmácia, com variedade grande de medicamentos. Notou que havia uma parede a sua frente toda revestida em espelho. Notou também que havia dois armários, queria saber o que tinha ali dentro, mas não precipitou-se, como tinha dito o seu pai, ela iria passar muito tempo dentro daquela sala.

Depois de observar tudo, Olívia finalmente adentrou. Não tinha tempo de maquiar a curiosidade, estava nítida em si, então andou em linha reta em direção à cápsula, queria saciar a sua curiosidade de um vez, vendo o que tinha alí dentro, mas o vidro estava totalmente embaçado, o que significava que a temperatura interna era maior que a externa, tornando impossível identificar o que havia no interior, mas ela sabia que era algo quente e "grande".

- Poderia me contar o que há de tão misterioso e importe aqui dentro, Pai? - A moça, quebrou o silêncio, pôs as mãos nos bolsos do seu jaleco e se aproximou do pai.

Antes que ele pudesse responder, o som de água escorrendo foi ouvido, ele havia liberado o líquido que havia no interior da cápsula. A medida que o líquido saia, o interior do vidro tornava-se mais visível. O Dr.Michael caminhou lentamente até o lado direito da cápsula, retirou de lá um medicamento específico, algo que Olívia não consegui identificar, pegou uma seringa na gaveta e voltou a ficar próximo a filha. O líquido vermelho que havia dentro do pequeno frasco, encontrava-se agora no interior da seringa.

- Aqui... aqui está o ser mais incrível desse mundo, filha. - Ele sorriu orgulhoso de si mesmo - Mas não é o que podemos chamar de...

O vidro da cápsula, foi então aberto, agora Olívia tinha total visão do que havia ali dentro. Seus olhos se arregalaram, sua mão foi de encontro a sua boca, em expressão de susto.
Não sei o que exatamente ela estava esperando que estivesse ali dentro, mas de fato não seria ver uma moça, jovem e totalmente bonita naquelas condições.

- Um ser... humano, pai???! - Seu rostos não escondia os sinais de surpresa. - UM SER HUMANO?

- Ela não é ninguém, foi criada para permanecer assim. - O homem tentava explicar para a filha, enquanto retirou a mascar de oxigênio da cobaia, que encontrava-se deitada, aparentemente inofensiva e então ele aplicou o líquido vermelho no preço da moça ali desacordada.

- Uma cobaia? - Olívia tocou delicadamente o braço claro da moça. Sentiu seu próprio coração acelerado pois a temperatura corporal dela era mais elevada . - Eu não sabia que vocês faziam esses tipo de crueldade. Isso é ilegal. Isso é contra as leis da medicina. - Olívia estava indignada, sua voz estava alterado, sua respiração também.

- Não, não. Se for em prol de um bem maior. - Ele disse enquanto observava os olhos da cobaia com uma pequena lanterna.

- É uma vida, pai. - Tentou argumenta, enquanto andava de um lado a outro. - O que fazem com ela aqui? - Parou assim que visualizou o azul perfeitamente escuro nos olhos da moça.

Ela era algo que Olívia nunca viu antes. possuía uma beleza invejável e de alguma forma isso incomodou Olívia, e olhando aquela pequena moça ruiva, deitada ali, completamente despida, respirando profundamente, sentiu-se incomodada talvez pela beleza profunda ou pela nudez, admirou meticulosamente cada detalhe daquele ser aparentemente frágil. Sem duvidas ela era a criatura mais belo que Olivía tivera a oportunidade de contemplar. Sua pele era tão clara quanto folha de papel em branco, seus cabelos lisos; compridos; ruivos que formando uma cascatas que cobriam seus seios. Seu olhos azuis como a imensidão de um oceano. Tinha o rosto em formato angelical, lábios finos e delicados. Pequenas sardas claras discretas disseminada sobre seu rosto. Uma figura sem igual.

