Capítulo 07. Realidade Cruel

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Nota: O capítulo está muitíssimo curto e eu lamento, também não é um dos melhores. 😔 Eu só espero que gostem!
Quero deixar aqui tbm a minha gratidão para as meninas que estão comentando, você são incríveis ❤️
Bjs e Boa leitura. ❤️☺️.
E a música é bem aleatório.

Naquele momento a sensação que invadia o interior do corpo debilitado de Olivia, era de fracasso total. Ela não poderia imaginar que as coisas tomariam tal rumo, ela também não estava preparada para admitia que tudo que ela mais desejava estava agora um pouco mais longe do seu alcance, simplesmente porque sentiu medo. Estava longe de ser medo da morte, tão pouco medo de Violeta em si... O medo se dava por causa dos sentimentos novos que invadiram o interior do eu corpo frágil, fazendo-a agir sem que pudesse raciocinar direito.

- O que você está fazendo Olívia?! - falou consigo mesma, indignada com as próprias ações. - Você esteve tão perto e fraquejou!

Entrou no elevador apoiando-se para que não caísse, pegou o celular na intenção de buscar ajuda, não para si mesma, mas para Violeta que ainda permanecia ali presa.

- Não vou conseguir fazer isso sozinha... - constatou ainda discutindo consigo mesma. - Não consigo ajudar nem o meu próprio corpo...

O fato era um tanto cruel, mas também era a realidade. Olívia sentiu o nó se formando na própria garganta, mas não se permitiu derramar uma lágrima que fosse, não sentiria pena de si mesma, julgava justo seu destino pelo fim trágico que deu a sua mãe.
O elevador parou, ela lentamente trilhou o corredor que a essa altura parecia infinito. Com o celular na orelha, seguia lentamente apoiando seu corpo hora ou outra nas paredes. Avistou os dois homens vestidos de preto vindo em sua direção, seguraram um de cada lado do braço dela, na tentativa de ajudá-la. Olívia por sua vez se irritou, não queria vê-los perto dela.

- NÃO TOQUEM em mim. - Bruscamente puxou os braços, respirou fundo antes de continuar. - Olha, eu até entendo que seja o trabalho de você, mas vocês me sufoca. Que droga!

Olívia virou-se e continuo andando a passos largos, nao disse nenhuma outra palavra, ainda olhou para trás sobre seus ombros, na intenção de confirmar que eles entenderam mesmo o recado.
O celular da outra, ainda chamava insanamente, mas não era atendido, o que deixou Olívia um tanto irritada.

- Alô! - Finalmente a voz agradável do outro lado pode ser ouvida, fazendo com que Olívia se sentisse um pouco mais aliviada. - Lívia?

- Preciso da tua ajuda. - Foi direta para não correr o risco de desistir na última hora.

- O que houve? - O barulho do chuveiro sendo desligado foi ouvido. - Você está bem?

- Desculpa te incomodar, mas eu realmente preciso da sua ajuda. - Adentrou a sala que ainda era dela. - Você é a única á quem confio...

- Olívia você está bem?

- Letícia eu... - Mentir seria o ideal já que ela não queria tocar no assunto delicado da sua vida . - Precisa da sua ajuda para...

- Vai me dizer que está grávida do Matheú? - Questionou zombeteia considerado a insegurança da amiga e também a área que ela exercia na medicina, de que outra forma Olívia precisaria da sua ajuda?! - Você está bem?

- Não é nada disso! E você sabe muito bem que eu não posso engravidar, nem mesmo se eu quisesse muito. - Um fio de tristeza passou pelos olhos de Olívia. - Preciso de um lugar para ficar...

Letícia estranhou, já que dinheiro não era um obstáculo para Olívia, seu pai era dono de vários hospitais e clínicas médicas dentro e fora daquela cidade, inclusive a que ela atualmente trabalhava.

- Como assim? - apanhou a sua toalha e finalmente cobriu-se. - Justo você que tem inúmeras residência, apartamento e tudo mais...

- Bem, não se trata exatamente de um lugar, e também não é necessariamente para mim. Estou pedindo a sua ajudar para uma... - Pensou um pouco, pois amigas ela e Violeta estavam um tanto quanto longe de serem. - Preciso de sua ajudar para abrigar alguém que é importante para minha vida.

- Um romance secretario? - Saiu do banheiro... - Eu gosto disso!

- Para! Não é nada disso. Ela é só uma garota.... - Sentia-se desconfortável falando dela. - Uma garota que acabou de sair de um... Podemos dizer que ela acabou de sair de um coma. Não sabe falar, andar, se vestir, exatamente nada.

Olívia alcançou a sua bolsa e tirou de lá um dos seus remédios. As veias do seu corpo já estavam quase que invisíveis, dificultando o seu trabalho. Ela sabia o significado daquilo tudo, ela estava mesmo morrendo aos poucos e sem o sangue da outra, não demoraria muito e o seu corpo entrariam em falência multipla dos seus órgãos.

Assim que coneguiu encontrar uma, aplicou o medicamento. A dorzinha que a perfuração causava, já não era mais incômoda, havia tido muito tempo para se acostumar com elas.

- Eu te juro que não estou entendendo nada. Você quer a minha ajuda, eu te ajudarei no que estiver ao meu alcance, mas onde estão os pais dessa garota e porque ela é tão importante para você?

- Te contarei tudo... Mas não dar para ser por telefone.... Estou saindo para almoçar, vem comigo?

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