Capítulo 20. Uma Nova Versão

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Uma diversidade de tecidos estavam espalhados sobre a cama e o chão. Nada era apropriado ou se quer combinava com o corpo esguio de acordo com o senso critico de Olívia. Jogou-se sobre a pilha de roupas e suspirou cansada. Não sabia o que usar, sentia uma pressão vinda de si mesma, queria está bem, sentir-se bem com o que escolhesse mesmo que a outra pouco reparasse. Virou-se para o lado e visualizou um azul escuro em um tecido acetinado, perdido sob as outras peças. Levantou-se sem muita espectativa e despiu-se, logo começou a se vestir com o mesmo, que perfeitamente se ajustou as suas curvas. Os seios levemente expostos por um pequeno decote em V, os ombros a mostra cobertos por duas pequenas linhas na cor azul escura uma de cada lado. A cintura bem demarcada e o tecido em excesso cobria seus pés dando um ar de elegância, era esse, seria esse... estava decidida.

***

Adentrou o BMW era por volta das 19:25, o nível de ansiedade era bem alto de modo que a incomodava. Esperaria pela outra o tempo que precisasse, mesmo sabendo que a cada segundo essa espera acabava com ela. Ligou o som para distrair sua mente, tocava Lost da Sarah Proctor, seu gosto por músicas triste era um tanto adorável.

Poucos segundos depois viu a porta do lado oposto ser aberta, assistiu a imagem da outra adentrando, estava lindíssima de um jeito que Olívia nunca se quer imaginou, as pernas a mostra mas o corpo coberto por um casaco leve.
- Desculpa por fazê-la esperar . - Com movimentos suave ajustou o cinto de segurança sobre seu corpo. - A Letícia é bem indecisa...
Olívia a observava sem dar atenção ao que ela falava, estava literalmente boquiaberta com a imagem da outra.
- Você está bem? - Manteve os azuis sobre a morena. - Seu...
- Estou bem... - Apressou-se antes de ouvi-la falar dos seus batimentos. "Droga, ela precisa para de fazer isso" pensou.. - Podemos ir??

A outra apenas fez um gesto afirmativo com a cabeça. Não era uma longa viagem, mas durou tempo suficiente para Olívia considerar uma eternidade já que o silêncio entre elas era incômodo.
Estacionou e saiu apressada, estava visivelmente fugindo de qualquer contato já que seu coração a denunciava. Caminharam até a entrada do belíssimo restaurante, Olívia preferiu escolher o lado externo do ambiente, a decoração era impecável alem de ter uma visão incrível do céu. Agradeceu o clima um tanto gélido pois poderia culpar o tempo.
Após deixa-las na mesa escolhida o garçom deixou os cardápio e saiu. Olívia queria/precisava de uma taça de vinho, mas por N motivos não podia. Estava dirigido, estava sobre medicação, seu corpo não lidava muito bem com o álcool. " Que merda!" Pensou.

Nem uma das duas atreveu-se a dizer nada, Olívia observou Violeta retirar o casaco e suspirou com a visão obtida, sentia uma atração, mas não sabia explicar aparentemente. Teve a atenção roubada pelo jovem bem vestido de minutos antes perguntando se haviam decidido, Olívia voltou os olhos para o cardápio e pediu a primeira coisa que seus olhos visualizaram: papillote de salmão com legume, cogumelos e arroz negro. Para beber pediu uma água gaseificada considerando que o vinho era impossível. Violeta por sua vez pediu Camarão na champagne com arroz de maçã e ousou ao pedir um vinho tinto suave bordô. Óbvio que a todo instante Olívia se surpreendia com a ruiva, não sabia quando ela havia se transformado nesse mulherão.

****

Tudo seguia tranquilamente, durante a refeição vez ou outra era Violeta que quebrava o silêncio... Em uma dessas vezes Olívia foi totalmente posta contra a parede.

- Você precisa de alguém, mas não nesse sentido, Violeta. - Olívia abaixou a cabeça e cruzou os braços sobre a mesa. - Eu quero ser essa pessoa... Quero poder te mostrar...

- Você me faz parece alguém que a todo momento eu tento esquecer que sou. - Jogou sobre a mesa o guardanapo que antes estava posto sobre seu colo. - Entendo que se sinta culpada, mas eu não vejo dessa maneira. - Se levantou da mesa, gentilmente empurrando com as panturrilha a cadeira para trás, afastando-se um pouco da mesa, recostou as costa na grade atrás de si. - Não estou fazendo questão de possuir um passado com lembranças familiar. Estou tentando me ajustar com o que me resta agora.... É sobre futuro... E talvez eu possa está almejando algo distante... Mas... - Suspirou e girou em torno de si mesma, ficando de costa para Olívia. - E eu sei que não estou sozinha nisso, ainda que eu não saiba exatamente distinguir os teus sentimentos.

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