- Ela salva vidas, querida. Ela não nasceu de um útero humano, essa cápsula é o que manteve ela viva todo esse tempo. - Segurou o rosto da filha. - Sei que parece cruel, mas não é. Ela é fruto de testes e pesquisas, e quando eu digo que ela é a razão disso tudo está de pé, não é exagero nenhum. O DNA dela é totalmente imune à tudo. Vírus; bactérias; qualquer falha ou alteração que possa invadir seus sistema imunológico. Seu corpo produz rapidamente um número gigantesco de anticorpos, que causa regeneração e mantém o corpo protegidos.

O homem andou até os armários que havia ali e dentro de um deles havia um frise com varias e varias bolsas de sangue.

- Isso é HORRÍVEL pai. Você usou uma pessoa pra conseguir dinheiro e sucesso. - Olívia Estava furiosa, porque talvez ela fosse capaz de pôr-se no lugar daquela moça. Ela estava de fato decepcionada com o pai.

- HORRÍVEL? - Exaltou-se o velho homem. - O SANGUE DELA TE MANTÉM RESPIRANDO. É O SANGUE DELA QUE A MUITO TEMPO, MANTÉM O SEU CORPO E DE MUITAS OUTRAS PESSOAS VIVO. ELA É A ÚNICA FONTE CAPAZ DE MANTER VIVO O PRESENTE QUE A SUA MÃE ME DEIXOU.

Olívia tinha os olhos marejados, ouvir aquilo tudo, tinha sido duro. Tudo aquilo fez com que ela se sentisse mais culpada, agora ela tinha um motivo a mais pra achar que não merecia a vida.

- Acha justo sacrificar a vida dela por a minha vida que  tirei de você a mulher que você amava? - Olívia já não conseguia esconder as lágrimas. E Talvez ela não tivesse calculado o peso das suas palavras.

O velho homem, agora, chorava compulsivamente, como uma criança que havia machucados os próprios joelhos em uma terrível queda de bicicleta. Não sabia o que fazer; estava perdido; não sabia nem o que dizer pra sua própria filha. E por mais que conhecesse Olívia, não imaginou que ela reagiria daquela maneira. Afinal ele poderia ter errado, errado feio, mas a intenção era cuidar de Olívia. E ser crucificado por isso parecia um tanto cruel. Só que falar de crueldade seria hipocrisia para o Dr. Michael.

- Você é a única razão pela qual eu luto todos os dias, minha filha. A sua doença não vai te tira de mim, não se eu puder fazer algo. - Abraçou a filha ainda chorando. - E Eu sei que posso.

- Eu sinto mu... sinto muito... pai. - Soluçava a Pequena mulher de cabelos escuros, abraçada ao pai. - Sinto por ter matado a mamãe.

Não há descrição que seja adequada na sua forma mais genuína, que fosse capaz de reproduzir com total transparência a culpa que Olívia estava sentindo.

- Eu proíbo você de se culpar, Olívia. - Aconchegou o rosto da sua pequena filha em seu peito. - A sua mãe não iria gostar de saber que você se culpa. Você não tem culpa, essas coisas acontecem, Lívia. Deus quis assim.

Ainda que as palavras do seu pai, fossem verdadeiras, o peso da culpa não saiu dos ombros de Olívia. Porque nada que ela fizesse poderia trazer a sua mãe de volta.
E depois de muito tempo abraçada ao pai, Olívia consegui conter as lágrimas.

- Eu sei que Você não concorda com isso tudo, Lívia. - Separou-se da moça. - A gente pode tentar entra em um acordo. Você precisa dela e eu preciso de você, sem você eu não sou nada, sem você eu não teria nada.

- Eu.... Eu realmente... não sei o que fazer. - Não era mentira, o coração de Olívia era bom de mais para aceitar facilmente aquela situação.

- Filha, não sei se você consegue ver que ela é tão importante aqui dentro como eu sou, como você é. - O velho homeme manteve o olhar fixo na filha. -
Sou tudo que você tem, você é tudo que eu tenho e ela faz parte desse ciclo todo. Ela também só tem a gente, minha filha.

Ainda que aquelas palavras fizessem sentido, de maneira nehuma pareciam justas para Olívia.

- O que você quer que eu faça, pai?

Aviso: Não sou escritora, isso aqui é um passa tempo, uma história boba que me passou pela cabeça e qualquer erro SORRY... fui

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